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Museus em Roma: os 10 melhores para visitar

O MAXXI é um dos melhores museus de Roma, mas ainda não muito conhecido pelos turistas que vão atrás do clássico e renascentista da cidade. Nessa foto um homem de costas vê pinturas em preto e branco

Roma é o epicentro de um grande legado histórico e artístico e, para além de suas ruínas ao ar livre, cada museu da cidade agrupa e expõe séculos de cultura. Uma das minhas cidades favoritas, toda vez que vou à Roma fico emocionada e só penso em retornar infinitas vezes.

Se você está planejando conhecer Roma e gostaria de visitar alguns museus bem importantes durante sua visita, este guia aponta 10 lugares imperdíveis, com dicas e orientações para você encaixá-los nos seu roteiro de viagem.

Em minha jornada pessoal pela capital italiana, experimentei tanto as renomadas galerias dos Museus do Vaticano, quanto os menos conhecidos, como o MAXXI. Estes são museus essenciais para entender a amplitude histórica e cultural de Roma.

10 Museus essenciais em Roma

Fachada do museu em roma MAXXI.

Ao planejar uma visita à Roma, muitos têm dúvidas sobre quais museus incluir no itinerário, devido à grande quantidade disponível. Além disso, eles são gigantescos, englobando vários palácios em sequência, o que toma bastante tempo da viagem. Um tempo que acho muito bem gasto, dependendo do museu.

Reconhecendo que cada tipo de viagem requer um planejamento específico baseado nos interesses pessoais e no tempo que se tem, este artigo oferece sugestões práticas para diferentes perfis de visitantes.

O foco é apresentar uma seleção equilibrada de museus, tanto os renomados quanto aqueles menos explorados, para complementar sua estadia na cidade sem sobrecarregar o roteiro.

  1. Museus Capitolinos
  2. Museus do Vaticano
  3. Galleria Borghese
  4. Museu Nacional Romano (Termas de Diocleciano)
  5. Galeria Nacional de Arte Antiga (Palazzo Barberini)
  6. Galeria Nacional de Arte Moderna (GNAM)
  7. Museu Nacional Castel Sant’Angelo
  8. MAXXI
  9. Museu de Roma em Trastevere
  10. Museu e Cripta dos Capuchinhos

Nos próximos parágrafos, detalharemos as características de cada um deles e seu papel na história da arte, oferecendo informações para que você possa decidir quais espaços culturais se alinham melhor com seus interesses e disponibilidade durante a estadia em Roma.

Veja mais: Roteiro de 48 horas por Roma.

Localizando os museus no mapa de Roma

Para conhecer todos os itens da nossa lista, fica um pouquinho difícil montar um roteiro a pé. Mesmo assim, montamos um mapa para que você consiga se localizar melhor e entender quais ficam próximos e quais precisam de um deslocamento um pouco maior.

1. Museus Capitolinos

Interior de uma das salas dos Museus Capitolinos. Nas paredes, pinturas gigantes estão expostas.

Localizados na lendária Colina Capitolina, os Museus Capitolinos são um conjunto de espaços que conservam elementos históricos e artísticos de Roma. Com início em 1471, após a doação de obras pelo Papa Sisto IV, os museus foram abertos ao público em 1734 e são considerados os mais antigos do mundo ainda em operação.

Estes museus de Roma são importantes por seu acervo incrível, que documenta a evolução cultural e política da cidade, com impactos notáveis na história das artes.

Durante uma visita aos Museus Capitolinos, você irá explorar o Palazzo dei Conservatori e o Palazzo Nuovo, conectados por uma galeria subterrânea denominada Galleria Lapidaria, passagem que facilita o acesso entre as áreas expositivas.

As coleções incluem peças significativas como a estátua equestre de Marco Aurélio (uma das únicas que sobreviveu à queda do Império Romano), bustos imperiais e a escultura da famosa Loba Capitolina (Lupa Capitolina), ícone associado à fundação mítica de Roma, cuja lenda diz que esta loba amamentou os gêmeos Rômulo e Remo, onde Rômulo foi o fundador da cidade (Roma significa cidade de Rômulo).

Além disso, de uma das sacadas do museu você terá uma das melhores vistas do Fórum Romano, que fica bem atrás dos prédios.

Antes de visitar os Museus Capitolinos, consulte os horários atualizados para planejar adequadamente sua experiência.

