Para organizar um roteiro em Budapeste o viajante vai precisar separar ao menos três dias inteiros de viagem. Budapeste é uma cidade compacta turisticamente, mas com muitas atrações para visitar. Dois dias de roteiro por Budapeste é o mínimo para ver as atrações básicas. Com um roteiro de três dias já da pra voltar de viagem com a sensação de ter conhecido bem o que a capital da Hungria tem a oferecer.
Conseguindo alguns dias a mais, pretendendo ficar 4 ou 5 noites em Budapeste, o turista poderá usá-los para distribuir melhor as atrações da cidade e visitá-las com mais calma. Os dias extras no roteiro são fundamentais para entender o ritmo de vida em Budapeste após ter visualizado sua camada superficial.
E mesmo para os que têm condições de ficar uma semana inteira hospedado na cidade, um roteiro por Budapeste com 7 dias de duração ainda será capaz de proporcionar novas surpresas a cada momento, nunca deixando a viagem se tornar monótona (nós ficamos 20 dias! Sim, isso mesmo. Vinte!).
Saiba mais: Onde ficar em Budapeste: os 6 melhores bairros e hotéis.
Como organizar um Roteiro em Budapeste
Budapeste foi formada pela união de duas cidades distintas que eram separadas pelo rio Danúbio. Buda e Peste eram independentes até o século XIX, quando foram associadas para a criação da nova capital húngara. Ainda que unificadas, a divisão segue existindo como forma de orientação geográfica na cidade. A população húngara continua se referindo às duas margens do Danúbio como “o lado Buda” e “o lado Peste”.
Buda é montanhosa, de acesso mais restrito, menos densamente ocupada e cheia de casarões onde vive a classe alta da cidade. Peste é plana, repleta de opções de transporte, formada basicamente por edifícios de múltiplos pavimentos e é onde os turistas passam a maior parte de seus dias circulando.
Assim, ao montar seu roteiro em Budapeste, o ideal é separar pelo menos:
- 1 dia para o centro de “Peste”, incluindo o Parlamento e a Basílica de Santo Estêvão, entre outros.
- 1 dia para as atrações de “Buda”, como o Castelo e a Citadela
- 1 dia para visitar as atrações de bairros mais afastados como o entorno da Avenida Andrássy e o Bairro Judeu.
Dica extra: Com alguns dias a mais, o turista pode espaçar as atrações, visitando menos pontos por dia e explorando mais as ruas da cidade. Ou, pode incluir locais que demandem mais tempo do roteiro, como uma visita a alguma das famosas termas de Budapeste ou ao Memento Park.
Roteiro de 2 ou 3 dias em Budapeste
Com apenas 2 ou 3 dias disponíveis no roteiro, suas horas estarão contadas. Será preciso encadear bem os passeios e locais a visitar para não correr o risco de deixar nada de fora.
A melhor sugestão é estruturar seu roteiro em Budapeste da seguinte forma:
- Dia 1 – Roteiro por Peste e pela Ilha Margarida
- Dia 2 – Roteiro por Buda
- Dia 3 – Roteiro pelo Bairro Judeu e Avenida Andrássy
Abaixo detalhamos nossas sugestões com o que fazer em cada dia de sua passagem por Budapeste.
Dia 1 – Roteiro por Peste e pela Ilha Margarida
É bem provável que sua hospedagem fique do lado Peste da cidade, que oferece bem mais opções do que o lado Buda. Por conta disso, sugerimos que se aproveite a proximidade começando o roteiro por Budapeste pelas atrações mais acessíveis, as que ficam nesta parte plana da cidade.
O entorno do Parlamento
Comece o dia indo ao Parlamento de Budapeste. A visita guiada pelo interior do edifício é a atração mais concorrida da cidade e precisa ser reservada com antecedência, pois os ingressos esgotam dias antes.
Agende o passeio logo para a manhã de seu primeiro dia na cidade para não criar dependências de horários em seu roteiro.
Antes de seguir adiante, volte para a margem do Danúbio. Caminhando em direção à Ponte das Correntes você logo verá os Sapatos à beira do Danúbio. Esta obra é um memorial dedicado aos judeus que foram vítimas do nazismo. Neste local eles eram amarrados em pares, tiravam os sapatos e o algoz atirava só em um deles, deixando o outro morrer afogado.
