Quem busca saber o que fazer em Montreal certamente não se desapontará. A segunda maior cidade do Canadá reserva atrações imperdíveis para todos os gostos e que ficarão guardadas em sua memória para sempre. Além disso, a cidade, assim como todo o Canadá, apresenta uma organização ímpar e uma qualidade de vida incrível, encantando todos que a visitam.
Mesmo sendo a segunda maior cidade do Canadá, Montreal é uma cidade pequena, sendo possível conhecê-la em poucos dias. O destino é majoritariamente turístico, o que não é para menos, dada a sua beleza.
Entre os muitos motivos que levam os turistas até a cidade, podemos citar edifícios tanto históricos quanto altamente modernos, vários festivais dos mais variados temas, exposições de arte e até uma “cidade subterrânea” de túneis e escadas com shoppings, estações de metrô, escritórios, hotéis e escolas, solução encontrada para superar os meses de frio congelante.
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O que fazer em Montreal: as 14 melhores atrações da cidade
Os pontos turísticos de Montreal contemplam praticamente de tudo, indo de igrejas, passando por parques, jardim botânico, oratórios e até mesmo ruas históricas, o que torna a cidade canadense um dos destinos imperdíveis para quem quer conhecer a América do Norte.
Separamos as melhores sugestões para quem quer saber o que fazer em Montreal que formam um roteiro perfeito para a sua viagem. São eles:
- Old Montreal
- Basílica de Notre Dame de Montreal e Praça de Armas
- Parque Mont-Royal
- Old Port (Vieux-Port)
- Place Jacques Cartier
- Oratório de Saint Joseph
- Parque Jean Drapeau
- Biosfera de Montreal
- Complexo Olímpico e Torre Inclinada
- Jardim Botânico
- Bairro Le Plateau de Mont-Royal
- Museu de Belas Artes
- Crew Café
- Rue Saint Catherine
Para se locomover entre as várias atrações turísticas, você tem à sua disposição ônibus e metrô, ambos de excelente qualidade e, inclusive, com opções que funcionam 24 horas por dia e 7 dias por semana, mesmo nos feriados.
A maneira mais simples de desfrutar do transporte público de Montreal é através dos passes do STM – o sistema de transportes da cidade, válidos por um período de 1 ou 3 dias, em que os turistas obtêm acesso ilimitado à rede de ônibus e metrô.
Nós recomendamos fortemente o passe de atrações de 72 horas com bilhete de metrô, pois com ele você pode visitar 28 grandes atrações de Montreal, além de utilizar o transporte público sem a necessidade de ter que comprar um passe estando na cidade. Assim, você economiza, evita filas e não se preocupa com o transporte.
Além disso, para conhecer vários destinos famosos de uma só vez, o tour guiado de ônibus por toda a cidade agrega um valor inigualável à sua bagagem cultural, caso andar não seja o seu forte, ou se você tiver o tempo apertado em sua visita.
1. Old Montreal (Vieux-Montréal)
O destino que abre a lista abriga algumas das mais antigas construções de Montreal, entre as quais algumas existem desde o século XVII.
A Prefeitura de Montreal, por exemplo, foi inspirado na prefeitura da cidade francesa de Tours. Projetado por Henri-Maurice Perrault e Alexander Cowper Hutchinson, foi construído entre 1872 e 1878 e tem como estilo a arquitetura do Segundo Império, que surgiu durante o império de Napoleão III. Desde 1984, este é um sítio histórico nacional.
O Marché Bonsecours, um dos mercados públicos mais famosos e antigos da cidade, foi inaugurado em 1847 e hoje tem 15 lojas, além de uma série de bares e restaurantes, o que o torna o local ideal para uma bela experiência gastronômica. Mesmo com um estilo diferente do que era originalmente, o mercado ainda traz uma arquitetura impressionante e também faz parte da lista de sítios históricos canadenses.
Já a rua Saint-Paul também traz uma forte influência histórica, já que foi a primeira rua construída em Montreal, lá em 1672. Ela tem magníficos edifícios antigos, lojas, restaurantes e é uma rua de pedestres, perfeita para caminhar em seu calçamento de paralelepípedos e analisar cada detalhe arquitetônico bem de pertinho, além de visitar as lojas ali presentes.
Outros locais que merecem destaque são o Pointé-à-Callière, um museu repleto de história e arqueologia; o belo e histórico Museu Château Ramezay; o The Montreal Science Center, um museu de ciências que abriga um incrível cinema IMAX e exibições interativas de ciência e tecnologia; e o The Centre d’Histoire de Montréal, onde é possível conhecer de perto a história da cidade.
