Passamos os meses de dezembro e janeiro na capital da Nova Zelândia, Wellington, que tem o título de “a capital pequena mais legal do mundo” e também é chamada de Windy Welly (Wellington-venta-até-dizer-chega, em tradução livre). E realmente faz jus à fama que tem!
A pequena e charmosa capital da Nova Zelândia
Ao contrário de Auckland, a maior cidade do país, Wellington é muito mais autêntica, super organizada e badalada. Possui um pouco de tudo o que uma cidade grande precisa ter, vários cinemas, supermercados, lojas, meios de transporte, e ainda vem com um charmoso ar de uma cidade pequena como bônus. Ficamos encantados com cidade e foi na capital da Nova Zelândia o lugar que mais gostamos de ficar no país.
Como orientação a um novato que chegue à capital e a todos que se interessem pela vida na cidade, elaboramos um mini guia de bairros e regiões, apresentando um panorama geral do que é viver por lá.
Te Aro
O Centro da cidade, onde grande parte do comércio, museus, cinemas e casas de show estão concentrados. Bastante movimentado com pessoas de todos os estilos e gostos circulando.
É no Te Aro que fica, às margens da Baia de Wellington, o maior museu da Nova Zelândia, o Museum of New Zealand Te Papa Tongarewa, apenas Te Papa para os íntimos.
Imenso, tratando de diversos temas, desde a formação da Nova Zelândia, passando pelos tempos em que era colônia da Inglaterra, até obras de arte atuais. E é bastante interativo, ótimo para crianças aprenderem com mais facilidade as coisas apresentadas lá.
No calçadão em torno da baía e do Te Papa, várias pessoas durante o verão, crianças e adultos, pulam de um trampolim na água em pleno centro urbano, algo muito divertido e inusitado. Muita gente se aglomera no entorno para assistir enquanto tomam sorvete. Coisa bem kiwi mesmo!
O Centro também inclui a famosa Cuba Street, sem sombra de dúvidas a rua mais legal e hype da cidade, onde tudo é descolado, de pessoas às lojas, restaurantes, grafites e esculturas. A rua na verdade é um calçadão de pedestres em sua maior parte, não sendo permitidos automóveis no local. Por ali alguns dos restaurantes de hoje funcionaram no passado como outros tipos de edifícios como lavanderias, o que os torna especiais e únicos. Vários pubs também se concentram por ali, agitando a noite da capital da Nova Zelândia.
No entanto, a principal rua deste trecho é outra, a Courtenay Place. Por lá passam as principais linhas de ônibus, estão os principais cinemas, shoppings e os famosos cafés de Wellington. Correndo de leste a oeste, é ela que te leva até a outra parte do centro, o trecho mais sério e comercial, de onde o país é regulado, Thorndon.
Thorndon
É o Centro Empresarial da cidade. Todas as grandes marcas, empresas, representações diplomáticas e mesmo o governo neozelandês têm sede lá.
É um bairro agradável de caminhar, ao contrário do que toda a rigidez possa sugerir e possui o Jardim Botânico em seu entorno. É daqui, da Lambton Quay que parte o famoso plano inclinado vermelhinho, cartão postal da cidade. O ponto de partida da jornada morro acima é uma viela, a Plimmer Steps, marcada por uma fofa estátua de John Plimmer e seu cachorro saltitante Fritz, que morava nesse local e foi muito importante para a expansão do transporte público na cidade.
Caminhando por suas ruas chega-se ao Parlamento, a sede do governo neozelandês. O prédio principal, inconfundível possui o formato de uma colmeia, e é conhecido como, advinhem? Beehive – colméia em inglês (original, não?). É possível fazer um tour gratuito pelos três diferentes prédios que compõem o complexo.
Na parte antiga do bairro, mas não tão antiga assim, ainda há como atração a Old St. Paul, uma antiga igreja anglicana do final de século XIX, de estilo neogótico, mas construída inteiramente em madeira como prevenção contra os freqüentes terremotos do país. A entrada é gratuita.