Logo após, retorne à Praça do Parlamento e contorne o edifício. Em frente a ele, nas fachadas do Ministério da Agricultura, estão destacadas as marcas de balas da Revolução Húngara de 1956. Entre um edifício e outro, no subsolo, existe uma exposição/memorial sobre o levante estudantil que se transformou em revolução nos anos 1950.
Os monumentos polêmicos da Praça da Liberdade
À direita do Ministério da Agricultura, você verá uma pequena praça e uma rua, a Vécsey utca, que leva à Praça da Liberdade (Szabadság ter) onde estão vários monumentos e estátuas que geram polêmica na cidade.
Logo no começo da rua está a Estátua de Imre Nagy, antigo primeiro ministro húngaro da época da Revolução. Repare como sua figura está estrategicamente posicionada sobre uma ponte a meio caminho entre o Parlamento e a Praça. Entendendo sua biografia você logo saberá o porquê.
Mais adiante, assim que entrar na Praça da Liberdade você verá uma Estátua de Ronald Reagan! Inexplicavelmente existe uma estátua homenageando um ex-presidente americano em plena Budapeste. A razão passa pela política húngara atual que celebra o político-símbolo do neoliberalismo e tenta apagar o passado do país.
Em destaque, no centro da praça está o Monumento da Liberação da Hungria pelos Soviéticos, erguido em homenagem aos mais de 80 mil soldados soviéticos mortos durante os 50 dias de cerco a Budapeste que resultaram na expulsão dos nazistas do país.
Cruzando toda a praça, na parte da frente, você verá ainda a Estátua do “Arcanjo Gabriel”, talvez a mais polêmica de todas as existentes nesta praça. O monumento mostra o “Anjo Gabriel” entregando a Coroa de Santo Estêvão (símbolo do país) a uma águia nazista, numa tentativa do governo de reescrever a história e pregar a “inocência” húngara diante dos horrores da segunda guerra. Esta peça é tão controversa que gerou uma intervenção por iniciativa da população. Em frente a ela foram colocados vários objetos e relatos de parentes das vitimas do nazismo, contrapondo a suposta inocência advogada pelo atual governo. Junto aos objetos há relatos em diferentes idiomas (incluindo o português) que explicam porque a estatua é ultrajante ao povo húngaro.
A Basílica de Santo Estêvão e as Praças do Centro de Budapeste
Partindo da Praça da Liberdade você estará a duas ou três quadras de distância da Basílica de Santo Estêvão, o edifício mais alto de Budapeste (junto ao Parlamento). A visita à Basílica é gratuita – feita a base de doações – mas, além de seu interior, vale pagar para subir à cúpula, de onde se tem a visão de todo o Centro de Budapeste por um ângulo único.
Ao sair, explore a Praça de Santo Estêvão, onde está a Basílica. Lá existem duas filiais da Gelarto Rosa, que vende sorvetes em formato de flor e faz o maior sucesso na cidade.
Além da Praça da Basílica, perto dali ao menos outras três são interessantes de serem incluídas em seu roteiro por Budapeste:
- A Széchenyi tér, que fica de frente para a Ponte das Correntes;
- A Erszébet tér, onde fica a roda-gigante “Budapest Eye”;
- A Vörösmarty tér, de onde partem a maioria dos free walking tours de Budapeste
A Praça Vörösmarty, aliás, é o ponto de partida da Váci utca, a rua de comércio mais famosa da cidade. Repare, logo no comecinho da rua, que as marcas no piso indicam a localização de parte das antigas muralhas do Centro de Budapeste. A rua segue por todo o centro antigo até chegar ao Grande Mercado Central, mas este último deixe para visitar em outro dia do roteiro.
O Passeio de Barco pelo Danúbio e a Ilha Margarida
Após ter se ambientado pelo centro, volte para a margem do rio, desta vez para fazer o passeio de barco pelo Danúbio. Os píers de embarque ficam próximos à Ponte Erszébet.
Caso esteja viajando no verão, aproveite o passeio diurno para desembarcar na Ilha Margarida e passe um tempo por lá caminhando ou alugue uma bicicleta. Após algumas horas, volte ao porto de embarque para completar o passeio.