2. Museus do Vaticano

Escultura exposta nos Museus do Vaticano.

Os Museus do Vaticano são um conjunto de museus que apresenta obras bastante relevantes da história e da arte. Criado no século XVI, este grupo inclui diferentes museus e coleções que vão desde peças egípcias e etruscas até exemplos de arte renascentista.

As exposições contam com obras de arte importantes, entre elas “A Escola de Atenas” de Rafael, e oferecem aos visitantes a oportunidade de entrar na Capela Sistina para ver as obras primas de Michelangelo. Respeite as regras e não fotografe dentro da capela.

O complexo é dividido em várias seções temáticas para ajudar na visita através das diversas peças do acervo. No final, você ainda é brindado pela belíssima Escada Helicoidal, de Giuseppe Momo.

Para visitar os Museus do Vaticano é melhor planejar com antecedência, por causa da dimensão das coleções e da quantidade habitual de turistas.

É necessário adquirir ingressos antes da visita, geralmente disponíveis pela internet, para assegurar o acesso na data escolhida e evitar filas.

Veja mais: Museus do Vaticano e a Capela Sistina: 5 Dicas para visitar.

3. Galleria Borghese

Interior de uma das salas da Galleria Borghese.
Foto de Fabrizio Garrisi

A Galleria Borghese está localizada em Roma, dentro da área da Villa Borghese, um lugar maravilhoso que eu adorei passar um tempo relaxando e me refrescando do calor em uma de suas várias fontes.

O edifício que acolhe o museu era anteriormente um palácio pertencente à família Borghese, associada ao Papa Paulo V, e hoje abriga uma coleção de arte que inclui trabalhos de artistas italianos famosos como Bernini, Caravaggio e Leonardo Da Vinci.

Para visitar a Galleria Borghese, você deve reservar ingressos com antecedência, devido ao controle do número de visitantes desde a pandemia, proporcionando um ambiente mais controlado e sem excesso de lotação.

As visitas são programadas para períodos fixos para oferecer tempo adequado aos visitantes na observação das obras.

Os interiores do museu apresentam peças artísticas que cobrem vários séculos, destacando-se as esculturas de Bernini e as pinturas detalhadas de Caravaggio, o pintor criador da técnica chiaroscuro e um dos meus favoritos. Essas obras fazem parte do acervo do museu, importante tanto para a cultura italiana quanto para a internacional.

Ver também: O que fazer em Roma: 23 melhores atrações da capital italiana.

4. Museu Nacional Romano (Termas de Diocleciano)

Disposição de uma das salas de exposição do Museu Nacional Romano.

O Museu Nacional Romano é um agrupamento de quatro sítios históricos em Roma que proporcionam aos visitantes mais uma opção para apreciação da história e cultura da cidade.

Iniciado em 1889, o museu tem uma coleção abrangente, desde a era pré-romana até o fim do período antigo, enfatizando as eras entre 500 a.C. e 300 d.C.

A visita ao Museu oferece a oportunidade de conhecer tradições históricas por meio dos artefatos antigos usados pelos antigos romanos.

As Termas de Diocleciano antigas eram um local de encontro e lazer da Roma Antiga, onde os moradores se banhavam e passavam o dia socializando. Seu prédio demonstra técnicas avançadas de arquitetura e engenharia romanas e fornecem um pano de fundo para muitos itens exibidos pelo museu. A conservação desses espaços ajuda os visitantes a entender como eles eram utilizados na Antiguidade.

Para quem visita ao museu, a estrutura é feita para ser educativa, possibilitando que os visitantes entendam mais sobre o passado enquanto observam peças como esculturas e mosaicos que fazem parte da coleção do local.

Recomendamos verificar os horários de funcionamento antes de planejar sua visita.

5. Galeria Nacional de Arte Antiga (Palazzo Barberini)

Fachada do Palácio Barberini, onde funciona a Galeria Nacional de Arte Antiga, em Roma.

A Galeria Nacional de Arte Antiga, localizada no Palazzo Barberini, no bairro de Trevi, é um museu que abriga obras do período renascentista.

O palácio tem origens venezianas e foi a casa de uma família bem influente daquele tempo chamada Barberini, também conectada ao papa da época. Atualmente, ela expõe uma coleção que conta com peças de artistas como El Greco, Caravaggio e Rafael.

Além das pinturas e esculturas, você pode observar o design arquitetônico do edifício, representativo da sua época. A galeria oferece a oportunidade de conhecer e estudar as obras artísticas mantidas ali.

