A Península de Yucatán além dos resorts de Cancún

A Península de Yucatán engloba os estados mexicanos de Campeche, Yucatán e Quintana Roo, o norte de Belize e o departamento de El Petén, na Guatemala.

É uma aérea bem vasta, enorme, cheia de diferenças internas e que poderia render meses numa viagem que explorasse cada canto.

Uma viagem que inclua a península em seu roteiro oferece possibilidades infinitas, mas a maior parte dos turistas que chega à região prende-se a algum dos resorts “all-inclusive”, em Cancún, ou nos recentemente criados pela Riviera Maya, de Playa Del Carmen a Tulum.

São locais que oferecem além de acomodação, trechos privativos da praia (algo estranhíssimo que ocorre em diversos locais do México, mesmo o governo afirmando que todas as praias do país são públicas) e todas as refeições. Desta forma os hóspedes só precisam sair de lá na hora de retornar ao aeroporto.

Há um público a quem este tipo de serviço se destina, mas nós não fazemos parte deste universo. Definitivamente.

Preferimos a liberdade de conhecer cada canto no tempo que temos, sempre por conta própria.

Para quem pretende fazer o mesmo, um pouco de planejamento pode incluir várias destas atrações que vimos além dos muros dos resorts:

Isla Mujeres

Ao chegarmos em Cancún, nossa primeira atitude foi pegar um ônibus até o porto de onde partem os ferries para Isla Mujeres.

Isla Mujeres é a versão mochileira de Cancún, sem deixar nada a desejar a vizinha famosa.

Por lá não é necessário transporte além de seus próprios pés para ver a maior parte da ilha. As praias são abertas ao público (em sua maioria) e há opções de restaurantes e albergues acessíveis aos bolsos mais fechados.

Os Cenotes de Valladolid

Valladolid é uma cidadezinha colonial no meio da estrada que liga Cancún a Mérida.

Hospedar-se lá não só é uma grande vantagem para conhecer Chichen Itzá, mas também é o local que te oferece a possibilidade ideal de nadar em um Cenote – aquelas cavernas com rios subterrâneos de águas transparentes, típicos da geografia local.

Chichén Itza

De Valladolid até Chichén Itza é um pulo.

Mas há quem prefira encarar 2 ou 3 horas de viagem desde Cancún, e mais a mesma quantidade em um ônibus para voltar ao hotel, perdendo um tempo precioso para explorar um local tão rico. Nunca entenderemos.

Tulum

Rumo ao Sul, atravessando a Riviera Maya, Tulum oferece o mais inusitado sítio arqueológico da região. O único de frente para o Caribe e que ainda te permite tomar um banho de mar no meio da visita.

A costa de Tulum igualmente oferece uma infinidade de hotéis com praias privadas, mas preferimos ficar hospedados no centro urbano, alguns quilômetros mais afastado, de onde alugamos bicicletas para visitar as ruínas. Uma experiência única.

Belize

Caso se aventure a explorar ainda mais ao Sul, vale descer até Chetumal, no México, onde é possível pegar ônibus ou ferries que atravessam até Belize, o país mais simpático que já visitamos. Vale reservar vários dias de seu roteiro para ficar hospedado por lá.

Belize tem diversas praias e ilhas maravilhosas, além de algumas ruínas maias também. Mas o mais interessante do país talvez seja seu povo, completamente aberto a te recepcionar e honestamente feliz ao ver turistas interessados em conhecer sua cultura.

Tikal

Atravessar Belize ainda não foi suficiente? Rume ao oeste e atravesse para El Petén, o distrito no meio da selva da Guatemala.

Em Belize City, as mesmas empresas que controlam o ferry para as ilhas de Caye Caulker e Ambergris Caye, oferecem vans fretadas até Flores, na Guatemala, porta de entrada para Tikal, um dos sítios arqueológicos mais impressionantes e o mais acessível dos que foram erguidos na floresta.

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