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Perrengues de viagem e como sobreviver a eles

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Em uma viagem nem tudo são flores. Claro que um momento bom faz qualquer desgraça ficar pequena (depende!) e cada tombo levado vira história para ser contada depois numa roda de amigos, onde todos acabam rindo no final.

Em nossos anos de viagens já passamos por bastante coisa. E lembranças boas em muito maior quantidade que as ruins, ainda bem, mas temos umas histórias bem peculiares para compartilhar e tentar fazer com que muitos não passem pelos mesmos erros que a gente.

Senta aí que vamos começar a contar o festival de perrengues de viagem e o que não fazer para cair na mesma.


Veja mais: Conheça nossas 7 maiores frustações de viagem até agora, incluindo a aurora austral.


Não pesquisar as condições climáticas do lugar que está indo visitar

1. O Sol da tarde no Salar de Uyuni, na Bolívia

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O primeiros perrengues de viagem do tipo foram na Bolívia. O Salar de Uyuni, dependendo da hora em que se visite, pode ser muito frio e, antes de ir, nos preocupamos com os casacos que precisaríamos vestir, mas não lembramos que um deserto de sal reflete e intensifica a potência do Sol como se fosse um espelho e, acredite, não levamos protetor solar.

Agora parem e olhem a foto lá de cima, a primeira que ilustra este texto.

Passamos boas horas lá, torrando sem nos dar conta já que o ar rarefeito da altitude boliviana ainda auxilia o serviço do Sol, até chegar ao alojamento mais tarde e nos depararmos com nosso reflexo em um espelho. Não só estávamos muito queimados, como eu, Larissa, tinha uma crosta amarela no meu couro cabeludo, algo como uma queimadura em algum grau que não sabemos dizer.

Leia mais: Saiba como visitar o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo.

2. O período de chuvas, no México

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Anos depois resolvemos ir para o México no período de chuvas, que é justamente no verão deles. Os dias começam quentes e ensolarados e então, lá para às 16h, a chuva cai, com toda a força. Todo dia.

Não tínhamos muito tempo para visitar Palenque, e auxiliados pela dificuldade de acesso, resolvemos contratar um tour (o que não faríamos normalmente, mas dessa vez tivemos que abrir mão).

Apesar de nosso interesse ser exclusivamente nas ruínas, o passeio contava com duas atrações antes de chegar a Palenque. E por aí vocês podem adivinhar que horas chegamos nas ruínas, não é mesmo? Na hora da chuva. E o mundo caiu, como qualquer um poderia prever.

O terreno barrento virou uma piscina, ficamos ilhados e só depois de uns 20 minutos de chuva pesada, conseguimos visitar o parque.

Não se informar sobre detalhes de seu destino com antecedência

3. A travessia de fronteira, do Chile para a Bolívia

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Na nossa viagem ao Chile, fomos até Iquique, uma cidade banhada pelo Oceano Pacífico. Mas nossa passagem de volta para o Brasil era partindo da Bolívia e teríamos que cruzar a fronteira entre os dois para não perdermos o vôo.

Nossa previsão era de ficar no máximo três dias em Iquique, só que na hora de comprar nossas passagens de ônibus para La Paz, descobrimos que as empresas bolivianas que faziam o trajeto (as únicas da cidade) não abriam nos finais de semana. Ficamos presos numa cidade que já havíamos visto tudo que podíamos e num país mais caro para nossos bolsos que a Bolívia. Para completar nossos perrengues de viagem, quando conseguimos comprar a passagem, na segunda-feira, embarcamos numa viagem de ônibus de dezoito horas.

4. O impossível planejamento de viagem, em Belize

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No sul de Belize existe uma cidade maravilhosa chamada Placencia. O único problema é que para chegar até lá é preciso viajar de ônibus por quatro horas e depois pegar um barco até a península na qual se encontra a cidade. Mas no país não existe essa coisa de os ônibus seguirem um horário fixo – cada um chega e sai na hora que der – e muito menos essas modernidades de uma empresa ter algo como um site na internet que avise sua programação.

E quem disse que o horário de chegada do ônibus coincidia com o da partida do barco? São quatro horas de viagem, mas o motorista para a qualquer momento para buscar mais passageiros e sem qualquer cerimônia chega até a dar a ré para buscar um atrasadinho.

Com tudo isso o ônibus chegou 10 minutos depois de nosso barco ter partido. O próximo? Só duas horas depois! (mas ao menos havia um depois)

Para piorar, enquanto esperávamos na beira do rio, no final da tarde, acredito que todos os mosquitos do local foram parar no mesmo lugar que nós. E eu, que nunca sofri com picada de mosquito, senti cada uma das dezenas de picadas durante aquelas duas horas intermináveis. As marcas depois, apesar de pequenas, eram incontáveis.