O acesso à Galeria Nacional de Arte Antiga é conveniente por meio da estação de metrô Barberini.

6. Galeria Nacional de Arte Moderna (GNAM)

Obra exposta na Galeria Nacional de Arte Moderna, em Roma.
Foto de Ettore Rivalta

A Galeria Nacional de Arte Moderna, também conhecida como GNAM, é um museu importante em Roma, com foco nas artes do modernismo até a contemporaneidade.

Situada perto da Villa Borghese, o museu apresenta a progressão da arte desde o século XIX até o presente, com trabalhos de artistas tanto italianos quanto internacionais. O acervo do GNAM conta com pinturas, esculturas e instalações, e oferece perspectivas sobre as tendências das artes modernas e contemporâneas.

Visitar este espaço proporciona uma oportunidade para entender as direções estéticas que influenciaram os últimos dois séculos.

Adicionar este museu ao mesmo itinerário de outros como a Galleria Borghese ou o MAXXI é uma boa ideia, já que são pontos próximos e complementares culturalmente. Isso pode otimizar seu tempo explorando diferentes expressões artísticas sem grandes deslocamentos pela cidade.

7. Museu Nacional Castel Sant’Angelo

A estrutura do Museu Nacional Castel Sant'Angelo visto de longe.

O Museu Nacional Castel Sant’Angelo era antes o mausoléu do imperador Adriano e, ao longo do tempo, evoluiu para servir a diferentes propósitos, incluindo fortaleza papal e prisão da idade média (tendo aprisionado figuras famosas como Giordano Bruno). A edificação é uma parte integrante da história de Roma.

Hoje, o Castel Sant’Angelo funciona como museu à beira do rio Tibre, apresentando um acervo que reflete a história e a arte.

O acesso é feito pela Ponte Sant’Angelo, marcada pelas esculturas de anjos associadas a Gian Lorenzo Bernini.

Ao visitar o Museu Nacional Castel Sant’Angelo, você entrará em contato com diferentes períodos históricos da cidade através das coleções permanentes.

Também irá percorrer as passagens que ligavam secretamente o castelo à Basílica de São Pedro, oferecendo uma visão sobre a relação entre as esferas religiosa e política na Itália dos períodos medieval e renascentista.

8. MAXXI

Estrutura na entrada do MAXXI, o museu em roma que se dedica à arte do século XXI.

O MAXXI, Museu Nacional das Artes do Século XXI, está localizado no bairro Flaminio em Roma e é dedicado à arte contemporânea e à arquitetura.

Inaugurado em 2010, o projeto é da famosa arquiteta Zaha Hadid. A estrutura se destaca pelas formas que criam espaços interconectados que oferecem uma nova experiência de museu.

Visitar o MAXXI vai além de ver as obras expostas, o prédio em si é parte da exibição e propõe um percurso pelos ambientes planejados por Hadid. Gostei muito das exposições, em especial às de fotografia de Mario Cresci, mas o prédio em si é a grande atração, vale muito a pena pelas fotos que você poderá criar no lugar.

As exposições incluem uma variedade de trabalhos artísticos contemporâneos e projetos arquitetônicos que refletem tendências atuais e investigam direções futuras para esses campos.

Separe também um tempo para conhecer um pouco do bairro Flaminio e seus espaços culturais importantes, como o Parco della Musica, criado pelo arquiteto Renzo Piano. O complexo conta com três salas de concertos e um teatro ao ar livre.

9. Museu de Roma em Trastevere

Fachada do Museu de Roma em Trastevere.
Foto de Jensens

O Museu de Roma em Trastevere é um espaço dedicado a mostrar o passado da cidade, com ênfase nos aspectos sociais e na cultura popular. Situado no belíssimo bairro de Trastevere (um dos meus favoritos), o museu está bem localizado para quem quer entender a história urbana e cultural de Roma.

Durante a visita ao museu, você verá uma variedade de itens que incluem artefatos arqueológicos e obras visuais como pinturas e fotografias.

As exposições são organizadas para contar a história das mudanças ocorridas na cidade ao longo do tempo. Muitas delas focam em partes da vida diária em Roma que geralmente não são tão discutidas.

Para aqueles interessados em ir além dos pontos turísticos mais conhecidos, o Museu de Roma em Trastevere oferece uma experiência diferente, que liga os hábitos atuais às tradições históricas da região.