2. Basílica de Notre Dame de Montreal e Praça de Armas
Quem procura pelos pontos turísticos da cidade não pode deixar de visitar a Basílica de Notre Dame de Montreal. Inaugurada em 1829, ela é um símbolo não apenas local, mas também nacional, dada a sua beleza e peculiaridade.
É uma das atrações mais visitadas de Montreal.
A construção é um dos mais antigos exemplares da arquitetura neogótica, com seu projeto tendo sido realizado pelo arquiteto irlandês James O’Donnell. Os detalhes nas portas, janelas, torres e paredes impressionam por sua riqueza. Seus vitrais são de tirar o fôlego, não devendo em nada às igrejas clássicas européias.
Entre tantos pontos que saltam aos olhos, cabe ressaltar o teto azul com estrelas douradas, os vitrais que contam a história religiosa de Montreal e o Show Aura, espetáculo de luzes que, em conjunto com as notas do imponente órgão do local, se transformam em uma experiência inesquecível.
Já a Praça das Armas (Place d’Armes) fica no centro do Porto Velho, bem em frente à Basílica de Notre-Dame. Depois da rua Saint Paul, é o local mais antigo da cidade, remetendo ao início do século XVIII, quando os moradores da então Vila Maria (Ville-Marie, antigo nome de Montreal) se aproximavam para ver as manobras ali realizadas pelos militares neste mesmo local. Hoje, os edifícios que ficam ao redor da praça são de estilo art déco, com grandes empresas sediadas ali.
No centro da praça, existe uma grande estátua de bronze feita por Louis-Philippe Hébert, em homenagem a Paul de Chomedey, ou mais conhecido como Senhor de Maisonneuve, um dos fundadores da cidade.
Com o tour a pé no West Side de Old Montreal, você conhece o oeste da cidade e ainda tem acesso liberado à Basílica de Notre-Dame, além de não precisar esperar na fila para garantir o seu ingresso, que no frio pode ser bastante desagradável.
3. Parque Mont-Royal
Nova York e Montreal têm algo em comum em relação aos seus parques: tanto o Central Park quanto o Parque Mont-Royal foram planejados pelo mesmo arquiteto paisagista americano, Frederick Law Olmsted. O Parque Mont-Royal é uma das atrações mais visitadas de Montreal, onde mais de 5 milhões de pessoas por ano vão até sua colina para ter as melhores vistas da cidade.
É do parque inclusive que vem o nome da cidade de Montreal, que quer dizer Monte Real, ou Mont-Royal em francês.
São 470 acres (1,9 milhão de m²) de vistas maravilhosas no topo dos picos do Mont-Royal, estando o mais alto deles a 232 metros acima do nível do mar, em um local repleto de verde e que não deixa a desejar para o Central Park, inclusive por ser rodeado por enormes edifícios.
No parque, você tem paisagens esplêndidas, espaços para a prática de esportes de inverno e atividades de verão e até mesmo um mirante onde uma banda toca nas manhãs de domingo entre maio e outubro, em um evento conhecido como Tam Tams Drum.
A área ao redor do Lago dos Castores (Lac-aux-Castors) também é muito agradável, principalmente em dias de sol, sendo perfeito para deitar na grama, fazer um piquenique e observar os pássaros e esquilos.
Muitos turistas também vão até o parque a procura de guaxinins, mas, por mais fofos que sejam, eu não aconselho, pois incentiva cada vez mais os animais silvestres a comer alimentos que não são recomendados a eles e também a invadir espaços urbanos e revirar lixeiras. Além disso, eles transmitem raiva.
4. Old Port of Montreal (Vieux-Port de Montréal)
O Velho Porto de Montreal é um porto repleto de história. Com mais de 2 quilômetros de extensão ao longo do rio de Saint-Laurent, já era usado desde o ano de 1611, quando comerciantes de pele usavam o local como ponto de troca de produtos.
Oficialmente inaugurado em 1830, o local passou por uma atualização em seu projeto no início da década de 1990, guiada pelos arquitetos Aurèle Cardinal e Peter Rose. Hoje, a área é histórica e recebe aproximadamente 6 milhões de turistas todos os anos.
O que faz tantas pessoas irem até o local é a grande quantidade de eventos que acontecem ali, de festas de Réveillon a karaokê e patinação no gelo. O Vieux-Port de Montréal também tem restaurantes, lojas e até um cinema IMAX, no mesmo The Montreal Science Center.
Outro grande destaque fica por conta da roda gigante, La Grande Roue de Montréal, com 60 metros de altura e 42 cabines que oferecem uma vista magnífica da paisagem. Vale a pena investir no passe rápido e flexível para a roda gigante para evitar filas e aproveitar melhor o passeio.