Leia mais: Veja como foi nossa visita a San Pedro, a ilha caribenha que inspirou Madonna.

Não se preparar antes de ir a uma região com características específicas

5. O mal de altitude, na Bolívia

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Potosí é uma das cidades mais altas do mundo. Fica a 3967 metros acima do nível do mar e é praticamente impossível não sofrer com a altitude ao chegar lá. Ou seja, se quiser passar por perrengues de viagem, é só ir até lá. E foi justamente o que me aconteceu. A subida de uma cidade para a outra é tão brusca, que o corpo não consegue acompanhar e a dor de cabeça que surge é absurda.

Na mesma noite que chegamos, resolvemos sair para comer, mas passei tão mal que precisei ir ao banheiro vomitar. Ao voltar à mesa, Carlos ainda disse que todo o restaurante conseguiu escutar meu sofrimento.

A dica para ficar bem em países andinos é ir devagar, manter um intervalo de 3 dias entre uma cidade e outra, se acostumar em uma região menos alta e tomar muito chá de folha de coca. Às vezes não é possível escapar de situações desagradáveis, mas muitas vezes é bom para estarmos prontos numa próxima vez.

Leia mais: Saiba como incluir a Bolívia em um mochilão pela América do Sul.

6. Infecção intestinalem países latino-americanos

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Uma coisa é certa: é quase impossível escapar de uma infecção intestinal indo para países como Bolívia, Peru e até mesmo algumas regiões do Chile. Carlos já passou por duas situações em viagens anteriores e eu por uma. Estar em pleno deserto do Atacama e se esvair não é nada legal (que foi o que aconteceu comigo). E se você não levar um remédio já pensando no problema que pode vir a acontecer, algo que poderia ser simples pode se tornar um pesadelo.

Por Carlos já ter passado por isso duas vezes antes de irmos juntos, já estávamos precavidos e levamos os remédios para prender o piriri e recompor a flora intestinal, indicados por um médico brasileiro, claro. No dia seguinte já estava novinha em folha. Por isso é preciso muito cuidado com o que comer nesses países, não tomar nada em que não se saiba de onde veio a água (tomar Coca-Cola, ou a famosa Inca-Kola do Peru, talvez seja a melhor solução) e saber que mesmo assim não é certo que você vá escapar.

Viajar sem hospedagem reservada e aceitar a primeira proposta que aparece

7. Um dinossauro no quarto, em Belize

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Ok, exageramos na foto!… mas só um pouquinho.

Chegamos em Caye Caulker sem hospedagem reservada, como sempre fazíamos em nossos mochilões, com a ideia de bater de porta em porta atrás de um preço que não dê pra encontrar anunciado pela internet.

No entanto ao desembarcar, um negociador, daqueles que atrai turistas até donos de hospedagens em troca de receber uma comissão deles, ficou no nosso pé até nos vencer pelo cansaço. Depois de muito tentar se desvencilhar dele, acabamos aceitando um quarto em uma casa onde só estávamos nós – era baixa temporada e parecia muito vantajoso.

Na hora de dormir, Carlos e eu estávamos conversando quando notei um lagarto gigantesco no teto acima da porta. Era realmente grande, um intermédio entre lagartixa e iguana, que “carinhosamente” lembramos como dinossauro.

Os donos do lugar, que eram cubanos, possuíam um restaurante na beira da praia e como não tínhamos nada para enxotar o bicho e já estávamos indo dormir (mas impossível seria fechar os olhos com aquele dinossauro no mesmo quarto que nós), Carlos resolveu ir até lá explicar a situação.

O proprietário, que não sabia falar inglês, disse que devia ser só uma lagartixa, desprezando nosso dinossauro e sem entender que, ainda que aquilo fosse só uma lagartixa, era tipo o Arnold Schwarzenegger das lagartixas.

Após alguma insistência ele resolveu ir até o quarto e deu uma vassourada que jogou o bicho bem em cima de nós.

Depois de gritos e pulos pudemos dormir em paz (mas com a vassoura ali no quarto).

Confiar apenas em uma forma de carregar o seu dinheiro para fora do país

8. O desbloqueio do cartão para saques, no Peru

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Para usar seu cartão do banco fora do país é preciso ir pessoalmente até sua agência bancária pedir o desbloqueio internacional. Na maioria dos países, um desbloqueio feito no caixa automático já é o suficiente, mas para locais onde o número de cartões clonados é enorme, como o Peru, por exemplo, é preciso passar por uma burocracia maior.