Na volta ao centro, aproveite para circular por suas ruas, caminhar pela Váci enquanto espera o pôr do sol. Após ter anoitecido, volte ao píer de embarque e refaça o passeio de barco. Budapeste iluminada durante a noite consegue ser ainda mais bonita.
Veja como fazer o passeio de barco pelo Danúbio, de dia e a noite, pagando um só ingresso
Dia 2 – Roteiro pelas atrações de Buda
O lado “Buda” da cidade é onde estão as atrações mais famosas da capital húngara. O Castelo de Buda, a Citadela e o Bastião dos Pescadores, por exemplo, estão todos nesta parte montanhosa da cidade. Para estruturar bem seu roteiro por Budapeste, especialmente caso tenha poucas noites disponíveis, agrupe todos os pontos turísticos deste lado da cidade em um só dia.
A Colina do Castelo
Comece o dia atravessando a Ponte das Correntes, a icônica ponte suspensa de Budapeste (e depois separe um momento para atravessá-la também durante a noite). Você chegará à praça onde fica o marco zero das estradas húngaras e lá poderá decidir de qual forma prefere subir a Colina do Castelo:
- De funicular (Budavári Skiló): a viagem é paga (veja os preços) e apesar de também ser administrada pela BKK, a empresa de transportes de Budapeste, não está incluída no Budapest Card.
- Pela escadaria real (Király lépcső): ao lado direito do túnel (Budái Váralagút) a escadaria leva ao topo da colina do castelo em cerca de 10/15 minutos de subida. De lá basta seguir à esquerda para chegar ao castelo.
- Pelas rampas: siga pela rua que existe do lado esquerdo, logo ao lado da bilheteria do funicular. Entre à direita no portão que leva ao conjunto de rampas que desemboca direto no terraço do castelo.
- De ônibus comum: do lado direito do túnel, pegue o ônibus da linha 16 que sobe toda a colina.
- De ônibus hop on hop off: uma das linhas do ônibus hop on hop off de Budapeste passa pelo distrito do Castelo.
O Castelo de Buda
O que hoje chamamos de Castelo de Buda é um conjunto formado por seis pavilhões. Quatro deles são ocupados pela Galeria Nacional da Hungria. Os outros dois são formados pelo Museu da História de Budapeste e pela Biblioteca Nacional Széchenyi.
Mesmo que seu roteiro por Budapeste não inclua uma visita aos museus, a ida ao Castelo ainda vale pelas vistas da cidade e pelas esculturas espalhadas por seus pátios.
Comece observando a Estátua do Turul, o pássaro mítico húngaro, que marca a entrada dos jardins do castelo. Mais abaixo, no pátio em si, você verá a Fonte dos Meninos Pescadores e adiante a Estátua do Príncipe Engênio de Saboia, que fica em frente à entrada principal do Castelo e dá nome ao terraço.
Seguindo em frente, repare que o terraço se transforma numa passarela – talvez o melhor lugar para tirar fotos da vista de Peste – onde, ao final dela, foi colocada recentemente (2013) uma Estátua da Virgem Maria. Depois, desça pelas escadas ou pelo elevador disponível e vá à parte dos fundos, onde está a Mace Tower (Buzogánytorony), que é parte da fortificação medieval do castelo que foi reconstruída.
Retorne ao pátio onde fica o desembarque do funicular. À direita está o Palácio Sándor, escritório do governo húngaro e ao fundo há uma série de bandeiras enfileiradas. Ao se aproximar das bandeiras, olhe para esquerda e você verá outro portão de acesso ao Castelo. Lá dentro estão, na sequência, o Pátio Hunyiadi com a Fonte do Rei Matias e o Pátio dos Leões.
Ao terminar, explore um pouco as ruas do bairro e você encontrará lugares incríveis para fotos, tanto do lado de Buda, quanto de Peste.
O Bastião dos Pescadores e a Igreja de Matias
Além do antigo Palácio Real, o distrito do Castelo ainda conta com ao menos outras duas grandes atrações para colocar no seu roteiro por Budapeste. Bem no centro do bairro estão, ao lado um do outro, o Bastião dos Pescadores e a Igreja de Matias.
A Igreja de Matias, como se vê atualmente, foi ali construída no século XIV no mesmo local onde antes havia um templo erguido pelo próprio Santo Estêvão, o antigo rei húngaro. Era a segunda maior igreja da cidade de Buda em tempos medievais e foi palco da coroação de diversos monarcas, incluindo os dois últimos da casa de Habsburgo. Sua arquitetura se destaca pelo estilo gótico e é realçada pelas águas dos telhados revestidas em ladrilhos coloridos.