Oriental Bay
Provavelmente a mais famosa das baías de Wellington, Oriental Bay possui uma pequena praia com areia (algo raro na região), que fica bem cheia durante os dias quentes e um calçadão com vistas incríveis para o mar, onde pessoas sentam durante o por do sol para admirar. É um ótimo local para passear, com lindíssimas casas e apartamentos em seu entorno, caríssimos por sinal.
Mount Victoria
Delimitando a região central da cidade, o Mount Victoria repousa sobre a capital da Nova Zelândia e cria, de lá de cima uma visão 360 graus da cidade.
É possível subir até seu topo caminhando por trilhas organizadas ou de carro. É uma vista deslumbrante e onde é possível ver nos terrenos ao redor, todas as transformações passadas por Wellington através de séculos de terremotos e inundações.
Wadestown/Khandallah/Kelburn/Brooklyn
Ao redor do centro, mas mantendo uma distância razoável, é possível visitar bairros residenciais bastante agradáveis nas colinas da cidade. Todos possuem um pequenino centro comercial com alguns cafés, lanchonetes, livrarias. Por estarem em pontos mais elevados têm um clima mais ameno e deles pode se conseguir vistas maravilhosas da cidade, com a baía e o centro abaixo.
Island Bay
A Island Bay é especial. Um pouco mais afastada do centro, essa baía possui uma areia escura e pedregosa, com vários rochedos e uma pequena ilha, que dá o nome ao local. É ótimo para dar passeios e tomar banho durante o verão, pois a água é clara e calma. Um local muito bonito e poético.
Miramar
Miramar concentra grandes galpões que não teriam interesse nenhum a um turista caso não fossem neles que grandes produções cinematográficas tenham sido realizadas. Sua fama já fez com que, em uma das colinas de sua entrada, fosse colocado um letreiro denominando-se “Wellywood” – parodiando a irmã mais velha, mais famosa e não tão descolada.
A Weta, empresa de efeitos visuais de O Senhor dos Aneis, Avatar e As Crônicas de Nárnia, funciona por ali. É possível visitar sua loja e fazer um tour pelo seu workshop. Fora isso, o bairro é muito bonitinho, com um pequeno centro comercial charmoso com seus cafés e seu antigo cinema, o Roxy.
Hutt Valley
Pegando a estrada rumo ao Norte da Ilha, a “Grande Wellington” ainda proporciona algumas boas surpresas. Rumo ao leste, o Hutt Valley é dividido em duas cidades diferentes, Lower Hutt e Upper Hutt.
Em Lower Hutt existe um famoso museu de arte contemporânea chamado The Dowse Museum, onde seu prédio é bastante conhecido por sua arquitetura arrojada e diferente. É gratuito.
Já em Upper Hutt, encontramos o Kaitoke Regional Park, uma reserva com vários rios, árvores e pontes suspensas, o local escolhido por Peter Jackson para dar vida a Rivendell (Valfenda em português). É um local mágico e muito bonito.
Kapiti Coast
Pegando a estrada em direção ao norte, mas virando a oeste desta vez, encontra-se a Kapiti Coast, uma seqüência de cidades costeiras onde se dirige avistando o mar, de uma cor incrível, a ilha Kapiti, muito famosa pela sua fauna e flora e o trem que leva os trabalhadores das cidades periféricas ao centro de Wellington. Vale muito a pena um dia cruzá-la até Paraparaumu Beach e outras cidades acima.
Além desses locais, há muitos outros com seus cafés e centros comerciais, igualmente charmosos. A capital da Nova Zelândia tem muito a oferecer e dá vontade de nunca ir embora.
Olá casal, parabéns pelo blog, estou acompanhando sua viagem pela nz e estou fascinado.
Estou pensando em ir estudar e trabalhar pelo máximo tempo possível, quem sabe de vez… com minha companheira.. Rs, estamos pensando em ir para Wellington, pois creio que sendo a capital, possa ter melhores oportunidades de emprego, mas tem o custo também para morar..
Das cidades que moraram e visitaram, quais tem melhores oportunidades de trabalho para estrangeiros? E possível viver em Wellington e arcar com as despesas ou a indicação seria outras cidades?
Rodrigo, Wellington é a cidade da Nova Zelândia que mais gostamos para morar. Mas para trabalho é em Auckland que estão as maiores oportunidades, já que é a maior cidade do país.