Sabendo que o Peru estava nesta lista negra, fizemos todo o procedimento com o agente do banco para garantir uma viagem tranquila usando apenas o cartão do banco para saques, como fazíamos até então.

Chegando em Cuzco, no Peru, descobrimos que o cartão não havia sido desbloqueado corretamente pelo banco e não conseguimos sacar um centavo. Só podíamos contar com o dinheiro que havíamos levado na mão, uns duzentos dólares. Ou seja, em questão de poucos dias estaríamos sem dinheiro para comer e pagar hospedagem.

Gastamos boa parte do pouco dinheiro que tínhamos ligando para o banco para falar diretamente com o agente que havia “desbloqueado” nosso cartão e sempre ouvíamos a promessa de que o serviço seria feito, o que nunca se cumpriu.

No fim da história, sem poder sacar nosso dinheiro, tivemos que pedir que fosse enviado por Western Union e, chegando ao Brasil, abrimos um bom processo contra o banco. Um dos nossos maiores perrengues de viagem da história.

Leia mais: Saiba como aproveitar ao máximo sua visita a Machu Picchu.

Não entender do equipamento que está alugando/comprando durante uma viagem

9. As bicicletas e o caminhão de lixo, no México

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Em Tulum, no México, é possível visitar as ruínas maias de bicicleta. Na mesma hora achamos a ideia super legal e resolvemos alugar duas, mas só depois que vimos que o freio da bicicleta era daqueles que funcionam ao pedalar para trás (e não nas mãos).

Eu, Larissa, do jeito que sou desastrada, sabia que aquilo não ia dar muito certo, mas vamos lá!
Andando ainda dentro da cidade de Tulum, nos deparamos com um sinal fechado para carros enquanto eu ia em direção a eles e, sem ainda saber coordenar direito o freio nos pés, não consegui frear a tempo e bati com a bicicleta no carro que estava parado no semáforo.

O carona ainda segurava um chihuahua que latia na minha cara enquanto eu só conseguia repetir “perdón, perdón”. Mas, por sorte, eu não me machuquei, ninguém reclamou e seguimos em frente.

Mais à frente, no meio do caminho um rio havia transbordado e, ou voltávamos sem ver de fato as ruínas, ou teríamos que descer das bicicletas e carregá-las com a água na canela. Fomos caminhando, sentindo o lamaçal no meio dos dedos, pois estávamos de chinelos (haviam muitas praias no caminho), quando do nada, naquele momento que não havia mais possibilidade de voltarmos e desistirmos, um caminhão de lixo sai da rua do lado e entra pela água, a mesma que nós, largando um rastro de sacos de lixo e chorume por onde passava. Até hoje é algo extremamente nojento de lembrar.

Leia mais: Conheça a Península de Yucatán além dos resorts de Cancún.

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Sobre o Autor

Larissa Pereira

Escritora de viagens, fotógrafa e graduada em história da arte, Larissa equilibra com maestria suas muitas paixões. Seus artigos exibem uma perspectiva histórica e cultural em suas narrativas de viagem, transformando cada destino em uma tela rica em detalhes e curiosidades.

Como fotógrafa, Larissa utiliza sua lente para registrar todos os momentos do blog, traduzindo a beleza de cada local em histórias visuais. Seu olhar para detalhes aprimora a experiência, permitindo que os leitores embarquem virtualmente em suas viagens.

Larissa é também a apresentadora do canal do Vida Cigana no YouTube, onde compartilha dicas e explica atrações em detalhes, desenvolvendo itinerários e inspirando outros a vivenciarem suas próprias jornadas.

