Ao contrário da maior parte dos países, a Austrália tem uma forma diferente de conduzir o processo de imigração em suas fronteiras. Por ser um continente e uma ilha ao mesmo tempo, o Governo Australiano considera que seja possível sustentar de maneira permanente um controle super-rigoroso de tudo o que entra e sai do país, como forma de manter o continente livre de contaminações vindas do exterior. E isto não se aplica apenas a importação de bens e produtos, restringindo também a entrada no país de seus visitantes.
A cor do seu passaporte influencia (e muito) a maneira como, ao desembarcar, a imigração na Austrália trata seus turistas.
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O caso do aeroporto internacional de Melbourne
Nós tivemos uma péssima experiência assim que desembarcamos no Tullamarine, o aeroporto internacional de Melbourne, mas deixamos algumas semanas passarem para produzir este texto, para que não fôssemos levados a escrever com o fígado, baseado apenas em nossas impressões iniciais.
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O processo de imigração na Austrália é cansativo, desgastante e contém pitadas de um preconceito institucionalizado que só colabora para que se crie uma má fama ao redor do país.
Nós estávamos vindo de Wellington, na Nova Zelândia, com destino a Perth, na Western Australia, local de nosso primeiro house sitting no país, mas nosso itinerário nos obrigava a fazer uma conexão em Melbourne, com duas horas de intervalo entre o desembarque e o vôo seguinte. Achávamos que seria tempo suficiente para a conexão, e até excessivo, mas ah, como éramos ingênuos. Pensávamos que a imigração na Austrália seria simples, como foi em nossa chegada à Nova Zelândia ou até, pasmem, nos Estados Unidos, mas não poderíamos estar mais enganados.
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A imigração na Austrália é feita no primeiro ponto de entrada no país. No nosso caso, o aeroporto de Melbourne, durante o tempo de conexão entre os voos.
No saguão, uma fila enorme, indo além do espaço disponível para imigração, cruzava todo o local. Era a fila dos “outros”.
Ao lado, um corredor tão longo quanto, mas vazio, reservado apenas para portadores de passaportes do modelo eletrônico, o e-passport, e de determinadas nacionalidades como: britânicos, americanos, neozelandeses e cidadãos de Singapura (como é que chama quem nasce em Singapura?).
O tal passaporte eletrônico
A não-fila do lado parecia mais uma pista expressa de rodovia. O afortunado portador do passaporte escaneava por conta própria seu documento, imprimia um papel e seguia saltitante para a cabine para receber seu carimbo de entrada.
Enquanto isso, seguíamos na fila dos visitantes não desejados, em pé e parados por horas em busca do direito de visitar aquele país.
Note que, exceto neozelandeses, todos os turistas, de todas as nacionalidades, precisam requisitar um visto prévio para passar pela imigração na Austrália. Todos os que estávamos ali já havíamos enviado a documentação pedida, comprovado o pagamento das devidas taxas e sido aprovados pelo sistema do governo.
Ainda assim precisávamos nos submeter a horas de fila para que checassem uma vez mais os documentos.
Mas peraí, o passaporte brasileiro é eletrônico!
Sim, há anos o passaporte brasileiro é emitido no modelo eletrônico, mas isso não parecia importar muito para a imigração na Austrália. Com medo de perdermos a conexão, várias vezes questionávamos os seguranças se poderíamos fazer o processo expresso, mas nos negavam.
Tentei então esconder com as mãos a nacionalidade, exibindo apenas o símbolo de passaporte eletrônico na capa e isto parecia torná-los mais solícitos. Mas quando viam o documento de perto logo voltavam à negativa.
Ainda assim, e por conta própria, tentei escanear o documento. O equipamento, reconhecendo que se tratava de um modelo de passaporte eletrônico, publicou uma mensagem de desculpas dizendo que não poderia processar o pedido para aquela nacionalidade.
É triste quando uma máquina é o ser mais compreensivo que você encontra pelo caminho.
