A cidade de Dunedin na Nova Zelândia é uma das mais diferentes e mais descoladas do país. Fica relativamente isolada do resto da Ilha Sul e possui características próprias. Apesar da região de Otago ser bem procurada devido às cidades extremamente turísticas de Queenstown e Wanaka também estarem localizadas lá, não é muita gente que se dirige a Dunedin e seus arredores quando visita a Nova Zelândia, mesmo a cidade sendo a segunda maior da Ilha Sul.
Os poucos turistas que incluem em seus roteiros uma visita até Dunedin e a ponta leste da região de Otago irão se surpreender com sua arquitetura clássica e sua vasta e emocionante vida selvagem.
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Das cidades que visitamos neste trecho da região de Otago, cada uma tem sua beleza especial e todas vale ser incluídas em seu roteiro.
Dunedin e o clima universitário da Nova Zelândia
Dunedin é a grande cidade universitária da Nova Zelândia e vibra com o ar estudantil. Com a University of Otago sendo a mais antiga do país e uma das mais prestigiadas da Oceania, inúmeros estudantes do país e do mundo povoam a cidade.
Vários bares, pubs e excelentes restaurantes se encontram espalhados no seu centro, que é bem pequeno e muito fácil de caminhar. A maioria das atrações fica no chamado The Octagon, um conjunto de ruas em formato de um octógono. E para quem curte a vida noturna, Dunedin é muito movimentada e repleta de opções.
Dunedin foi fundada cm a chegada de imigrantes escoceses à Nova Zelândia no século XIX, o que fez com que grande parte de seus prédios fossem erguidos nos estilos vitoriano e eduardiano, duas vertentes do neo-gótico.
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Em sua praça principal é possível visitar inúmeras igrejas e outros prédios dessa época, criando um pouco da sensação de estar na Europa. Além da primeira igreja (chamada em inglês de First Church of Otago), pode-se visitar também a St Paul`s Cathedral e a Dunedin Town Hall, a prefeitura da cidade.
Já a estação de trem de Dunedin é um dos prédios mais fotografados da Nova Zelândia devido ao seu tamanho e estilo eduardiano, aumentando ainda mais o ar europeu da cidade. A estação ainda funciona, sendo possível de lá pegar o famoso trem do Taieri Gorge Railway, mas uma visita somente para ver a fachada e o salão de entrada do prédio já vale a ida.
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Dunedin também carrega a rua mais íngreme do mundo, a Baldwin Street, possuindo um ângulo de 19 graus.
Mesmo assim, carros de moradores sobem e descem toda a hora, tomando impulso no início da rua e até mesmo uma maratona ocorre lá todo os anos para ver quem sobe mais rápido!
Otago Peninsula e a vida selvagem
Se o que busca é vida selvagem, na Otago Peninsula é possível ver vários animais como albatrozes, pinguins, leões marinhos e focas. Além disso, historicamente é uma região muito importante. Lá se encontra o marae Otakou, um dos edifícios maori mais importantes e antigos do país.
Mais adiante, também vale ir até Taiaroa Head, no extremo da península. É um lugar belíssimo, com um farol coroando seu final. Lá também fica o Royal Albatross Centre, onde é possível observar as colônias de albatrozes existentes no local. Além disso, caso visite na época e horário certos, certamente poderá visualizar os pinguins azuis, o menor pinguim do mundo. E em algumas praias da península, como a Sandfly Bay, também é possível contar com a presença de pinguins de olhos amarelos, uma das espécies mais raras de pinguins.
Larnach Castle*
Na Otago Peninsula também está localizado o único castelo da Nova Zelândia. Bem, o chamam de castelo, mas historicamente não é a denominação correta para o prédio. Foi construído em 1871 por William Larnach para impressionar sua primeira esposa e hoje é um hotel e também um local de visitas aberto ao público. É possível percorrer por todo o local, desde os quartos suntuosos até à torre mais alta. De lá, a vista da península é simplesmente deslumbrante. Seus jardins também são uma atração à parte, grandes e bem cuidados.
Ficamos hospedados no castelo, na área chamada Larnach Lodge, onde quartos com vistas de todo o Otago Harbour são vistas, camas que remetem às da realeza e cafés da manhã completíssimos.
Moeraki e sua praia “futurista”
Moeraki é um vilarejo bem pequeno, mas que foi um dos pontos altos de nossa passagem por Otago. Lá pudemos ver muito, mas muito de perto os raros pinguins de olhos amarelos. Foi uma experiência inesquecível. O local não é muito conhecido e acreditamos que esse é um dos méritos da experiência, pois é possível observar os animais estando completamente sozinho. Na costa, um farol de madeira se encontra na entrada de um cabo, e é nesse cabo que se encontram os pinguins, andando tranquilamente. É preciso notar que são animais raros e muito tímidos, então discrição e distância são dois fatores importantes para não assustar esses bichinhos tão delicados. Nesse mesmo local também se encontram leões marinhos tomando sol na ponta do cabo.
Em Moeraki também ficam os famosos Moeraki Boulders, um conjuntos de enormes rochas perfeitamente redondas na beira da praia. Um lugar extremamente fotogênico e divertido. Algumas rochas são rachadas, sendo possível entrar em suas fendas e tirar fotos inusitadas. Uma visita obrigatória.
Oamaru e seu centro histórico
Oamaru é uma cidade parada no tempo. Possui o complexo arquitetônico mais bem preservado do país, com inúmeros prédios em estilo vitoriano feitos em calcário da região e uma passada pelo Historical Precinct é bem interessante. A cidade já foi uma das mais prósperas e populosas da Nova Zelândia no século XIX, devido ao seu método de refrigeração de carnes em embarcações da época.
A cidade, como as demais da região, também possui sua colônia de pinguins azuis e de olhos amarelos, um pouco afastada do centro comercial.
*Larissa e Carlos ficaram hospedados no Larnach Lodge, do Larnach Castle a convite do Tourism New Zealand – 100% Pure New Zealand
Olá.
A Baldwin Street é mais inclinada do que as ladeiras de Olinda?
Obrigada.
Sim, muito mais
Olaa!
quantos dias voces sugerem pra fazer essa região?
obrigada!
Olha, fizemos a região de Dunedin em 2 dias, um para a cidade e um para a Península. Mas gostamos de viajar com mais calma.