7 Comentários

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  • Ai Larissa! Me identifiquei muito com seus perrengues! Também passei poucas e boas!
    Meu plano era rio – la paz – ilha do sol – puno – cuzco – machupichu- lima – rio.
    Já de saída tive que perder 24h em guarulhos por problemas técnicos da gol- que não manejou as bagagens a tempo da conexão. Ao Chegar em La Paz os transportes da cidade estavam em grave… Tive que arrastar minha bagagem por 20 minutos pela beira da estrada até conseguir um taxi pra me extorquir. Cheguei ao meu hotel no meio do incrível mercado de las brujas – e a recepção estava em obras, tipo muita poeira, entulho, barulho – claro que não nos avisaram nada. A essa altura eu já estava sofrendo com a altitude e dá-lhe chá de coca e aspirina. Achei meus 3 amigos e mais uma moça vegetariana que se juntou à viajem de ultima hora. Tínhamos reservado um quarto para 4 mas agora eramos 5 e me fizeram pagar mais um quarto ao invés de conseguir um colchão extra. Já que eu cheguei depois, amarguei o prejuízo. (dica: nunca viaje em 5 pessoas – é pior pra reservar, pegar taxis, pedir refeições, fechar passeios e lidar com “quem fica sobrando, não se planejou direito, e não come o que os outros comem”). Como os transportes estavam em greve, tivemos que alugar uma van particular pra ir até Copacabana de los andes. Ao chegar lá o cara da van conversou em quéchua com uma mulher -supostamente uma agente de viagens – e nos cobraram adiantado para reservar passagens para dois dias depois seguirmos para puno no Peru. Pagamos em dinheiro e ganhamos um recibo, e entramos correndo no barco pra ilha do sol no titicaca. Ao voltar da ilha do sol a tal agencia estava fechada e o recibo não valia de nada. Literalmente nos assaltaram. Por sorte conseguimos outro onibus, pagamos a passagem de novo. Sair de puno para cuzco também foi um perrengue pois nos fins de semana não tinha o onibus oficial – que levaria 6 a 7 horas. Pegamos um onibus ‘alternativo’ que evitou os bloqueios da grave geral na estrada oficial, em compensação levou mais de 20 horas!!! Pela estrada da morte, com crianças chorando e galinhas em gaiolas e paradas pra ir ao banheiro no meio do nada… Logo que chegamos a cuzco fomos à baita furada que é ver a festa do sol na fortaleza sacsayhuaman e no meio da muvuca furtaram minha câmera. nem senti. Com tantos entraves, ao todo perdemos 4 dias nos nossos planos. Pra fechar com chave de ouro eu torci o pé no ultimo dia de machupichu. Mal pude caminhar em Lima. Chegando ao rio fui do aeroporto direto pro ortopedista botar gesso. Quero muito voltar ao peru pra ter uma experiencia mais positiva, pois é lindo.

    Já perdi um dia inteiro ao cair no papo de um vendedor no aeroporto, que me ofereceu um day-use gratis num resort, mas na verdade era uma apresentação comercial interminável para comprar um timeshare em cancun.

    E tive o cartão bloqueado também ao voar de cancun pra miami. Num sábado a noite. No primeiro lugar que passei o cartão em miami, bloquearam. Por sorte tinha grana em cash pra emergências. Depois de tentar muito resolver por telefone sem sucesso, só resolvi na segunda indo ao banco do brasil em downtown miami. Não deu pra alugar carro, então pegamos taxi pra ir até o terminal, monorail e na volta resolvemos tomar o ônibus. Eu só recomendo o monorail . rs. O taxista falava um inglês de barbados super difícil. Achar o ponto e esperar ônibus na chuva foi pavoroso, e o ônibus cheio com direito a gente doida pregando e praguejando pelo trajeto. Você precisa ter quarters porque os ônibus não tem troco. Enfim, miami sem carro é um perrengue, ainda mais na chuva.

  • E aí pessoal!

    Quanto ao desbloqueio do cartão, minha passagem pelo Peru foi tranquila, mas tive vários problemas no Uruguai. No fim, consegui desbloquear apenas para saques no crédito. Sorte que era uma viagem de poucos dias, levei pouca grana em espécie e ia ser um problema.

    Bacana o post! Já vou me preparar para os perrengues em Belize!

    • Oi Henrique, bom saber do seu relato! Nunca tivemos problema no Uruguai nas duas vezes que fomos, mas louco saber que é possível.
      Quando for a Belize nos conte, é um de nossos lugares favoritos!

  • Nossa!
    Me identifiquei com alguns perrengues, tipo em Uyuni e em Iquique… Aconteceu o mesmo comigo, voltando para La Paz. Saí de Iquique com roupas curtas e frescas para uma viagem de 18 horas, das quais 8 foram passadas na fronteira!! O motorista do onibus não abriu o maleiro para eu buscar meus agasalhos na mochila e eu quase congelei se não fosse por um amigo que me emprestou um casaco dele hahaha
    Foi uma das piores travessias que ja fiz.
    Adoro seu blog, a forma como escreve não cansa o leitor 🙂 Bjos!

    • Oi Ana, verdade, foi uma de nossas piores travessias também, muito cansativo! Mas recebemos cobertores no ônibus, o que amenizou um pouco o frio.
      Obrigada pelo feedback, gostamos muito de ouvir dos nossos leitores e ver que temos histórias parecidas!
      Um abraço!

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