Lisboa é a capital de Portugal e uma das cidades europeias que mais exalta suas raízes históricas. Impactada por um grande terremoto, em 1755, muitas, senão quase todas, estruturas anteriores se viram em ruínas, e houve a necessidade de reconstrução de suas identidades. Hoje, monumentos e edifícios revelam combinações de estilos arquitetônicos que caracterizam o aspecto do lugar, que é tão inconfundível quanto inspirador.
Para quem gosta de realmente conhecer seus destinos de viagem, Lisboa é um prato cheio. Há muito o que ver e experimentar, e para ter a certeza de que a experiência será completa, planejar cada dia com atenção é essencial.
Neste post, separamos algumas atrações de Lisboa que preencherão 1 dia inteiro de atividades durante sua visita. De monumentos e parques às opções da gastronomia tradicional, por aqui você descobrirá diferentes lugares entre os bairros do Rossio e Chiado, áreas turísticas de Lisboa que não podem ficar de fora do seu roteiro.
Para quem quiser assistir a este post no youtube, fica a dica aí embaixo:
Aproveite o dia pelas ruas de Lisboa
Se o que você procura quando planeja uma viagem é aproveitar ao máximo cada momento, criamos um roteiro de 1 dia completo por Lisboa para te ajudar a organizar sua visita. Na lista, você encontra lugares históricos, vistas incríveis e o melhor da culinária portuguesa que a capital pode oferecer.
Você verá neste post as seguintes atrações:
- Praça do Rossio
- Estação do Rossio
- Igreja de São Domingos
- Memorial Judaico
- A Ginjinha
- Praça da Figueira
- Elevador de Santa Justa
- Convento do Carmo
- Rua Garret
- Praça Luís de Camões
- Rua Augusta
- Praça do Comércio
Veja a seguir mais detalhes sobre cada uma dessas atrações e saiba porque incluí-las no seu itinerário.
Veja mais: Onde ficar em Lisboa: 9 Melhores bairros e hotéis.
1. Praça do Rossio
O roteiro começa na Praça do Rossio, um ponto central de Lisboa que oferece fácil acesso a diversos locais turísticos.
Na Baixa, a praça é oficialmente chamada de Praça Dom Pedro IV e está próxima da estação de metrô Rossio, por isso é um ótimo ponto de partida. No período romano, a área abrigava um hipódromo e era usada para feiras e mercados. Hoje, a praça continua sendo um local movimentado, cercado por lojas, bares e restaurantes populares.
Você ainda verá monumentos e construções históricas por aqui, como a estátua de D. Pedro IV, que fica bem ao centro da praça; o Teatro Nacional Dona Maria II, construído em 1842; e a Estação do Rossio.
Veja mais: O que fazer no Rossio: 9 atrações pelo bairro.
2. Estação Rossio
Ao lado esquerdo do teatro, encontra-se a Estação de Comboios do Rossio, inaugurada em 1890.
A estação, construída em estilo neo-manuelino, chama bastante atenção por sua arquitetura, que representa bem o estilo de Lisboa. Funcionalmente ela ainda serve como conexão entre a capital e outras localidades, como a vila de Sintra.
Desde 1971, a estação é classificada como imóvel de interesse público, refletindo sua importância histórica e arquitetônica para a cidade.
3. Igreja de São Domingos
A Igreja de São Domingos fica entre o Rossio e a Praça da Figueira e é um dos marcos históricos de Lisboa. Fundada em 1241, a igreja sofreu com os efeitos de terremotos e incêndios, o que resultou em diversas reformas que alteraram sua aparência original.
O edifício combina elementos arquitetônicos góticos e barrocos, refletindo as mudanças impostas ao longo dos séculos. Você poderá ver ainda preservados a capela-mor, projetada pelo arquiteto Ludovice, e as pedras no chão, que guardam marcas do incêndio ocorrido em 1959.
Este local teve grande importância nas cerimônias nacionais da elite de Portugal, como batizados, casamentos e funerais reais. No entanto, a igreja também foi palco para momentos sombrios da história portuguesa.
Durante o período da Inquisição, era na Igreja de São Domingos que se reuniam aqueles condenados por heresia, antes de serem levados ao Rossio para execução pública. Esse lado trágico da história reflete o papel da igreja em eventos que marcaram a repressão religiosa no país.
Também foi no Largo da Igreja de São Domingos que aconteceu o Massacre de Lisboa de 1506, que falaremos no próximo tópico.
4. Memorial Judaico
Ao lado da igreja, no Largo de São Domingos, encontra-se um memorial dedicado às vítimas do massacre de 1506, quando centenas de judeus foram perseguidos e mortos em Lisboa.
O massacre ocorreu durante um período de seca e fome, quando os judeus foram injustamente acusados pelos problemas que afetavam a população. O memorial serve como um lembrete desse episódio violento e da intolerância que marcou a história de Lisboa no início do século XVI.
5. Ginjinha
Bem perto da Igreja fica A Ginjinha, um pequeno bar histórico de Lisboa, que abriu as portas em 1910 e permanece em funcionamento no mesmo local até hoje.
Este é o lugar ideal para experimentar a ginjinha, um licor típico feito a partir da ginja, uma fruta vermelha semelhante à cereja ácida, muito popular em Portugal.
A Ginjinha virou um ponto turístico conhecido não apenas pela bebida, mas também por ser um daqueles lugares pequenos e simples, mas muito acolhedores, que remete aos tempos antigos. É bem comum que visitantes e locais parem para tomar uma dose rápida no balcão e seguir o passeio pela cidade.
Mas preste atenção, apesar de doce, a ginjinha é uma bebida alcoólica forte, por isso deve ser consumida com moderação.