5. Place Jacques-Cartier
A Praça Jacques Cartier é outra opção para quem quer saber o que fazer em Montreal. Existente há mais de 150 anos, historiadores dizem que o local, bem antes de ser estabelecido, já era usado como ponto de referência por pessoas com diversos interesses.
Quando Montreal era uma cidade fortificada, o governador Philippe de Rigaud Marquis de Vaudreuil construiu sua casa aqui, a qual foi usada depois como um colégio para rapazes. Por fim, o local foi consumido pelo fogo em 1803.
No lugar, foi construído um novo mercado, com barracas de madeira e rodeado por edifícios de pedra que abrigam lojas e pousadas. Este mercado deu lugar ao Bonsecours Market, que hoje tem hotéis, restaurantes e lojas por todos os lados.
O nome do local e da rua em que se encontra foi definido por volta da metade do século XIX, quando passou a ser chamado de Place Jacques-Cartier em homenagem ao famoso explorador francês.
6. Oratório de São José
O Oratoire Saint-Joseph du Mont-Royal é uma basílica católica que começou a ser construída em 1904 pelo religioso Alfred Bessette (ou Irmão André), quando os planos eram de ter uma pequena capela. Esta, porém, passou a receber tantas pessoas que precisou ser ampliada.
Em 1917 foi construída uma igreja com capacidade para 1.000 pessoas sentadas. Posteriormente, em 1924, iniciou-se a construção da basílica, que só foi finalizada em 1967, tendo se transformado em uma construção majestosa, inclusive com o segundo maior domo de todo o mundo, perdendo apenas para a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
De lá, as vistas são incríveis também, além de ter um bosque com a via sacra em seus arredores, um local de muita paz e que rende ótimas fotos.
Como curiosidade, o museu da igreja conta com uma relíquia: o coração do Irmão André, que tem por finalidade proteger a basílica. Pelo menos 2 milhões de pessoas visitam o local todos os anos.
7. Parque Jean Drapeau
O Parc Jean-Drapeau, antigamente chamado de Parc des Îles, compreende duas ilhas: a Sainte Hélène e a Notre Dame, esta última artificial. Ambas, inclusive, foram a sede da Expo 67, exposição mundial considerada como a de maior sucesso no século XX, tanto por ter recebido muitas pessoas quanto pela participação de 67 países.
A ilha de Sainte Hélène pertenceu à família de Charles le Moyne de Longueuil, uma das figuras mais marcantes da história de Montreal, de 1665 a 1818, quando foi vendida para o governo britânico, que construiu um forte, um armazém e um bunker depois da Guerra Anglo-Americana de 1812.
O novo governo canadense adquiriu a ilha em 1870 até que, em 1874, o local se transformou em um parque.
Hoje, o local também abriga o La Ronde, um parque de diversões construído justamente como complexo de entretenimento para a Expo 67, além da Biosfera de Montreal.
8. Biosfera de Montreal
Quem procura o que fazer em Montreal e gosta do meio ambiente encontra em La Biosphère de Montréal a atração perfeita. O museu fica dentro do Parc Jean-Drapeau, na Ilha de Santa Helena, e é o único da América do Norte dedicado exclusivamente ao tema.
O destaque arquitetônico fica por conta de sua grande cúpula geodésica, com 62 metros de altura e 76 metros de diâmetro, projetada pelo estadunidense Buckminster Fuller.
No ano de 1976, enquanto a estrutura era renovada, um incêndio queimou a bolha acrílica transparente da construção, embora a estrutura de metal tenha se mantido. O local ficou fechado até 1990, ano em que o Departamento do Meio Ambiente do Canadá o comprou e transformou em um museu, inicialmente voltado à água.
Inaugurado com tal finalidade em 1995, o nome foi mudado em 2007 para que o local passasse a tratar do meio ambiente.
9. Complexo Olímpico e Torre Inclinada
O Parc Olympique de Montréal abrigou várias das atividades das Olimpíadas de Verão de 1976. O local traz uma série de estruturas de grande porte, como Olympic Stadium, Biodome, Maurice Richard Arena, Pierre Charbonneau Centre, Olympic Pool e Olympic Athletes’ Village.
Próximo ao local existe a Montréal Tower, maior torre inclinada do mundo (inclusive mais inclinada que a famosa Torre de Pisa), com 165 metros de altura e um ângulo de 45 graus. Para chegar ao topo, inclusive, é possível usar um funicular (equipamento similar a um elevador), em uma viagem que dura 2 minutos e pode comportar até 50 pessoas.
Cabe ressaltar que este é o único funicular do mundo construído ao longo de uma estrutura curva, o que o torna ainda mais especial. Com o ingresso para o Observatório da Torre de Montreal e para a exposição Since 1976, você pode visitar o local a fundo e conhecer suas peculiaridades.
