O Castelo dos Mouros em Sintra é uma das grandes relíquias de Portugal e já foi o castelo mais importante do país.
A cidade de Sintra parece saída de um conto de fadas. É famosa por seus lindos castelos e mansões e por ser um ótimo destino para se fazer um bate e volta partindo de Lisboa, numa maravilhosa viagem de trem. O grande destaque da cidade é, sem sombra de dúvidas, o Castelo dos Mouros, por toda a sua importância histórica. É uma visita indispensável a quem tem dias sobrando no roteiro em Lisboa.
A história do Castelo dos Mouros
Assim como o Castelo de São Jorge, em Lisboa, o Castelo dos Mouros, como o próprio nome diz, já esteve sob domínio muçulmano. A Península Ibérica foi ocupada por povos árabes a partir do século VIII e o período teve um importante papel na formação de nossa cultura atual.
Em Sintra viram o grande potencial da região no papel de defender Lisboa, pois a região fica no alto da serra, com vistas privilegiadas do Rio Tejo, que se desdobram até o Oceano Atlântico. Com tal localização, ótima para barrar a entrada de invasores na atual capital portuguesa, ali foi construída uma fortaleza que se desdobra acima da cidade de uma forma muito poética.
Durante as cruzadas o castelo passou para as mãos dos cristãos e da Coroa portuguesa, que realizou algumas reformas e ampliações. Sofreu um grande incêndio em 1636 e durante o terremoto de 1755 foi bastante danificado, ficando abandonado por um tempo.
No século XIX o antigo Castelo dos Mouros foi amplamente restaurado e aberto ao público. Hoje é Patrimônio Mundial da UNESCO.
O Castelo dos Mouros, em Sintra
Do alto de seus 450 metros, o Castelo dos Mouros em Sintra pode ser visto de grande parte da cidade, reinando lá de cima. Suas muralhas coroam Sintra de uma maneira bastante impactante.
Cercado por uma vasta floresta, o castelo realmente possui um ar medieval, pois ao contrário de muitos outros castelos espalhados pela Europa, suas construções pararam durante a Idade Média, mantendo o ar rústico. Na verdade, o castelo em si nem é bem um castelo. Ele foi construído como uma fortaleza e não possui áreas internas, somente as muralhas que se esparramam pelas colinas de Sintra. No perímetro, algumas torres pontuam a região aqui e ali.
Logo na entrada da atração é possível observar escavações arqueológicas, algumas com ossadas antigas, bem no local onde ficava o quarteirão islâmico e um cemitério cristão.
O Centro de Interpretação da História do Castelo dos Mouros também se encontra na entrada e apresenta vários objetos retirados das escavações feitas no entorno. Bastante interessante para entender melhor a vida da época.
Após toda essa apresentação mais formal na entrada, entramos finalmente no castelo em si. E ele é incrível. Suas muralhas serpenteiam toda a colina, com suas torres servindo de mirantes para a vista de tirar o fôlego. Todo o descampado rural português está lá embaixo, servindo de caminho até o mar. A cidade de Sintra e seus prédios antigos também podem ser vistos em miniatura lá do alto dos 450 metros do castelo.
Outra atração muito visitada em Sintra, o Palácio da Pena, pode ser visto das muralhas do castelo. É uma ocasião perfeita para uma foto, com o contraste das pedras austeras do Castelo dos Mouros e das paredes coloridas do palácio lá ao longe, no topo de outra colina.
Além disso, acho legal ressaltar o respeito a essa herança árabe em Portugal. Pelas muralhas estão espalhadas várias bandeiras de Portugal de várias épocas, mas o destaque é para a bandeira verde (a cor do islamismo) com a palavra Sintra escrita em árabe.
O passeio ao Castelo dos Mouros em Sintra é relativamente simples, mas o que levamos de volta é inesquecível. Só o fato de caminharmos por ruínas seculares, avistarmos a região lá do alto e entendermos um pouco mais da história que, mesmo que indiretamente, nos formou, é maravilhoso.
Como ir até o Castelo dos Mouros em Sintra
A cidade de Sintra fica a meia hora de Lisboa de trem e para chegar lá é bem simples. Basta ir até a Estação do Rossio, em Lisboa, pegar o trem para Sintra e desembarcar na estação chamada Sintra (não confundir com a estação Portela de Sintra). As passagens são compradas lá mesmo na bilheteria ou nos terminais de auto-atendimento. Tente ir bem cedo para fugir dos horários de pico e poder aproveitar melhor seu passeio.
Chegando em Sintra, é possível comprar as entradas das atrações no balcão de informações logo no centro da cidade. O melhor é comprar o combo para o Castelo dos Mouros, Palácio da Pena e Quinta da Regaleira, pois sai mais barato.
Lembre-se que a maioria das atrações fica no alto das colinas da cidade, então, caso pense em ir a pé de uma a outra, subirá grandes ladeiras e o deslocamento demorará mais que o habitual, algo que, mesmo para os mais aventureiros, não é recomendado.
