Durante o house sitting no ônibus hipponga ao lado da praia, nossa missão não foi somente habitar e cuidar do veículo. Tivemos que dividi-lo com quatro adoráveis animais: Salix, o greyhound de 13 anos, Pepsi e Teeny, dois chihuahuas (filho e mãe) e Ticky, uma gatinha.
E não podemos dizer que foi fácil. Pois não foi. Nem um pouco.
Assim que a proprietária do ônibus partiu, Pepsi se mostrou um tanto nervoso e desconfiado, e foi um custo enorme conseguir domá-lo. Ele não entendia o que estava acontecendo e deixava claro seu descontentamento se recusando a entrar no ônibus conosco. Preferia ficar embaixo do veículo, esperando que sua dona voltasse.
O processo todo para sua assimilação e uma boa convivência entre todos foi bastante tenso e demorado. O nervosismo dele era transmitido aos outros animais, ao Carlos e a mim.
Sabemos que cometemos alguns erros na abordagem, em parte influenciados por termos iniciado o house sitting no exato dia da partida da proprietária, mas devemos escrever um texto especificamente sobre este caso em algum outro momento.
A partir do segundo dia, e após os primeiros passeios com todos juntos pela praia, as coisas foram se normalizando até Pepsi se tornar o queridinho da casa/ônibus, sem ter qualquer semelhança com aquele chihuahua que havíamos sido apresentados. Ficou super dengoso e feliz, se mostrando um cão bem fiel. Me cativou por inteira.
Outro que também era meio desconfiado, mas que ganhou nosso coração foi o Salix, um cachorro já idoso e muito obediente. Era o único que deixávamos caminhar sem corrente. Nas poucas vezes que fui à praia, o levava comigo para nadarmos juntos. Salix era uma excelente companhia e virou um grande amigo.
Teeny se afeiçoou bastante ao Carlos e sendo gordinha, não era muito de exercícios e odiava nadar também. Se deixasse, ficava deitada o dia inteiro, só levantando para comer. Adorava lamber qualquer mão que tentasse acariciar e sorria desajeitada como fazem alguns chihuahuas.
Além dessa turma toda em um ônibus, ainda tínhamos Ticky, a gata, que vivia mais fora do que dentro. Entrava pela janela só para comer, mas era muito carinhosa. Gostava de se enroscar nas nossas pernas e ronronava alto. Era muito fofo olhar para aqueles profundos olhos azuis vesguinhos 🙂
Apesar dos primeiros momentos tumultuados, com o tempo nos afeiçoamos demais aos bichinhos e já sentimos falta deles e de nossa rotina no ônibus.
Deixe seu comentário
Todos os comentários serão moderados previamente conforme as políticas do blog. Serão publicados e respondidos apenas após aprovação.