O tempo de conexão para realizar a imigração na Austrália
Caso seu destino final na Austrália não seja o seu primeiro ponto de desembarque, deixe um intervalo bem grande entre os voos, vá com calçados confortáveis e prepare-se para uma maratona.
Nós, com “apenas” duas horas entre os voos, em determinado momento já sabíamos que não haveria tempo suficiente para percorrer a extensão da fila e realizar todo o sistema de imigração na Austrália.
Não acredita na gente? A mesma demora aconteceu com o pessoal do IPartiu! quando foram da Nova Zelândia para Bangkok, com escala em Melbourne.
Por diversas vezes questionamos diferentes funcionários do saguão, explicando que corríamos o risco de perder nossa conexão pela lentidão do processo. Normalmente seríamos passados à frente – em alguns países há inclusive funcionários das companhias aéreas controlando isto – mas a resposta era de embasbacar, pois diziam: – As companhias estão cientes do atraso e vão realocar vocês em outro voo.
Sério? Simples assim? O sistema não consegue, em duas horas, me dar uma autorização para entrar no país e por isso eu perco meu voo?
Ainda tentei explicar, em vão, que minha conexão era para Perth – do outro lado do país – e que não seria tão simples assim arrumar outro voo. Mas segundo eles as empresas voariam de hora em hora e não tinha porque eu ter tamanha preocupação, bastando esperar (mais ainda).
A institucionalização do preconceito
O caminho expresso era restrito a pouquíssimas nacionalidades. Junto a nós, na fila contendo todo o resto da humanidade, havia franceses, alemães, italianos – gente que não está muito acostumada a sofrer este tipo de acareação. Isto ao menos nos fazia achar que o rigor era desnecessário, mas uniformemente distribuído pelo mundo.
No entanto, após horas em pé, começamos a notar uma movimentação estranha na fila: alguns policiais estavam selecionando e abordando determinadas pessoas, mas sem que pudéssemos entender o que poderia ser.
Isto até que Larissa foi uma das pessoas escolhidas, e lhe perguntaram: – Você está viajando com passaporte Francês?
Os europeus que, coitados, não podem passar tanto tempo em pé, estavam sendo escolhidos para passarem à outra cabine, sem que “oficialmente” o sistema permitisse.
Mas me pergunto ainda o porquê de justo os europeus, se havia centenas de famílias de asiáticos com idosos e crianças sendo submetidos ao mesmo processo penoso. Talvez nunca saberia a resposta.
Um bônus: perdemos a conexão e ninguém se importou muito com isso
Já sem que nos espantasse, perdemos nossa conexão após tantas horas de fila. Mas o que nos deixou perplexos de verdade foi constatar que ninguém se importava muito com nossa situação.
Sabe aquela história de “as companhias estão cientes do atraso”? Era caô de australiano pra brasileiro ficar quieto. Ninguém sabia de nada e ainda quiseram nos responsabilizar pela perda da conexão.
Sabe o “tem voo de hora em hora para Perth”? Não tinha. Perdemos o das 10 da manhã e o próximo da mesma empresa era só às 10 da noite. Após muito bate boca conseguimos que nos alocassem em outra companhia e saímos de Melbourne às 14h.
Chegamos em Perth às 6 da tarde de uma sexta-feira. Após o horário comercial, a agência onde havíamos reservado um carro para nossa viagem havia fechado, o banco onde habilitaríamos nosso cartão para uso na Austrália só abriria na segunda-feira seguinte.
Não que ninguém tenha se importado muito com isso. Não que o processo de imigração na Austrália vá mudar por prejudicar e ter prejudicado tantas pessoas. Não que o governo australiano se importe de ser esta a impressão passada a milhares de turistas que chegam ao país.
Nós somos apenas “os outros”.
