O Vaticano é o centro da fé católica e é onde se localiza a Santa Sé (sede) do catolicismo. Mas mesmo você não sendo católico ou não tendo uma religião, a visita ao chamado menor país do mundo vale a viagem, onde seus espaços oferecem uma vasta representação artística e histórica que você não encontrará em nenhum outro lugar.
Com base em nossa jornada pela Cidade do Vaticano, um dia bem planejado é suficiente para conhecer os principais e mais importantes pontos da cidade-estado.
A chave está na organização prévia. Começar seu dia ao amanhecer te garante menos tempo em filas, uma passagem mais rápida pelo raio-x, e a entrada tranquila na Basílica de São Pedro.
Neste artigo, vamos apresentar as 7 principais atrações vaticanas para te ajudar a otimizar seu tempo e absorver cada detalhe significativo do menor país do mundo.
Guia pelas maravilhas do Vaticano
Ao planejar sua visita ao Vaticano, saber como utilizar bem o tempo disponível é essencial. Neste guia, oferecemos um roteiro com as atrações principais e dicas úteis para melhorar sua experiência por lá.
Você terá informações desde a visitação à Basílica de São Pedro até uma visão geral dos Museus do Vaticano, que vão te fazer conhecer bem este destino.
Confira os 7 pontos turísticos da nossa lista:
- Praça de São Pedro
- Basílica de São Pedro
- Cúpula da Basílica de São Pedro
- Necrópole e Túmulo de São Pedro
- Museus Vaticanos
- Capela Sistina
- Castelo de Santo Ângelo
A seguir, vamos explorar cada uma dessas atrações para que você possa conhecer suas características e entender o que as torna tão especiais no contexto do Vaticano.
Veja também: Como é uma visita à Praça e à Basílica de São Pedro, no Vaticano?
1. Praça de São Pedro
Localizada no Vaticano, a enorme Praça de São Pedro é um ponto central para a fé católica e reconhecida mundialmente. Dizem que o formato da praça são dois braços abraçando as pessoas que estão lá.
Foi desenhada pelo famoso arquiteto Gian Lorenzo Bernini no século XVII com o intuito de receber os visitantes que buscam a bênção do Papa. A praça tem capacidade para reunir até 300 mil pessoas durante eventos importantes.
As colunatas que rodeiam a praça estão dispostas em quatro fileiras, totalizando 280 colunas dóricas, e suportam 140 estátuas de santos que representam diferentes momentos da Igreja Católica.
No meio da praça destaca-se um obelisco egípcio levado para Roma por Calígula em 40 d.C., adicionando elementos espirituais e históricos ao local.
Para quem visita o Vaticano, passar pela Praça de São Pedro é uma etapa comum do itinerário tanto para peregrinos quanto turistas. É o cenário onde ocorrem celebrações litúrgicas pontifícias significativas, incluindo missas e canonizações.
Também é possível presenciar a reza do Angelus aos domingos ou participar da audiência geral conhecida como Udienza Generale, momento em que o Papa cumprimenta os presentes.
2. Basílica de São Pedro
A Basílica de São Pedro é um local central na Cidade do Vaticano e representa uma igreja extremamente importante para os cristãos mundialmente.
Está construída sobre o que se supõe ser o lugar de sepultamento de São Pedro, apontado como o primeiro Papa, e a estrutura atual veio substituir uma mais antiga do século IV.
A edificação que observamos hoje teve início no século XVI com a contribuição de arquitetos renomados da época, incluindo Michelangelo, Bernini e Bramante. O interior tem capacidade para receber até 60 mil pessoas em eventos especiais. Acho que é a maior igreja que já entrei até hoje!
Quando se visita a Basílica de São Pedro, percebe-se seu significado religioso assim como sua importância artística. Algumas das obras notáveis ali presentes são a Pietà, feita por Michelangelo, e o baldachino sobre o altar principal, criado por Bernini.
