Todos nós, brasileiros, sentimos curiosidade, e até mesmo certa obrigação, de visitar as terras portuguesas e ver de perto o país que um dia chegou às nossas terras para transformá-las para sempre no que hoje chamamos de Brasil. E atrações com as quais podemos nos identificar não faltam. Dentre tantas, talvez não haja monumento em todo Portugal que toque tão a fundo o povo brasileiro quanto o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
Lá na beira do Rio Tejo, na freguesia de Belém, em Lisboa, encontra-se o chamado Padrão dos Descobrimentos. Como o próprio nome já diz, o monumento é uma homenagem aos tempos gloriosos de Portugal como pioneiro marítimo. Época em que o país era responsável por desbravar novas rotas pelos oceanos do mundo, por fincar sua bandeira e espalhar a língua portuguesa por terras nunca antes exploradas.
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Ali, no mesmo terreno onde hoje se encontra o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, era o local de onde as caravelas portuguesas partiam para o Novo Mundo e de onde Pedro Álvares Cabral partiu com suas caravelas em direção ao Brasil. Assim, a nós brasileiros, é praticamente impossível não se identificar com uma atração tão simbólica para a nossa história. Juntamente com a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos, o Padrão entra no hall das atrações mais visitadas do país.
O Padrão dos Descobrimentos em Lisboa
Construído às margens do Tejo pelo arquiteto Cottinelli Telmo em 1960, o Padrão dos Descobrimentos fica no mesmo local onde um monumento com a mesma temática se estendia anteriormente, mas feito com materiais perecíveis.
Quando erguido de forma permanente, com materiais duráveis, o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, foi edificado como parte das celebrações do aniversário de 500 anos de morte do Infante D. Henrique, príncipe português e a figura mais importante para o início da expansão marítima do país.
O Padrão dos Descobrimentos que se vê hoje ergue-se soberano em seus 56 metros em uma área do Rio Tejo bastante vazia. Ali, sozinho e imponente, é bastante impactante vislumbrá-lo ao se aproximar. É enorme, e difícil entender o seu tamanho somente por fotos, que não conseguem dar a proporção real que o monumento tem diante do que o circunda.
O grande marco lisboeta tem o formato de uma caravela se lançando ao mar, com a estátua de Infante D. Henrique em sua proa, comandando a maior equipe de navegadores do mundo. Nomes como Vasco da Gama (primeiro a chegar à Índia por vias marítimas), Bartolomeu Dias (desbravador do Cabo da Boa Esperança), Fernão de Magalhães (o primeiro a cruzar o Estreito de… Magalhães!) e Pedro Álvares Cabral (esse dispensa explicações, não é?), se fazem presentes nas 32 estátuas que circundam o monumento. Até o poeta Camões também figura no “hall de famosos” devido à sua importância ao escrever o grande clássico da literatura do país, Os Lusíadas, relato sobre as vitórias marítimas portuguesas. O conjunto escultórico é obra do artista Leopoldo de Almeida.
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A Rosa dos Ventos
O enorme pátio de acesso ao Padrão dos Descobrimentos possui o piso decorado um uma gigantesca rosa dos ventos de 50 metros de diâmetro, presente da África do Sul a Portugal. O desenho é composto por um mapa mundi repleto de datas das descobertas mais significativas de Portugal durante a expansão marítima – destaque para a chegada a Porto Seguro em 1500.
A vista do topo do monumento permite uma visão ímpar a esse enorme mural.
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Visitando o Padrão dos Descobrimentos
Para quem só vai visitá-lo de fora, o acesso é gratuito, podendo ver todas as faces do monumento e caminhar pela rosa dos ventos. Muitas pessoas aproveitam a gratuidade para subir no mesmo patamar das estátuas gigantescas dos navegadores para tirar fotos.
Agora, caso queira ter uma vista inesquecível de Belém e do Rio Tejo, assim como da Rosa dos Ventos lá embaixo, nada melhor do que subir até o mirante em seu topo, e ver Lisboa a 56 metros de altura.
Lá do alto a vista é magnífica, sendo possível ver o Tejo desaguando no Oceano Atlântico. Tente coordenar a visita para estar lá em cima durante o pôr do sol e será inesquecível. Infelizmente tínhamos o horário apertado para visitar o Mosteiro dos Jerônimos e não pudemos subir.
Dentro do monumento, no primeiro piso, exposições diversas estão sempre ocorrendo sobre diferentes temas.
Para se informar sobre as exposições e os valores de entrada, visite o site do Padrão dos Descobrimentos.
Muito gostoso viajar virtualmente nestes comentários antes da viagem real