Estive na Austrália em julho deste ano, e posso dizer sem sombra de dúvidas que o pré conceito e racismo no país é bem alto, a imigração é pesada as perguntas que fazem para entrar no país chega ser algo constrangedor e da a entender realmente que eles não querem você lá, revistaram minha bagagem peça por peça, inclusive minhas calcinhas! Pegaram meu telefone é ficaram com ele por 3 horas olhando todas as minhas fotos e mensagens, as mulheres são bem humilhadas para entrar no país, me questionam até se eu já tinha feito sexo com algum homem por dinheiro, nesse momento fiquei revoltada. Fiquei por 2 meses lá, acabei conhecendo um australiano e rolou um romance o que me fez ficar mais tempo, porém na saída do país a imigração novamente me questionou minha estadia por lá, e mais uma vez pegaram meu telefone, perguntaram sobre o rapaz que eu estava, número de telefone tudo !!! A estadia por lá foi legal, tirando a parte do pré conceito. O atendimento é péssimo e ninguém é solicito, se precisar de ajuda e melhor pedir chorando porque eles não gostam de ajudar e muito menos fornecer informações, fui a Austrália achando que era um povo simpático e na verdade não vi quase nada disso por lá. As lojas só te atendem bem se você estiver com roupa de grife, aí são bem simpáticas, fora isso mal olham na sua cara.
O país tem pros (segurança, clima, natureza exuberante – praias lindas, ilhas, montanhas, etc, qualidade de vida, muitos imigrantes, bons salários, etc) e cons (tudo fecha cedo, custo de vida elevado, australiano de ascendência inglesa é muito reservado…o que pra nós parece frieza, etc).
Moro aqui a 11 anos…e definitivamente não é um povo hospitaleiro, como nós brasileiros. Até hoje isso me incomoda…já que sou muito extrovertido e gosto de socialização. Eles tendem a ser muito fechados, individualistas e avessos a andar (almoçar, tomar café, etc) em grandes grupos, como nós. Os australianos descendentes de italianos, gregos, e outras nacionalidades são mais sociáveis e amigáveis sim. Mas nada comparado aos brasileiros! Eles demoram anos (literalmente) até se abrirem um pouco mais.
Tem que colocar tudo na balança e ver onde pesa mais….antes de se tomar uma decisão.
Bom saber, vou pesar na balança
Só eu que estou achando estranho todos esses comentários agressivos com relação ao povo australiano?
Até onde eu sei, mais de 40% de toda a população do continente é imigrante.. não teria lógica esse preconceito com quem vai de fora quando metade das pessoas lá são estrangeiras, inclusive a polícia em grande parte é formada por imigrantes de mais de 100 nacionalidades diferentes.
Não estou defendendo, só não vejo lógica em se ter preconceito “deles mesmos”..
É como Brasileiro ter preconceito de brasileiro morando nos EUA… qual a lógica?
Hispânicos são muitos nos EUA e mesmo assim, os brancos, descendentes de europeus, discriminam os imigrantes, mesmo eles sendo muitos.
A Austrália tem racismo contra aborígenes até hoje, que só se tornaram cidadãos australianos na década de 70. É muito fácil reprimir imigrantes quando os chefes de governo são brancos e ricos.
Interessante, já fui 3 vezes para a Austrália, pq tenho familiares lá, e nunca me aconteceu nada disso. Sempre foi rápido e tranquilo. Entrei por Sydney.
Que bom, Ina! Bom ver relatos de quem entrou tranquilo lá!
Já entrei na Austrália por Sydney, Melbourne e Brisbane. Somente por Melbourne tive problemas. Lá também perdi minha conexão mas foi tranquilo para remarcar o Vôo.
Embarco estive na Austrália cheguei em Melbourne e fui para fila de passaporte não pude passar me foi dito só nativos fui para fila era o oitavo cheguei no balcão e fui atendido em dez minutos passei tranquilo e sem nenhum importunou
O incrível vi sim mulheres sendo barradas severamente
Complicado isso tudo 🙁
Se o país não nos quer lá, então não vamos. Acho isso uma tremenda falta de respeito.