Você terá oportunidades variadas ao explorar a basílica, desde observar os mosaicos até se surpreender com as grandes dimensões da nave principal. É possível também acessar a necrópole sob o prédio onde está localizado o túmulo atribuído a São Pedro.
Para quem busca vistas amplas, há opção de subir à cúpula projetada por Michelangelo para obter uma visão abrangente tanto dos interiores quanto do entorno urbano romano. Falo sobre ela no tópico seguinte.
3. Cúpula da Basílica de São Pedro
A Cúpula da Basílica de São Pedro é acessível aos visitantes que querem ver Roma de um ponto elevado. A estrutura, parte do trabalho incrível de Michelangelo, é notável e visível a partir de várias localizações em Roma.
Há uma opção para subir ao topo por uma escada com mais de 300 degraus, levando ao lugar mais alto aberto ao público.
Se você optar pela subida, deve estar preparado para o espaço restrito das escadas, que pode ser desconfortável para pessoas que preferem ambientes mais abertos ou têm dificuldade com lugares pequenos.
O esforço necessário para alcançar o cume é recompensado pela vista panorâmica da cidade. Para entrar na cúpula, os visitantes precisam adquirir um ingresso separadamente do bilhete geral da Basílica.
Não é indicado à pessoas com mobilidade reduzida e claustrofóbicos.
4. Necrópole e Túmulo de São Pedro
A Necrópole Vaticana, localizada abaixo da Basílica de São Pedro, é um sítio arqueológico onde você verá o que é considerado o túmulo do apóstolo São Pedro, reconhecido pela Igreja Católica como seu primeiro papa.
A visita à Necrópole Vaticana te permite uma conexão com as origens da Igreja Católica através do acesso ao túmulo de São Pedro. É um ponto relevante para os que têm interesse em história religiosa e visitam a Basílica.
Para conhecer este local é necessário adquirir um ingresso específico, e há restrições: menores de 15 anos não são permitidos na necrópole por motivos de preservação e respeito ao contexto solene.
Planeje com antecedência para garantir a entrada nesse espaço que proporciona contato direto com parte importante da história do Vaticano.
5. Museus do Vaticano
Os Museus do Vaticano consistem em várias galerias de arte e espaços expositivos que acolhem uma coleção significativa a nível mundial. Eu simplesmente amei a visita, é um dos museus que mais gostei de frequentar.
A visita proporciona um percurso pela história, com destaque para artefatos romanos e obras relevantes de artistas renomados como Rafael e Michelangelo. Ali fica a famosa Capela Sistina.
Os corredores dos museus são um caminho por diversas contribuições culturais ao longo dos séculos. No interior dos Museus do Vaticano, estão localizados os aposentos papais antigos, agora utilizados como salas para exibir estas coletâneas históricas.
Para visitar os museus é possível adquirir ingressos separadamente, recomendamos fazer a compra com antecedência devido à procura frequente.
O uso do plural em “Museus do Vaticano” corresponde à variedade de edifícios e palácios que fazem parte deste complexo. Além das exposições no interior, você poderá também explorar os Jardins do Vaticano, onde se encontram elementos paisagísticos e esculturas ao longo das áreas verdes externas.
Veja também: Museus do Vaticano e a Capela Sistina: 5 Dicas para visitar.
6. Capela Sistina
A Capela Sistina abriga a pintura do teto feita por Michelangelo, uma das peças mais notáveis do Renascimento.
Localizada dentro dos Museus do Vaticano, apresenta cenas bíblicas, como “A Criação de Adão”, destacando as figuras do primeiro homem, Adão, e Deus, que quase se tocam. Com certeza você já viu essa imagem.
Além de sua relevância artística, a capela é também um local de importância religiosa e cultural onde o conclave é realizado para eleger um novo papa. Os cardeais se congregam no espaço dominado pela imagem do Juízo Final, obra igualmente realizada por Michelangelo na parede atrás do altar.
Ao entrar na Capela Sistina, você deverá cumprir as normas que visam à conservação deste lugar. Não é permitido fotografar seu interior para proteger as obras e manter um ambiente propício à contemplação.
