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Franz Josef e a região dos glaciares na Nova Zelândia

franz josef nova zelândia

A Nova Zelândia possui uma população de cerca de 4 milhões de habitantes distribuídos em suas ilhas. Apenas 1 milhão destes moram na Ilha Sul, sendo que somente 32 mil  vivem do outro lado dos Southern Alps, na West Coast.

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A West Coast é um local extremamente remoto e esparsamente habitado. Pouca gente vive lá e poucos turistas visitam. Mas do extremo Norte, em Karamea, ao limite Sul, em Haast, a região é lotada de atrações que muitas vezes passam despercebidas de muitos devido a alta concorrência do restante do país.

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Ainda que muitos turistas ignorem, há um trecho da West Coast que nunca é deixado de fora do roteiro de ninguém: Franz Josef e a região dos glaciares.

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Franz Josef é o nome do povoado e do maior glaciar da região, mas a área possui outros (nem todos aberto à visitação), como o Fox, logo ao lado e tão conhecido quanto, além de muitas outras atrações que justificam a presença constante dos turistas.

Para chegar ao Franz Josef e à região dos glaciares na Nova Zelândia, o ideal é percorrer toda a Costa Oeste, parando nos pontos de interesse ao longo do caminho, que não são tão conhecidos assim, como o Pancake Rocks e o Hokitika Gorge. Mas também é possível sair de Wanaka e atravessar o Haast Pass, em meio ao Mount Aspiring National Park, chegando à região pelo outro lado.

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Franz Josef, o povoado

O povoado de Franz Josef é daqueles locais minúsculos que sequer existiriam não fosse a presença de uma enorme atração turística nas proximidades. É um vilarejo que fornece base para explorar a região e atividade comercial mínima, sempre voltada para dar suporte ao turismo.

Franz Josef, o glaciar

Os 12 quilômetros de extensão do glaciar de Franz Josef são verdadeiramente a grande atração da região e o motivo que leva centenas de milhares de turistas, ano após ano, até aquele pequeno povoado. Todos estes em busca da chance de pisar no glaciar e explorar uma formação da natureza tão singular.

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O grande problema é que estes turistas vão até o Franz Josef atrás de uma fama que já não é mais tão justificável. Com o aquecimento global e – suposição minha sem base científica – com a exploração turística em excesso (são dezenas de helicópteros pousando diariamente por lá), o glaciar se retraiu tanto que não faz sombra ao que já foi um dia.

Dá uma olhada no comparativo (copiei as fotos da Wikipedia):

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O glaciar de Franz Josef em 2001.
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E dez anos depois, Franz Josef em 2011.

Obrigado, Wikipedia.

O efeito é tamanho que, desde 2012, não é mais possível atingir a face terminal do glaciar  caminhando pela trilha, o que obriga a todos que queiram ter a experiência de ver a antiga grandiosidade do glaciar, que criem asas ou paguem os tours de helicóptero.

Com o preço dos tours superinflacionados, nossa escolha foi fazer a antiga trilha, que hoje só leva até um mirante de onde se pode observar o Franz Josef, tímido, ao fundo, se afastando do mar e retornando à cadeia de montanhas. Foi uma experiência decepcionante e um pouco deprimente, devemos admitir.

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Franz Josef em 2015. Dá pra ver um glaciar ali?

Para não passar pelo mesmo, se entregue a algum dos tours, mas o faça o quanto antes, pois não dá para determinar até quando isto ainda será uma possibilidade.

Fox Glacier, o irmão menor do Franz Josef

Alguns quilômetros mais ao Sul, o Fox Glacier carrega fama similar ao Franz Josef e, infelizmente, tem tido destino semelhante, sofrendo com o aquecimento global e se retraindo a cada ano.

franz josef nova zelândia
O Fox lá longe. Preferimos ver só assim.

Após nossa experiência no Franz Josef decidimos simplesmente cortar os planos de caminhar até seu mirante, pois sabíamos que a decepção seria equivalente.

Para quem quer saber como é a experiência, o Oscar, da Viajoteca, escreveu um post completo sobre o passeio de helicóptero e a caminhada no Fox Glacier.

Lake Matheson

Tendo desistido da trilha no Fox Glacier, ao chegar ao vilarejo, dobramos à direita e nos dirigimos a outra caminhada, destas sensacionais que só são encontradas na Nova Zelândia: o círculo em torno do Lake Matheson, uma caminhada tranquila e leve que pode ser realizada facilmente até por quem não curte trilhas ou exercícios.

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A grande atração é o reflexo provocado pelo lago, espelhando completamente a paisagem em volta. Mas isto seria só um detalhe caso esta paisagem não fosse: o Mount Cook em pessoa! – ou em montanha, no caso.

Leia mais: Mount Cook, a montanha mais alta da Nova Zelândia

A região do Mount Cook já é considerada, por muitos, a mais bonita de um país tão fantástico como a Nova Zelândia – imagine então a sensação de enxergá-lo, de camarote, espelhado em um lago.

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Uma vez em Franz Josef, não deixe de ir ao Lake Matheson. Mesmo.

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Sobre o Autor

Carlos Arruda

Carlos Arruda é um viajante desde muito jovem, impulsionado por sua vontade de conhecer locais distantes desde muito cedo, mesmo com recursos limitados. Essa característica o transformou em um habilidoso planejador de viagens.

Com uma visão analítica e uma paixão por decisões baseadas em dados, Carlos acredita que o segredo para uma viagem livre de contratempos está na precisão do planejamento. Seu objetivo é encontrar o equilíbrio perfeito entre a quantidade de dados e informações disponíveis e a emoção de uma experiência especial.

Sua formação em arquitetura e urbanismo confere uma vantagem distinta às narrativas que desenvolve. Atualmente, como escritor dedicado ao mundo das viagens, seus artigos não se limitam à mera observação das estruturas urbanas, destacando os detalhes e explorando as complexidades das diversas culturas ao redor do mundo. Seus textos inspiram e capacitam os leitores a planejar suas próprias jornadas com precisão e confiança.

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