Também sofri esse preconceito na imigração australiana, no fim deu tudo certo. Cheguei em Melbourne dia 17/02/20. Fui interrogada 3x, 1 na fila pro guichê, 1 no guichê e 1 na salinha. A mesma policial da fila, me revistou na salinha. Abriram minhas malas, passaram um equipamento pra ver se tinha resquícios de drogas e REVISTARAM o meu celular. Ficaram um tempão mexendo, se colocaram algum rastreador lá, nem sei. No final, deu tudo certo. Eu estava calma e não tinha nada pra esconder. Minha pior experiência foi na imigração da NZ. Outra coisa também, é q achei q os australianos fossem mais amigáveis.
Pois é, depois de ter vivido por 1 ano na Nova Zelândia, onde todo mundo é super simpático e hospitaleiro, chegar na Austrália nesse sentido foi um pouco frustrante.
Eu estou pensando em validar meu diploma para a Austrália, profissão em demanda lá. Mas não conheço ninguém que já tenha feito… Gostaria de conhecer alguém. Nunca viajei para fora e confesso que me senti inibida vendo tantos relatos de momentos ruins na alfândega. Se alguém conhecer alguém que validou diploma por lá, amaria saber. 🙂
Nao fazem isso e o desemprego na Australia e em torno de 15%.
A maioria dos brasileiros la trabalha de faxina ou e peao de obra.
A propaganda de la e falsa e o Racismo e enorme.
Se a fila e assim o que voce acha em relacao a entrevista de trabalho? Voce como brasileira sera a ultima a ser contratada!
Morei 2 anos em Melbs e tb nunca tive problemas nos aeroportos. Viajei lá por dentro e tb foi bem tranquilo.
problema tive entrando na NZ, pq estava vindo do Sud. Asiático. Me pararam, fizeram perguntas, revisaram minhas malas, uma chatice, mas dps me liberaram.
Amo a Aus, ainda penso em voltar pra quem sabe imigrar.
Obrigada pelo comentário, Enrico! Bom saber que não é complicado para todos! Melbourne é uma cidade incrível, escolheu bem!
Viajei para a Austrália no final de 2017 e o tratamento na imigração foi muito humilhante. Eu estava vindo de uma conexão da Nova Zelândia e segui em destino à Brisbane, onde ficaria por 7 meses. Logo após o pouso, percebi que apenas eu fui para a revista de malas, enquanto todos os outros passageiros do voo foram liberados quase que imediatamente após uma checagem rápida de passaporte. Fui interrogado por duas policiais femininas que me fizeram todos os tipos de perguntas. Logo fiquei surpreso, pois eu já possuía um bom entendimento de Inglês e me perguntaram o porquê de eu ter ido estudar aquele idioma se eu já falava bem. Disse que queria aperfeiçoar. Em seguida, verificaram toda a minha mala e quando acharam sabonetes e pastas de dente, fizeram questão de quebrá-los no meio, assim como esvaziaram o conteúdo todo para verificarem a existência de droga. Achei aquilo extremamente incômodo, mas o pior foi não terem descoberto nada, mas, mesmo assim, encaminharem minha mala para outra sala, pois, segundo elas, a mala ainda estava com muito peso mesmo após completamente vazia. Por fim, não encontraram nada. Na sequência, me pediram para verificar conversas e fotos do meu tablet e do meu aparelho celular e fizeram questionamentos acerca das pessoas, do conteúdo etc. Fui liberado e pediram para que eu arrumasse a mala e fosse embora. Arrumei a mala com lágrima nos olhos de tanto ódio daquela situação, porém era um sonho estar ali e eu não queria voltar atrás.
Caramba Eric, que horror! Sua situação foi pior que a nossa, muito triste!
Sao super racistas mesmos. A sua experiencia nao e nada comparada a de outros brasileiros.!
Eric, é “nóis”! Passei pela mesma situação em 2019 e lendo seu relato, um filme daquele episódio passou pela minha cabeça no mesmo instante. Pra mim foram 2 caras que barraram e uma mulher que liberou. Espero nunca mais nessa vida precisar passar por isso de novo! Comi um hambúrguer no Mc do aeroporto (depois de quase 1 hora de interrogatório) a base de choro e de ódio. No final das contas, pude passar, mas espero que não tenha ficado nenhuma observação no sistema deles pq eu não havia feito nada de errado.