Uma ótima maneira de visitar os pontos turísticos é pegando o ônibus 434, que faz todo o circuito no esquema hop-on hop-off e deixa os passageiros na porta das atrações. Ele passa na estação de trem e na frente do balcão de turismo da cidade. É importante notar que durante o verão ele passa de 20 em 20 minutos e nas outras estações, de 40 em 40 minutos. Esta é a opção mais econômica.
Caso não queira esperar tanto entre uma atração e outra, existe o YellowBus, que também faz os trajetos por Sintra em um tour fechado.
Outra opção é alugar um carro e visitar Sintra por conta própria, mas não acredito ser uma boa opção, pois as ruas de Sintra têm medidas medievais, onde só passa um carro por vez, o que pode ser estressante. Além disso, os estacionamentos sempre são um custo desnecessário a mais.
Onde comprar ingresso para o Castelo dos Mouros
Na entrada de cada atração é possível comprar o ticket combinado para as 3 atrações principais de Sintra (Castelo dos Mouros, Palácio de Pena e Quinta da Regaleira). É a melhor forma de economizar.
No site do turismo de Sintra é possível comprar os ingressos também online com descontos.
Larissa……tom xenofobico.?….o sr.jota a chamar Brasileira aos brasileiros?…entao voces sao o que? Argentinos?????????????
Oi Renato, xenofóbico em relação aos árabes. Tá faltando um pouquinho de aula de interpretação de texto aí, ein 😉
Obrigada pela super ajuda! Estou programando minha viagem a Portugal, e suas dicas são excelentes! Textos bem escritos, com conteúdo, história, relatos…tudo ótimo! Parabéns!
Obrigada pelo comentário, Sabrina, ficamos felizes! Vc vai adorar isso aqui!
Olá!
Vou para Lisboa em março e, em um dos poucos dias que vou ficar, pretendo alugar um carro para visitar uma vinícola. Pensei em usar essa diária do carro para visitar o Castelo dos Mouros, mas vi que vocês não recomendam muito. Tem alguma dica? Se eu deixar o carro no estacionamento no centro e pegar o ônibus 434 é melhor que eu subir a serra de carro?
Obrigada! 🙂
Oi Tatiana, ouvi falar que a prefeitura de Sintra está proibindo carros na cidade, porque realmente as ruas são bem estreitas e fica muito confuso. Se for isso mesmo, melhor deixar o carro no estacionamento e seguir de ônibus. Aconselho a fazer isso mesmo que seja possível transitar de carro na cidade.
Muito legal o Blog de vcs. Estou adorando as informações. Parabéns!
Obrigado Nara!
Por favor… não houve Árabes em Portugal… houve Norte-Africanos berberes ( e até esses eram poucos), eles não são árabes. A Arábia está tão longe quanto Moscovo e nunca houve migrações Árabes para cá. Penso que você deve estar confundindo com a dinastia Omíada. Durante os quase 800 anos de ocupação muçulmana do Sul de Espanha a primeira dinastia veio realmente do Levante. Perseguida, a família Omíada fugiu de Damasco e tomou o poder em Córdoba, cerca de 40 anos depois da invasão Berbere. Os Omíadas foram os únicos Árabes a deter o poder no Al-Andaluz. Depois deles os Almorávidas e depois os Almóadas eram respectivamente Sub-Saharianos e Berberes. Ainda assim tratavam-se APENAS dos governadores e dos generais do exército.
É um pouquinho cansativo, ver constantemente Brasileiros a escreverem a sua visão da história de Portugal. Pelo menos sejam verdadeiros e estudem a história antes de escrever estas visões surrealistas.
Oi Jota, eu levaria seu comentário a sério se não tivesse esse alto tom xenofóbico no que você escreveu.
Primeiro: sou brasileira sim, e HISTORIADORA, olha só!
Segundo: eu citei a palavra “árabe” uma única vez no texto, como um detalhe, e você ficou ofendido, como se ter influência árabe fosse um grande defeito. O texto é sobre o castelo em si e você voltou sua atenção para algo completamente supérfluo, realmente a ofensa foi grande pra você, não foi?
Terceiro: árabe é, antes de ser nascido na Arábia, uma etnia composta por países que falam a língua árabe e possuem culturas derivadas da Península Arábica. Você citou Damasco, que fica no Líbano, sendo que este é um país etnicamente árabe, assim como o Marrocos, nos quais os bérberes fazem parte.
Quarto: você ficou tão ofendido que chegou a falar de distância entre Arábia e Portugal, como se isso fosse impossivel de acontecer. E se eu te contar que a população das Américas foram formadas por migrações vindas da Europa, Ásia, África e Polinésia, você acreditaria!?
Por favor, tenha mais empatia e deixa de ser preconceituoso.
Larissa, bom dia! Chegarei em Sintra agora no dia 27 e a pergunta que te faço é se é muito difícil chegar ao Castelo dos Mouros a partir da bilheteria do mesmo? a subida é muito íngreme e trará dificuldades a quem tem 72 anos, como eu, mas em boas condiçoes físicas?
Oi José, não acredito que terá muitos problemas caso vá com calma e no seu ritmo. É uma subidinha, mas nada que te impeça de visitar o Castelo! Boa viagem e divirta-se!