Há uma série de vantagens ao viajar por longos períodos por um único lugar. Percorrer um único país por um ano inteiro te permite acesso a alguns eventos que ocorrem em apenas determinadas épocas e estações do ano, o que você só teria acesso caso desse a sorte de coincidir a data do evento com o momento de sua estadia. Nossos quase seis meses de Nova Zelândia já estão nos permitindo perceber enormes diferenças entre o momento de nossa chegada, no fim do inverno, e a alta temporada de verão.
Assim como os famosos festivais europeus, que ocorrem sempre no verão, na Nova Zelândia, todo ano, no mês de Janeiro, no feriado pelo aniversário de Auckland, acontece uma edição do St. Jerome`s Laneway Festival, conhecido como Laneway, apenas. É um festival de música australiano, mas que já faz alguns anos que ocorre também na Nova Zelândia, em alguns países asiáticos como Singapura, e até nos EUA. É uma ótima oportunidade de ver artistas internacionais que dificilmente viriam até a Oceania por conta da distância.
É um festival que celebra o verão, o calor, o sol
Os neozelandeses possuem as estações do ano bem definidas, tendo outonos e invernos bem rígidos, dependendo da região. Quando o verão se aproxima, as pessoas aproveitam bem o dia, e celebram, as cidades ficam cheias de vida, e festivais como esse são mais um motivo para muitos saírem dançando em pleno sol. Muita gente jovem, vestidas como hippies (até hoje os festivais mais alternativos têm um quê de Woodstock, não?), dançando, cantando, e tudo muito tranqüilo.
Quatro palcos distribuídos pelo Wynyard Quarter de Auckland atraíam diferentes públicos. Entre eles, vários lounges com redes, puffs e cabines fotográficas ficavam espalhados pelo espaço.
A organização era impecável. Compramos nossos ingressos tranquilamente, com tempo para pensar se iríamos ou não, dias depois de iniciarem as vendas (sem aquela correria louca de madrugar na internet que existe no Brasil), mas poucas semanas antes ainda haviam entradas disponíveis. As atrações que mais aguardávamos neste ano eram Angus and Julia Stone e Belle & Sebastian (e Lykke Li, que cancelou em cima da hora).
No dia do festival, os portões abriram às 11h, mas só chegamos às 16h, estacionamos próximo, rodamos a pé pelo parque, comemos (a água era grátis!), e ainda assim, durante os shows que tanto esperávamos, ficamos na primeira fila, de cara com os artistas, sem empurra-empurra ou qualquer tipo de confusão. Realmente, é outro clima.
As pessoas querem mais é ter a liberdade de escutar suas músicas favoritas (não necessariamente olhando para o palco) em um ambiente aberto, usufruir da luz do sol e do calor que só o verão traz, dançando com os amigos sem preocupações. E essa energia faz muito bem a todos, movimenta o festival.
Como o sol, foi um dia radiante.
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