Acabei de ver que meu teclado engoliu alguns S na mensagem anterior.
Completo uma dica para outras pessoas que apareçam aqui e estejam aguardando as fronteiras serem abertas. Vi que algumas pessoas disseram que temem por não terem um bom inglês. No nosso caso, usamos uma estratégia, em que minha filha fez uma carta que digitalizamos e apresentamos, informando que nossa compreensão do Inglês não era boa. Se bem que não quiseram ler a carta e nos deixaram passar. Mas essa estratégia ajudou os pais de uma amiga, para evitar que eles te façam tantas perguntas, caso somente encrenquem com sua cara. Outra coisa, nós levamos um comprovante de transferência de dinheiro para minha filha, para que eles soubessem que teríamos dinheiro para uso no país. Também apresentamos cópia do Seguro Saúde e uma carta de minha filha nos convidando, com endereço completo, telefone e o comprovante da passagem de volta. Claro que o comprovante da vacinação de Febre Amarela também tem que estar em mãos. O comprovante do Seguro Saúde também foi apresentado. Apresentamos todos dentro de uma pasta e nos liberaram em menos de 2 minutos ou 3. O que demorou foi a fila, mas imagino que não tenha chegado a uma hora. Lembrei agora que, como estávamos em família, perguntamos se poderíamos ser atendido juntos, o que nos foi permitido, e chegando perto de nossa vez, acabaram nos chamando até antes do que seríamos atendidos.
Mau atendimento só uma das funcionárias da Qantas, quando fomos falar se poderiam nos conceder antecipação da conexão. Senti má vontade, principalmente por ela não se importar em querer se fazer entendida, já que o inglês deles é o mais difícil de todos os países de língua inglesa. No entanto, todos os funcionários do aeroporto, inclusive outros funcionários da Qantas foram solícitos. Quando voltamos para o Brasil, também passamos por Melbourne e o pessoal da Qantas também foi muito educado. Lembro que as aeromoças do voo Adelaide-Melbourne foram até me pedir para auxiliar uma passageira chilena que não estava compreendendo todas as informações, e quando viu que eu tinha um bom conhecimento do Espanhol, me pediram para eu ajudá-la nas orientações dentro do voo e depois no translado até a área de embarque para o voo de Melbourne até Santiago. No nosso caso, tivemos uma alteração do voo em Santiago, sem que tivéssemos sido avisados anteriormente. Daí, chegando em Melbourne (não foi na Imigração rs), fomos para a área da Latam e fomos muito bem atendidos.
O país é fantástico! Gostei bastante. Há preconceito? Sim, assim como nos comentários dessa postagem, ouvi relatos nas redes, mas nem de longe é a maioria, assim como não podemos deixar de nos precaver, já que também nem de longe é caso isolado. Quem for pra lá estudar e trabalhar, esteja preparado para fazer tudo direito. Eles te dão o ouro, mas te levam o couro. Outra coisa, o trabalho é bem pago, mas há relatos de calotes de uns poucos empregadores australianos (às vezes de outras nacionalidades). Por isso, antes de procurar um trabalho, procure pegar o máximo de informações. Procure nas redes as comunidades de brasileiros, pois eles costumam se ajudar bastante. Eles podem indicar empregos, casas, quartos para alugar etc. Mas não se limite a ficar só com brasileiros porque caso contrário seu inglês não vai engrenar. Tenho certeza que vocês encontrarão um país que vão querer morar. É um bom país, mas não é perfeito. E também vão aparecer perrengues. Nem tudo será perfeito. Você pode ter momentos em que vai achar que está tudo errado e que quer voltar, mas persista. Se for sozinho, pode acontecer de se abalar nos primeiros contratempos, mas não se abale. Os pontos positivos serão superiores.