6. Praça da Figueira
Localizada em uma área cercada por ruas comerciais e históricas, e pelos bondinhos que atravessam a cidade, a Praça da Figueira é bem movimentada e conta com um mercado de rua que oferece uma grande variedade de produtos, como artesanatos, roupas, comidas e bebidas, o que atrai muita gente.
No século XVI, ali existia o Hospital Real de Todos os Santos, que foi destruído pelo grande terremoto de 1755. Após a tragédia, a área passou por uma grande reconstrução, sendo transformada em um mercado aberto, espaço que evoluiu até chegar à praça que conhecemos hoje.
Durante os dias de funcionamento do mercado, as estruturas móveis ocupam este espaço, mantendo viva a tradição de comércio a céu aberto de Lisboa.
7. Elevador de Santa Justa
O Elevador de Santa Justa é um cartão postal de Lisboa, inaugurado em 1902, ligando a parte baixa da cidade ao Bairro Alto. Além de ser funcional, a construção é também muito bonita, e se destaca por sua arquitetura.
São duas cabines, ambas com interiores revestidos em madeira, mantendo seu design original, que, em menos de um minuto, leva os passageiros da Rua do Ouro até o Largo do Carmo.
Se você gosta de ver as cidades do alto, ainda poderá subir ao Miradouro de Santa Justa, localizado no topo da torre, para admirar a vista panorâmica da Baixa lisboeta, do Convento do Carmo e até do Castelo de São Jorge.
8. Convento do Carmo
O Convento do Carmo, atualmente o Museu Arqueológico do Carmo, fica no topo de uma colina, pertinho do elevador, e preserva a memória do grande terremoto de 1755.
Hoje, o que sobrou da igreja e do convento são ruínas, com seus arcos ogivais e a fachada gótica ainda de pé, criando um cenário que atrai muitos visitantes. O espaço externo é acessível para passeios, oferecendo uma visão do que restou do edifício após o terremoto.
Onde antes era o claustro do convento, funciona o museu, que possui um acervo diverso, que, embora não seja extenso, contém peças de grande valor histórico. Entre os itens expostos, destacam-se túmulos de figuras importantes, como o fundador do convento, Nuno Álvares Pereira, e o Rei D. Fernando, ambos esculpidos em pedra.
Além disso, o museu guarda objetos de diferentes culturas e épocas, como múmias pré-colombianas em bom estado de conservação e um sarcófago egípcio.
Veja mais: 15 Melhores museus de Lisboa para incluir no seu roteiro.
9. Rua Garret
Esta rua é um dos principais centros comerciais de Lisboa e uma ótima opção para um passeio pós almoço. A Rua Garret é movimentada, cheia de lojas de grife e outros estabelecimentos que atraem a atenção de turistas e moradores.
Um dos pontos históricos da rua para conhecer é o restaurante A Brasileira, que funciona desde 1905 e era frequentado pelo poeta Fernando Pessoa, cuja estátua se encontra no local.
Além deste, outros dois lugares são excelentes para quem busca um refresco ou um docinho durante a tarde: a sorveteria Amorino, famosa pelo sorvete em formato de flor; e a Alcôa, uma confeitaria especializada em doces conventuais.
Outro destaque da Rua Garrett é a Livraria Bertrand, que leva o título de livraria mais antiga do mundo em funcionamento contínuo, de acordo com o Guinness Book. Fundada em 1732, a livraria é uma referência cultural na cidade para quem gosta de livros e de história.
10. Praça Luís de Camões
A praça, que também é conhecida como Largo de Camões, fica no bairro do Chiado e homenageia o poeta Luís de Camões, uma figura central na literatura portuguesa, conhecido por sua obra “Os Lusíadas”. O espaço foi criado em 1867 e, desde então, a estátua do poeta ocupa o centro.
Pelos arredores da praça você encontrará bastante movimento, com muitos restaurantes e cafés. Mas saiba que por aqui os preços são geralmente mais elevados.
Entre as opções que valem a visita estão O Trevo, que serve pratos da culinária portuguesa, e a Manteigaria, uma confeitaria famosa por seus pasteis de nata. Esses estabelecimentos são bem populares tanto entre os moradores quanto por turistas que passeiam pela região.
11. Rua Augusta
A Rua Augusta é uma das principais vias de Lisboa, que fez parte do projeto de reconstrução da cidade após o terremoto, ligando a Praça do Rossio à Praça do Comércio.
Fechada para o trânsito de veículos, a rua é exclusivamente para pedestres, o que a torna um local movimentado, repleto de lojas, cafés e artistas de rua. Porém, preste atenção nos restaurantes pega-turista, a rua é cheia deles, não caia nessa!
Por aqui você também verá um monumento importante da cidade, o Arco da Rua Augusta, uma estrutura histórica que foi erguida para celebrar a reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755, adornada com esculturas que simbolizam figuras importantes da história de Portugal. Você pode inclusive subir até o topo do Arco e ver a região lá de cima.
12. Praça do Comércio
A Praça do Comércio, o ponto final do nosso roteiro, é um dos locais mais turísticos de Lisboa, às margens do rio Tejo. Antigamente chamada de Terreiro do Paço, a praça foi por muito tempo o local onde se encontrava o palácio real, antes de ser destruído no terremoto de 1755.
Hoje, é um ponto de encontro importante, cercado por restaurantes, cafés, lojas e departamentos do governo, além do museu interativo Lisboa Story Centre.
Outro destaque da Praça do Comércio é o Cais das Colunas, um antigo ponto de entrada da cidade. Lá você encontrará um lugar perfeito para apreciar a vista do Tejo e o pôr do sol ao final de um passeio pela região central de Lisboa.
Veja mais: Roteiro em Lisboa: 3, 4 ou 5 dias na capital de Portugal.
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