O passeio pelo museu pode ser combinado com uma caminhada por Trastevere, onde você encontrará várias opções de lazer e culinária após a visita cultural.

Veja mais: Os melhores bairros para se hospedar em Roma.

10. Museu e Cripta dos Capuchinhos

O Museu e Cripta dos Capuchinhos compreende uma igreja, um museu e uma cripta. Este espaço permite conhecer a ordem dos capuchinhos, bem como sua história.

O museu oferece informações históricas que antecedem a entrada na cripta do complexo. As várias capelas subterrâneas da cripta são adornadas com ossos de mais de 4000 frades capuchinhos.

Estes ossos estão organizados em padrões que se estendem pelas paredes e teto das áreas funerárias.

Para alguns, o local pode parecer incomum e um tanto mórbido, no entanto, ele expõe conceitos cristãos, como a vida após a morte.

Aqui, você percorre o museu por conta própria, com a ajuda de placas explicativas que detalham as peças expostas e os significados na cripta.

Aqueles que têm interesse nas tradições religiosas da Itália e nos costumes da Ordem dos Capuchinhos encontrarão no Museu e Cripta dos Capuchinhos um ponto relevante para visitar em Roma.

Quantos museus tem em Roma?

Larissa posa em frente a uma grande escultura dos Museus Capitolinos.

Roma possui um patrimônio cultural bem grande e conta com muitos museus. Há mais de 200 museus na cidade, incluindo espaços arqueológicos, galerias de arte e coleções especializadas que representam a história da cidade.

Os visitantes têm à disposição desde os renomados Museus do Vaticano até locais menos conhecidos. Esses museus permitem uma interação com diferentes períodos da história romana, onde cada um apresenta sua narrativa, oferecendo perspectivas sobre o passado e o presente cultural de Roma.

O museu mais antigo do mundo

Fachada dos Museus Capitolinos, que conta com uma estátua de bronze representando Marco Aurélio em seu cavalo.

O Museu Capitolino em Roma é frequentemente considerado o museu mais antigo do mundo.

Iniciou-se em 1471, por iniciativa do Papa Sisto IV, que doou um grupo de estátuas de bronze para o povo romano, marcando a origem deste espaço como precursor na conservação e mostra pública de itens históricos.

Enquanto os Museus do Vaticano são amplamente visitados e conhecidos, o Museu Capitolino é notável por ser o mais antigo. Ele serve como ponto de referência entre os museus da cidade, apresentando aos visitantes uma sequência visual da história de Roma e tem um papel importante na cronologia dos museus globais.

Na minha opinião, os Museus Capitolinos são imperdíveis.

Planeje sua viagem cultural à Roma

Na imagem, Carlos contempla as peças expostas em uma das salas de pedra dos Museus Capitolinos.

Ao avaliar as opções de museus em Roma, planeje com atenção sua visita cultural. A cidade conta com uma variedade de espaços voltados para arte e história que atendem diferentes gostos.

Independentemente do seu interesse pelas histórias antigas ou pela arte moderna, cada um dos museus listados oferece perspectivas sobre a herança histórica e cultural de Roma.

Recomendo que os visitantes explorem o que esses 10 museus têm a mostrar, conscientes das limitações de tempo e da impossibilidade de conhecer tudo em uma só viagem.

Opte pelos locais que mais despertam seu interesse e dedique tempo suficiente para aproveitar cada lugar escolhido. Cada experiência em Roma é um passo através da história e qualquer seleção feita entre estes museus será valiosa para suas recordações desta cidade histórica.

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Sobre o Autor

Larissa Pereira

Escritora de viagens, fotógrafa e graduada em história da arte, Larissa equilibra com maestria suas muitas paixões. Seus artigos exibem uma perspectiva histórica e cultural em suas narrativas de viagem, transformando cada destino em uma tela rica em detalhes e curiosidades.

Como fotógrafa, Larissa utiliza sua lente para registrar todos os momentos do blog, traduzindo a beleza de cada local em histórias visuais. Seu olhar para detalhes aprimora a experiência, permitindo que os leitores embarquem virtualmente em suas viagens.

Larissa é também a apresentadora do canal do Vida Cigana no YouTube, onde compartilha dicas e explica atrações em detalhes, desenvolvendo itinerários e inspirando outros a vivenciarem suas próprias jornadas.

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