Quero voltar lá. Mas quando voltar, vou tentar um voo em que a conexão seja maior que 2h, porém bem menor que 10h de diferença (no meu caso foram 16h rs) e torcer que não nos tratem tão mal quanto vocês.
Obrigada pelo relato, Carlos, muito bom! Vou deixar aqui para futuros leitores|
Carlos, voce deve trabalhar para o Consulado da Australia ou para o Governo Australiano pelo tamanho do seu email, por querer desculpar o racismo na Australia e por dar informacoes falsas.
A Australia esta quebrada, com 850 bilhoes de divida externa, desemprego em torno de 15% pesquise real unemployment in Australia – Roy Morgan ou veja Youtube Martin North para saber da grande Depressao Economica da Australia e protestos contra racismo alem de uma policia extremamente violenta sem mencionar que as criancas AINDA estao sendo roubadas das maes nos hospitais mas tudo isso escondido!
A maioria dos brasileiros esta voltando pois estam vendo que a propaganda da Australia nao condiz com a realidade
Eric, é “nóis”! Passei pela mesma situação em 2019 e lendo seu relato, um filme daquele episódio passou pela minha cabeça no mesmo instante. Pra mim foram 2 caras que barraram e uma mulher que liberou. Espero nunca mais nessa vida precisar passar por isso de novo! Comi um hambúrguer no Mc do aeroporto (depois de quase 1 hora de interrogatório) a base de choro e de ódio. No final das contas, pude passar, mas espero que não tenha ficado nenhuma observação no sistema deles pq eu não havia feito nada de errado.
Melhor nem passear por lá queria conhecer os colá-las e cangurús desisto muita burocracia melhor viajar pelo Brasil.
Quando estive na Austrália, do final de dezembro de 2018 ao final de janeiro de 2019, minha primeira conexão foi também em Melbourne, com destino final em Adelaide. Fui visitar minha filha. Acho que minha filha fez a mesma conexão, e não chegou direto em Adelaide. Mas ela me falou sobre diversas exigências que a Imigração Australiana tinha. Disse que eles eram super rigorosos e por vezes ríspidos Tanto que nos deu diversas orientações, tanto sobre o preenchimento do formulário, como dos documentos que eles poderiam solicitar, além da vacinação da febre amarela, Seguro Saúde etc. Falou também para não usarmos o celular na área de Imigração, que era proibido, e realmente tinha alguns cartazes informando dessa proibição. Que ela não tinha visto, e foi avisar à amiga que tinham chegado e foi repreendida fortemente por um guarda. Mas ai, para nossa surpresa, vários sul-americanos e asiáticos atrás da gente usavam livremente seus celulares. Daí que vi que vocês fotografaram também dentro da área.
Realmente, pegamos uma longa fila, mito longa mesmo. E depois lembro perfeitamente que atrás da gente a fila cresceu muito mais ainda. Como não tinha muitos parâmetros de tantos aeroportos, encarei a fila como normal. Não lembro quanto tempo, mas foi longo. Acredito que não tenhamos passado tanto tempo como vocês.