A experiência neste local deve ser vivida diretamente, sem o uso de dispositivos eletrônicos que possam distrair ou interromper este momento de apreciação histórica e espiritual. É essencial respeitar essa regra para assegurar uma experiência completa a todos os visitantes.
Veja mais: Museus do Vaticano e a Capela Sistina: 5 Dicas para visita.
7. Castelo de Santo Ângelo
O Castelo de Santo Ângelo, também conhecido como Mausoléu de Adriano, não está localizado necessariamente no Vaticano, mas muito próximo.
Foi inicialmente construído como mausoléu para o imperador Adriano e sua família, mas ao longo dos séculos assumiu diferentes funções.
A parte inferior do castelo mostra uma construção mais antiga e simples que indica seu passado e as mudanças arquitetônicas ao longo da história romana. Com o passar do tempo, a estrutura foi usada como fortaleza militar e depois como abrigo para os papas em épocas difíceis.
Sua importância na defesa dos bens da Igreja Católica é sugerida pelo túnel subterrâneo que o conectava ao Vaticano, atualmente fechado aos visitantes.
O Castelo tem cinco andares que incluem salas utilizadas por museus que mostram sua extensa história. O local também serviu de prisão durante a Inquisição, período no qual personalidades históricas foram detidas ali, incluindo Giordano Bruno, que acabou morto no Campo dei Fiori.
Cada nível oferece uma visão sobre esse passado complexo até chegar ao terraço superior, de onde você terá vistas amplas da cidade de Roma.
Dicas para ver o Papa
Para quem quer ver o Papa no Vaticano, planejar é importante.
A Audiência Geral às quartas-feiras é uma chance comum. Para participar, é preciso pedir um convite pelo site do Vaticano ou no Escritório da Prefeitura da Casa Pontifícia sem custo. Checar as datas e horários antes de ir para Roma é bem útil, já que a agenda do Papa pode mudar.
Também é possível ver o Papa na oração do Angelus aos domingos, quando ele se apresenta na janela da Basílica para abençoar os presentes na Praça de São Pedro. Este evento não exige ingresso, mas chegar cedo ajuda a encontrar lugar na praça.
Em datas especiais, como a Missa do Galo (24 de dezembro), Missa Vespertina (31 de dezembro), Quarta-feira de cinzas (primeira quarta após o carnaval), Sexta-feira santa (sexta anterior ao domingo de pascoa), Festa da Imaculada Conceição (8 de dezembro) e dia de São Pedro e São Paulo (29 de junho), também é possível vê-lo na Cidade do Vaticano.
É caro conhecer o Vaticano?
O preço de entrada no Vaticano muda conforme as áreas que se quer visitar. Para entrar nos Museus do Vaticano e ver a Capela Sistina, há um valor fixo consultável no site oficial. Há descontos para estudantes e crianças, além da gratuidade no último domingo do mês.
A entrada na Basílica de São Pedro não custa nada, mas subir na cúpula ou acessar o tesouro tem custos extras.
Quando estiver organizando o que fazer no Vaticano, pode ser interessante olhar para oportunidades de visita guiada disponíveis. Esses passeios abrangem diferentes partes desse destino e fornecem informações sobre arte e história dos lugares visitados.
Regras para visitar o Vaticano
Para visitar o Vaticano, é necessário cumprir alguns requisitos básicos. Verifique se possui um passaporte válido, exigido para a entrada de visitantes internacionais.
É também importante usar roupas que respeitem as normas dos locais religiosos. Por exemplo, os ombros e joelhos devem estar cobertos na Basílica de São Pedro e nos Museus do Vaticano.
O planejamento facilita a visita ao Vaticano. Comprar ingressos com antecedência para os Museus ajuda a evitar filas, principalmente em períodos de grande fluxo turístico em Roma.
Para aqueles que desejam assistir a eventos com o Papa, como missas ou audiências, é recomendado reservar ingressos previamente pelo site oficial do Vaticano. Estes passos ajudam a ter uma visita mais tranquila e organizada.
