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Monumento de Stonehenge, na Inglaterra: história, mistério e misticismo

O monumento de Stonehenge, na Inglaterra, feito de blocos de pedra do período neolítico. O círculo de pedra se encontra em um campo de grama verde imenso. O céu está muito azul, com nuvens brancas que voam pro lado esquerdo da foto.

O monumento de Stonehenge, na Inglaterra, ainda é envolto em mistério. Mesmo com as mais variadas pesquisas feitas no local, historiadores e arqueólogos ainda hoje não chegaram a uma conclusão sobre a função ou significado do sítio arqueológico construído na Idade do Bronze.

Todo esse mistério, unido ao misticismo, fez de Stonehenge uma das atrações mais visitadas do Reino Unido.

O que é Stonehenge

Com 6 mil anos de existência, o monumento de Stonehenge é mais antigo que as ruínas gregas. Faz parte do assentamento neolítico mais bem preservado do mundo. O posto é dividido com as ruínas de Durrington e Avebury, também na Inglaterra.

Mesmo não sabendo exatamente para que o monumento servia ou seu significado, é sabido que Stonehenge passou por diversas etapas que marcaram seu terreno de forma diferenciada e que hoje formam o que nossos olhos veem.

O monumento de Stonehenge, na Inglaterra, feito de blocos de pedra imensos formando um círculo em um gramado verde. O céu é azul com muitas nuvens.
A vista clássica de Stonehenge

Inúmeros povos antes de nós, como druidas, celtas, romanos e saxões, já reconheciam Stonehenge como uma construção importante. Foram encontrados artefatos originários de todos estes povos no local.

Também é entendido que o local servia como “canal meteorológico”. Ele marcava as estações através dos dias mais longos e curtos do ano.

Por conta desta característica, Stonehenge costuma ser inundado de turistas no dia 21 de junho, o solstício de verão. Na data é possível ver o sol nascer exatamente no meio da maior pedra do sítio.

Mas, o que muita gente não sabe é que Stonehenge provavelmente também foi um cemitério. Ou local de cura.

Em seu perímetro, inúmeras valas comuns foram encontradas, com restos de humanos e animais. Aliás, foi assim que o monumento começou a existir.

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Os solstícios de verão e de inverno em Stonehenge

Uma foto do monumento de Stonehenge, na Inglaterra, com as sombras projetadas a frente das pedras, com o céu azul e o sol alto.
Esta não é uma foto durante o solstício!

Nos dias 21 de junho e 21 de dezembro, respectivamente os dias mais longos e curtos do ano no hemisfério norte, inúmeros visitantes invadem Stonehenge ainda de madrugada para ver o sol nascer perfeitamente alinhado com as pedras do monumento.

Pessoas acampam em Stonehenge no solstício de verão, quando rola até um festival por lá.

Mas muitos historiadores acreditam que o solstício de inverno era mais importante em sua origem. Era este o momento em que os habitantes da região sacrificavam seu gado a fim de passar todo o inverno com alimento.

Sem se importarem muito com isso, hoje o solstício de verão atrai mais visitantes devido ao clima mais ameno. No inverno neva bastante no local, tornando difícil a tarefa de passar a noite a espera do sol.

Muitos simpatizantes de religiões neo-pagãs visitam o local vestidos a caráter para realizar seus preceitos religiosos, assim como muitos hippies vão até lá celebrar a natureza.

Vale a pena visitar Stonehenge?

O monumento de Stonehenge, na Inglaterra, visto de outro ângulo, com as pedras em diferentes posições. O céu está nublado.
Esta é a primeira vista que temos do monumento

Quem chega ao local onde fica Stonehenge, logo vê o monumento, pequenino e tímido, ao longe.

De primeira, a impressão não é das melhores e acabamos dando ouvidos ao tanto de gente que diz que “Stonehenge é só uma pilha de pedras”. Sempre achei essa afirmação uma blasfêmia, afinal, tente carregar pedras de quase 50 toneladas na Idade do Bronze e fazer com que resistam até os dias atuais! Mas chegando lá, de tão discreto, acabei acreditando que de certa forma essas pessoas tinham razão.