Como disse, encarei como normal, ainda mais que minha filha já alertara. Por isso, não me dirigi a nenhum funcionário até chegar nossa vez. Mas nossa conexão não era em duas horas como vocês. Aliás, era até muito demorada (16h de diferença) e chegamos a pedir uma antecipação, mas foi negada. Quando então fomos atendido pela Imigração, foi super rápido. Nem quiseram olhar todos os documentos que levamos. Como estávamos em família, fomos atendidos juntos, bem rápido, por uma atendente bem jovem, atenciosa e educada. Depois de passar pela parte de autorização (a liberação foi eletrônica, sem carimbo), um guarda também nos orientou de forma educada, ainda dizendo algo legal sobre o Brasil que não recordo agora. Mas repito, não foi essa a experiência que minha filha teve. Lembro que certa vez, na Argentina, e iríamos pro Uruguai, tivemos que tirar até o sapato, com muito mais burocracia. Se não tivéssemos chegado tão cedo, teríamos perdido o embarque. Por isso que evito conexões com horários super curtos
Lendo seu relato, fiquei pensando se o problema não seria Melbourne. Eu fiz minha primeira viagem internacional para a Austrália em Janeiro de 2019, eu e a minha filha de 5 anos, fomos visitar meu marido que na época era namorado/noivo. Chegamos pela manhã não tinha muita gente, as filas vazias, dei os nossos passaportes para a agente e ela só olhou , mexeu no computador e disse aproveite a viagem. Ela não me perguntou nada. Dentro da minha mente eu fiquei pensando sério só isso ? Eu estava preparada para um monte de perguntas como vejo nesses programas de border controls, mas não foi. Eu havia declarado que estava levando comida, por medo de que algo na minha bolsa não fosse permitido, me deu medo aquele vídeo que eles falam sobre declarar se você não tem certeza, que passam no avião e eu estava levando doces e assim que passei pela agente de imigração que viu nossos passaportes eu fui direito em outro e mostrei o que tinha e falei que não tinha certeza se podia e que meu marido estava esperando pelos doces, ele até brincou comigo dizendo que na verdade ele estava esperando por mim. No fim os doces eram industrializados não precisava ter declarado. Depois só peguei as malas, eles te pedem para ficar numa fila, trazem um cachorro para cheirar suas malas e enfim você está livre. Não achei tão ruim quanto eu pensava que seria. Acho que Brisbane é bem mais calmo e tranquilo.
Tiveram alguns relatos negativos nesse post de outros aeroportos australianos. Mas em Brisbane parece ser mais simpático sim!
concordo que ha preconceito na Australia, mas também entendo o lado deles, ja que tem muitos brasileiros que vem pra ca e não respeitam as leis daqui e que ajudam a deixar brasileiros com ma fama. (moro ha 12 anos aqui e ja vi muita coisa). Sempre ha dois lados…
Sim, sempre há, como em todo país e com toda nacionalidade
Os Australianos sao o povo mais racista do mundo e e fato em todos os paises. Ate 1960 tinha a White Australian Policy ou Politica da Australia Branca. Na verdade a policia da Australia e violenta e existe enorme corrupcao na Policia, Justica e Governo mas e preciso que se tenha informacoes e que pesquisem os fatos e nao se achar superior por “morar na Australia ha 12 anos”. Moro na Australia ha quase 30 anos e acabei de voltar para o Brasil. Em Youtube veja Martin North, e violent videos of Australian Police ou o nivel baixo de educacao la no video “Cash for Cows”. Va para os Estados Unidos estudar pois o nivel e melhor. A maioria dos estudantes brasileiros estao sendo explorados na Australia. E uma industria de bilhoes de dolares estudar na Australia e nao vao falar a verdade. Estudante do Brasil e como gado para eles.
Eu somente emigraria ou faria turismo literalmente em caso de morte para a Austrália. Eu vi na TV a Olimpíada de Sidney , o Galvão Bueno elogiando a Austrália, eu via o atleta australiano com sobrenome grego correr, e ele era totalmente Grego, eu via um negro australiano correr(raro) e ele era totalmente negro, um atleta com sobrenome alemão e ele era totalmente alemão, um atleta australiano com sobrenome espanhol e ele era totalmente espanhol. Cara, a Austrália é o sonho de preconceito e racismo dos nazistas, basta ver a foto do povo. Como dizia Oscar Wilde, “Tolo é aquele que não julga pelas aparências.”
Oi Leandro, não entendi, vc quis dizer que não existe miscigenação na Austrália?