Mais dicas: O que fazer em Roma: 23 melhores atrações da capital italiana.
Dias ideais para visitar o Vaticano
Escolher o melhor dia para visitar o Vaticano varia conforme a agenda pessoal e os eventos locais. Normalmente, as manhãs de dias úteis são mais tranquilas que fins de semana ou datas religiosas importantes, que atraem mais visitantes.
Terças e quintas podem ser boas opções para um passeio com menos gente. Se tiver interesse na Audiência Papal, planeje ir numa quarta-feira, quando ela geralmente acontece.
Cheque sempre o calendário oficial pois há alterações ocasionais. Para evitar grandes grupos turísticos ou eventos especiais, meses como janeiro ou fevereiro podem ser mais adequados para sua visita.
Veja mais: Onde ficar em Roma: 10 Melhores Bairros e Dicas de Hotéis.
A presença histórica do Vaticano em Roma
A posição do Vaticano em Roma está ligada à história do Cristianismo. Segundo a tradição, o apóstolo Pedro, o primeiro Papa reconhecido pela Igreja Católica, encontrou seu fim e foi enterrado em Roma no século I d.C.
A cidade-estado fica na margem oeste do Rio Tibre, é independente e compartilha fronteiras com os bairros Prati e Borgo. Está próximo a áreas centrais como Campo Marzio ou Piazza Navona, permitindo acesso fácil à Praça São Pedro.
Acredita-se que a Basílica de São Pedro original tenha sido erguida sobre seu túmulo, um local importante para os católicos.
Com o passar dos anos, a influência religiosa e política de Roma cresceu com a construção da residência papal ali, estabelecendo finalmente o Vaticano como centro da Igreja Católica após um tratado com Mussolini.
Durante o Império Romano e após sua conversão ao Cristianismo por Constantino no século IV d.C., houve uma união entre os poderes imperial e eclesiástico.
Hoje em dia, atividades como visitar os Museus do Vaticano refletem essa relação histórica entre Roma e a liderança da igreja.
A Guarda Suíça do Vaticano
A Guarda Suíça do Vaticano é o grupo militar encarregado da segurança do Papa e do território vaticano. Criada em 1506 pelo Papa Júlio II, está entre as guardas mais antigas e de menor tamanho que ainda operam. Inicialmente, a guarda contava com mercenários suíços que lutavam em troca de dinheiro.
Hoje, seus membros são suíços católicos selecionados com base em critérios específicos. Eles têm funções cerimoniais, vestem uniformes tradicionais, e também possuem responsabilidades de proteção ao líder da Igreja Católica e à área que compõe o Vaticano.
Visitantes no Vaticano podem ver a Guarda Suíça durante suas atividades ou em eventos oficiais. A presença desses soldados é um aspecto cultural relevante para quem visita esse estado independente dentro de Roma. O uniforme deles é um show a parte, muito coloridos e diferentes.
Observá-los pode oferecer aos turistas uma perspectiva adicional sobre as tradições mantidas no menor país do mundo, contribuindo para a experiência geral de conhecer o Vaticano.
O que fazer no Vaticano: arte, história e espiritualidade
Conforme concluímos nossa visita ao Vaticano, é relevante pensar no valor cultural e espiritual presente em suas atrações.
A Praça de São Pedro se destaca por sua grande arquitetura e simbolismo, enquanto a Basílica de São Pedro impressiona pela sua arte e significado religioso.
Do alto da Cúpula, as vistas são incríveis. Os Museus do Vaticano, junto à Capela Sistina, guardam obras importantes da história da arte. O Castelo de Santo Ângelo também merece atenção por seu papel histórico como mausoléu e fortificação.
Durante este artigo, mostramos a você informações úteis para planejar seu próprio roteiro pelo Vaticano, mas lembre-se de levar em consideração seus gostos pessoais e disponibilidade para os passeios.
Para interessados em arte ou aqueles que buscam uma conexão espiritual, o Vaticano é um local que promete ser marcante tanto emocional quanto intelectualmente.
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