Mas a opinião muda rapidamente. Ao contornar o monumento e visualizar a clássica imagem que temos na cabeça, voltei a achar que aquela afirmação era um equívoco. Stonehenge é lindo sim, a entrada que os ingleses estabeleceram é que não favorece a vista.

Aliás, a imagem que temos em mente é a mesma que os construtores lá da Idade do Bronze estipularam. É por ali que começa a enorme estrada projetada por eles, que liga várias partes do sul da Inglaterra com pedras neolíticas margeando seus limites.

Antes dos círculos de pedra, é possível entender a área periférica do sítio, que aparece como um enorme fosso, onde inúmeras ossadas foram encontradas. E lá no meio, aí sim, aparecem as colunas de pedras, cada uma delas medindo 5 metros de altura e quase 50 toneladas. Algumas destas pedras foram trazidas do País de Gales sendo puxadas por trenós. É inacreditável!

As limitações do turismo nas ruínas

Em dias comuns, a entrada de turistas em Stonehenge só permite caminhar ao redor do monumento.

Existem passes especiais que permitem passear por entre os círculos de rochas, mas é preciso comprar com bastante antecedência. Não estão disponíveis todos os dias e são muito procurados.

Veja os detalhes no site do English Heritage.

Uma mulher pulando alto na frente do monumento de Stonehenge, na Inglaterra.
Eu feliz, mesmo com a cerca

Anos atrás era possível caminhar livremente pelas pedras de Stonehenge. Várias famílias até faziam seus piqueniques por lá. Era comum até ver o monumento da estrada.

Hoje, com o aumento do vandalismo, somado ao valor do ingresso usado para a restauração, tanto de Stonehenge quanto de outras atrações britânicas, o acesso ao parque está mais restrito.

O Stonehenge Visitors Centre

Ao fim da visita, os turistas precisam pegar o ônibus do sitio arqueológico e voltar ao Visitors Centre.

Lá, do lado de fora, é possível ver cabanas em tamanho real em perfeitas reproduções de como se vivia no neolítico, com telhados de palha e paredes de barro.

Casas feitas para mostrar como era a vida no neolítico. Elas são réplicas e ficam no Stonehenge Visitors Centre. São redondas, feitas de barro e com telhado de palha.

Também está em exposição uma réplica dos trenós usados para puxar as enormes pedras que formam Stonehenge.

Um trenó com um bloco de pedra gigante mostrando com eram carregadas as pedras até o local onde fica Stonehenge.

Dentro do Stonehenge Visitors Centre existe um mundo a parte.

No local são dadas explicações sobre os povos que ali habitavam durante a construção do sítio, artefatos expostos, vídeos completos e muita informação para que possamos tentar entender pelo menos um pouquinho do que foi aquilo que acabamos de ver.

Woodhenge: a Stonehenge de madeira

Erguida também no Neolítico, Woodhenge é a versão de Stonehenge feita em madeira.

Woodhenge faz parte do Stonehenge World Heritage Site e fica a 3 quilômetros de distância do seu primo famoso, no condado de Wittshire.

A entrada é gratuita.

Uma mulher fazendo posição de caratê (como no filme Karate Kid) no topo de um toco de rocha em Woodhenge, perto de Stonehenge

Foi descoberta na década de 1920 depois que um arqueólogo fotografou o local de um avião.

Um fosso assim como o de Stonehenge se encontra em volta do que antes eram pilares de madeira.

Por ser de madeira, Woodenhenge não resistiu por todos esses milênios. Foram encontrados resquícios de onde as peças ficavam, juntamente com artefatos de cerâmica.

Hoje, os pilares foram repostos em concreto para que os visitantes entendam como era o local originalmente.

Avebury: a Stonehenge elevada à décima potência

Avebury é o maior círculo de pedra da Europa e também construído no neolítico.

Está localizado, juntamente com Woodhenge, no condado de Wittshire.

Um homem olha para uma rocha gigante em Avebury, na Inglaterra, perto de Stonehenge. A pedra se encontra num gramado verde, com algumas árvores desfolhadas ao fundo.

É tão grande – mede um quilômetro no total! – que é impossível ver toda a sua circunferência estando no chão.