Em fevereiro de 2019 meu marido e eu desembarcamos em Sydney e fomos tratados iguais a todos os demais passageiros, inclusive fomos questionados, na fila da imigração sobre produtos proibidos e diante de nossa negativa fomos direcionados para a fila mais ágil, nada diferente encontrada em outros países. Também viajamos para outros estados, Melbourne e Adelaide, e fiquei impressionada com a facilidade de embarque, somente as passagens eram solicitadas, apresentamos o passaporte só na entrada em Sydney, nos demais “sem lenço e sem documentos”
Fico feliz de ler seu relato, Jacira, acreditamos que não acontece com todos, espero que eles estejam sendo mais pacientes com os turistas 🙂
Acho isso tudo um absurdo! Estive recentemente em Melbourne e passei por uma situação muito desagradável na imigração! Nunca me ocorreu nada parecido e olha que eu conheço 16 países diferentes, incluindo minhas muitas idas aos EUA, enfim…
Não tive problemas quanto a filas, pois tenho passaporte europeu, mas não sei pq raios me mandaram pra revista de malas e fiquei lá com eles revirando minhas coisas, cachorro me cheirando, pediram meu pra ver meu telefone e ficaram me questionando por 4 horas seguidas, as mesmas perguntas! Oque eu estava fazendo ali, pq escolhi Melbourne, se eu ia trabalhar, se eu tinha drogas… eu nunca me senti tão humilhada na minha vida! Perguntaram até pq eu tinha algumas coisas de marca na minha mala. Eu chorei de soluçar, eles reviraram tudo e ficaram olhando minhas ligações, conversas de WhatsApp! Fiquei tão triste e nervosa que cheguei ao ponto de pedir pra me deportarem e no fim a policial devolveu meu celular, devolveu meu passaporte, me mandou arrumar as coisas e fechar a mala e aproveitar Melbourne!
A viagem depois disso foi maravilhosa, a cidade e bem legal, porém, não sei se quero voltar pra lá e passar novamente por isso!
Nossa Pamela, que triste! Não entendemos os critérios deles, que parecem não fazer sentido nenhum. Sem contar que a Austrália é longe de tudo, todos que chegam ali geralmente estão vindo de algum país distante. Chato passar por isso tudo na chegada…
Eles escolhem por amostragem, não tem um motivo específico.
Talvez pelo fato de vc ter ido com passaporte europeu sendo brasileira pode ter sido um “motivo”. (Apesar deles saberem que existem gente com dupla nacionalidade)
Enfim.
Discordo totalmente de tudo o que falou! Se teve uma má experiência não pode dizer que seja algo frequente, já estive 2 vezes na Australia conheço diversas cidades e sempre fui impressionavelmente muito bem recebida, tendo tido inclusive um mal estar por causa do calor em Brisbane e perdi os sentidos. Segundo meu marido em pouquíssimo tempo havia gente de todo o lado tentando me ajudar, políciais, um médico se ofereceu (mas meu marido tb é médico) e um estranho ajudou meu marido a me colocar no carro, são de sorriso fácil, de uma amabilidade ímpar e, inclusive, minha filha mora lá há 3 anos, foi bem recebida e está bem integrada numa sociedade e um povo que amo de paixão. Detalhe: minha filha, meu marido e eu, somos brasileiros.
Má experiência conosco e com a maioria que comentou aí embaixo, Cristina… ainda bem que vocês foram bem recebidos!
Depois que entramos no país não tivemos outros problemas, tudo correu bem e moramos por um tempo lá.
Vc não entendeu, é no Aeroporto.
Olá pessoal, estou há algumas semanas coletando informações sobre alguns destinos para finalmente começar a planejar o meu intercâmbio de estudo e trabalho, mas estou super chocada com os relatos que li nesse post. Acho que fazia muito tempo que eu não pesquisava sobre a Austrália, porque não recordo de estar ciente de tanto preconceito e pensamento atrasado sobre turistas.
No meu caso estou buscando realmente a possibilidade de imigrar mas fazendo tudo dentro da lei e sinceramente vejo que talvez esse país fique de fora da minha lista.
Estou adorando o blog e o conteúdo! Muito obrigada por compartilhar!!
Mole não, Klicia!
Lendo o relato de vcs fiquei aflita.
Vou para Gold Coast em maio de 2020e terei conexão em Melbourne de 2h50. Tenho receio de perder meu voo.
É Nichelle, não tem como saber, vai sem medo, e que dê tudo certo!