Nem preciso falar que as vistas lá de cima são incríveis, não é mesmo?
10. Jardim Botânico
O Jardin Botanique de Montréal está entre os maiores jardins botânicos do mundo. Ele tem 75 hectares (750 mil m²), mais que o dobro da área do Jardim Botânico de São Paulo, para fins de comparação. O local foi fundado em 1931 e é uma verdadeira obra-prima em prol da natureza.
Superando 22 mil espécies de plantas, ele tem 20 jardins temáticos e 10 estufas de exposição. O Jardim Botânico fica perto do Parque Olímpico e pode ser acessado depois de uma caminhada de poucos minutos, pela qual é possível desfrutar de todo o seu esplendor.
Quem busca o que fazer em Montreal e encontra este jardim certamente se deparará com várias esculturas em estilo mosaiculture, esculpidas em plantas. É possível encontrar peixe, orangotango, coalas, cavalos, mãos simbolizando a paz e, com grande destaque, a estátua de uma mulher, da qual aparecem a cabeça, os ombros, uma parte do colo e as mãos, como se brotasse da terra.
As visitas no inverno trazem um visual totalmente diferente, mas a neve também pode cobrir as esculturas. Por isso, planeje bem as datas para o passeio.
11. Bairro Le Plateau de Mont-Royal
O Le Plateau de Mont-Royal traz uma grande mistura de elementos, do topo do monte às ruas coloridas e pitorescas, o que a torna uma das mais divertidas regiões de Montreal.
São murais pintados, tours gastronômicos, deliciosos cafés, belos parques, festas noturnas, ruas coloridas, festivais, eventos, bares, shows e por aí vai. Se você gosta de um programa mais cosmopolita, vale a pena reservar um bom tempo para conhecer este bairro.
12. Museu de Belas Artes
Outra opção para quem busca o que fazer em Montreal é o Musée des Beaux-Arts de Montréal, que existe desde 1860 e tem excelentes atrativos para os amantes da arte.
O local abriga exposições fantásticas, do contemporâneo e moderno ao antigo. A quantidade supera as 40 mil obras, muitas das quais são temporárias, então é importante ficar atento às novidades.
A entrada é cobrada, mas quem quer economizar pode visitar o local no último domingo de cada mês. Porém, é importante chegar cedo para não se deparar com uma fila tão grande.
13. Crew Café
Um café na lista do que fazer em Montreal pode até espantar, mas acredite: a visita compensa muito, já que este é um local magnífico. Ele foi construído entre 1926 e 1928 para o Royal Bank of Canada, planejado pela empresa de arquitetura estadunidense York & Sawyer.
Vários dos elementos usados na época foram preservados, como o chão de mármore, o teto de gesso pintado e decorado com luminárias de latão e as portinholas dos caixas, também em latão.
O local conta com 100 assentos e promete ser um destino bem interessante, além de ter um cardápio delicioso, com pâtisseries, sanduíches, sopas, quiches, pizzas e, é claro, café.
14. Rue Saint Catherine
Para fechar nossa lista sobre o que fazer em Montreal, vale falar desta rua, que é uma das maiores da cidade, com mais de 15 km. Por ser tão extensa, ela tem características singulares em cada um de seus trechos, como o oeste, repleto de lojas, e o leste, com casas noturnas e ótimas festas.
Quem passeia por ela encontra comércios que vendem praticamente de tudo, dos caros aos acessíveis, de eletrônicos a roupas de grife. Além disso, ela também é repleta de restaurantes, bares e edifícios antigos, que devem agitar bastante a sua viagem.
Mais informações sobre Montreal e o Canadá francês
A língua mais falada em Montreal é o francês, pois a cidade fica na província de Quebec, a única com população onde este idioma é a língua predominante. Curiosamente, Montreal é a segunda maior cidade de língua francesa de todo o mundo, perdendo apenas para Paris. Mas, caso o francês não seja seu forte, não se preocupe. Todos lá falam inglês perfeitamente também.
Para entender, numa breve explicação sobre a história da cidade, Montreal foi fundada em 1642, mas habitada por povos indígenas desde o ano 1000 depois de Cristo. Se desenvolveu como um porto de compra e venda de peles de animais.
Logo após sua fundação, missões católicas começaram a se deslocar para o local para catequizar os indígenas. Foi quando a região começou a ser habitada por europeus. A vila nessa época quase foi abandonada devido a ataques indígenas, até que os franceses, em um terrível massacre contra os nativos, conseguiram firmar uma colônia em Montreal.
Em 1760, durante a Guerra dos 7 Anos, o Reino Unido conseguiu tomar a região da França, e por isso ambas as línguas, inglês e francês, são faladas na cidade.
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