Suas rochas são enormes, mas algumas foram destruídas na Idade Média para serem usadas em construções da época.

As rochas de Avebury, perto do monumento de Stonehenge, na Inglaterra. O céu está nublado.

É um lugar incrível com uma poderosa energia e, assim como Stonehenge, atrai muitos neo-pagãos até lá.

A entrada é gratuita.

Como ir a Stonehenge

Stonehenge fica a menos de 20 minutos de Salisbury, a cidade “grande” mais próxima.

O monumento de Stonehenge contraluz, com o sol brilhando alto sobre as nuvens. O céu está azul.

Chegar ao sítio arqueológico, na Inglaterra, é mais fácil do que pensávamos. Turistas podem optar por se deslocar de 3 maneiras distintas: de carro, de trem ou contratando um tour com uma agência local.

De carro

Provavelmente o jeito mais fácil e mais livre de ir a Stonehenge partindo de cidades menores do entorno. Caso esteja em Londres, talvez não seja a melhor opção a tomar, já que um carro não é a melhor opção para quem está visitando a cidade.

As estradas que circundam Stonehenge são ótimas, só lembre que na Inglaterra os veículos andam na mão contrária! O estacionamento do sítio arqueológico é imenso e tranquilo.

De trem

Para visitar Stonehenge saindo de Londres, basta embarcar na estação de Waterloo e procurar pelos trens da linha “South West Trains”.

Para quem sai de Bath, o trem sai da estação Bath Spa e a linha é a GWR. De Bristol, você vai usar a mesma linha de Bath, com partida da estação Bristol Temple Meads.

A estação mais próxima de Stonehenge é a de Salisbury. De lá, é preciso pegar um ônibus (linha STB) até o Visitors Centre.

Com agência

Decidimos ir com uma agência, pois achamos a logística mais fácil para fazer a visita. O passeio feito desta forma é perfeito para quem quer organizar um roteiro mais tranquilo e com um guia.

Nós visitamos Stonehenge saindo de Bath, com a agência Mad Max Tours.

O tour para Stonehenge tem saídas das cidades de Londres, Bath, Bristol e Salisbury.

Como é a visita ao monumento de Stonehenge, na Inglaterra

Nossa visita foi feita com agência, sainda de Bath. Acreditamos que, além de ser mais próxima de Stonehenge, assim ficaríamos longe do trânsito londrino, deixando o passeio mais agradável.

Uma mulher morena na frente do monumento de Stonehenge, na Inglaterra. Ela está sorrindo, usando uma roupa de inverno, com os cabelos ao vento. O céu está azul, a grama é verde, e o monumento está lá atrás.

Nossa van nos deixou bem na entrada do parque, onde é preciso pagar o ingresso, que é um pouco salgado (mas tudo o que é cobrado em libras é caro, não é?). No valor do ingresso também está incluído o ingresso ao museu e um áudio-guia.

Depois disso, um ônibus do próprio sítio arqueológico busca os turistas no Stonehenge Visitors Centre e os leva até as ruínas. Caso prefira ir a pé, saiba que a caminhada leva meia hora. Não é muita coisa, mas caso esteja indo com uma agência, o horário de visitação às ruínas fica restrito.

O tour, além de visitar o monumento, ainda faz paradas em outras vilas históricas no caminho de volta, como as Cotswolds, Lacock e Castle Combe.

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Sobre o Autor

Larissa Pereira

Escritora de viagens, fotógrafa e graduada em história da arte, Larissa equilibra com maestria suas muitas paixões. Seus artigos exibem uma perspectiva histórica e cultural em suas narrativas de viagem, transformando cada destino em uma tela rica em detalhes e curiosidades.

Como fotógrafa, Larissa utiliza sua lente para registrar todos os momentos do blog, traduzindo a beleza de cada local em histórias visuais. Seu olhar para detalhes aprimora a experiência, permitindo que os leitores embarquem virtualmente em suas viagens.

Larissa é também a apresentadora do canal do Vida Cigana no YouTube, onde compartilha dicas e explica atrações em detalhes, desenvolvendo itinerários e inspirando outros a vivenciarem suas próprias jornadas.

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