Já em estilo neogótico/neoclássico, o Bastião dos Pescadores é um terraço que marca a entrada do distrito do Castelo. Projetado para celebrar o primeiro milênio do assentamento do povo magiar na Bacia dos Cárpatos (em 1896), repare como a obra possui sete torres, simbolizando as sete tribos que ali se estabeleceram. Logo ao lado fica a Estátua de Estêvão I da Hungria, uma figura eqüestre homenageando o rei e santo húngaro.
Ao terminar a visita, desça as escadarias do Bastião e veja como o monumento é ainda mais impressionante quando visto de baixo. De lá siga pela rua à direita até retornar à Praça com o marco zero e ao ponto de embarque do funicular.
A Colina Gellért e a Citadela
A Colina Gellért é o ponto mais alto da cidade, o que já a torna, pela vista proporcionada, um excelente ponto turístico a ser incluído num roteiro em Budapeste. Mas além da vista, o local ainda conta com outras atrações que fazem a visita ser imperdível.
Para subir a colina, o visitante pode optar por subir:
- Pelas escadas: ficam em frente a Ponte Erszébet, no lado Buda, logo abaixo do monumento a São Gerardo Sagredo.
- Pelas rampas: a subida se inicia em frente a Ponte da Liberdade (Szabadság híd), ao lado do Hotel Gellért.
- De ônibus: não existe transporte público para o topo da colina, mas os ônibus hop on hop off de Budapeste vão até lá.
Nós optamos subir pelas rampas. Para quem vem da praça com o marco zero são vinte minutos de caminhada pela margem do Danúbio. Caso prefira o transporte público, uma vez na beira do rio, embarque nos bondes 19 ou 41 e desça quando virarem ao lado do Danubius Hotel Gellért.
Subindo por este lado, a primeira parada será a Igreja na Pedra (Sziklatemplom), uma capela construída dentro de uma das cavernas da colina.
No topo, a Citadela é uma fortaleza que nunca foi usada de fato. Ela foi construída pelos Habsburgo para uma guerra que se iniciava quando os húngaros pleiteavam a independência do Império Austríaco, mas nunca cumpriu a função para a qual foi projetado porque a revolução foi contida antes do término de sua construção.
Sem uso desde então, a fortaleza recebeu seus últimos ornamentos após a Segunda Guerra Mundial. A Estátua da Liberdade e os outros dois monumentos que a ladeiam foram colocados ali para celebrar a libertação da Hungria e expulsão dos nazistas do país pelas mãos dos soviéticos. Os monumentos se tornaram tão simbólicos para a cidade de Budapeste que são hoje das poucas figuras soviéticas que não foram removidas após a queda do Bloco do Leste Europeu.
Para descer, siga em direção ao estacionamento que existe na entrada da Citadela, onde param os ônibus, mas repare que pouco antes existe um mirante. A rampa ao lado dele leva até o Monumento a São Gerardo Sagredo (Szent Gellért, em húngaro), em homenagem ao santo que foi martirizado neste local e que dá nome a toda a colina.
Dia 3 – Roteiro pelo Bairro Judeu e Avenida Andrássy
O último dia de roteiro por Budapeste é reservado às atrações não tão conhecidas da cidade, mas não menos importantes. Neste dia você pode aproveitar para comprar suas lembranças de viagem e explorar os locais que ficam um pouco além do centro, como a Avenida Andrássy e o Bairro Judeu.
Grande Mercado de Budapeste
Comece o dia indo ao Grande Mercado de Budapeste (Nagyvásárcsarnok), o mais antigo da cidade. Para chegar até lá você pode caminhar por toda a extensão da Váci utca – a rua de compras do centro de Peste – ou desembarcar na Estação Fővám tér da linha M4 do metrô.
Como todo bom mercado do tipo, há uma quantidade enorme de vendas de carnes, vegetais, queijos, temperos. O andar superior é ocupado por barraquinhas de lembranças turísticas, lanchonetes e tem até um restaurante completo, com serviço nas mesas.
Atente-se, pois o mercado não abre aos domingos e feriados.
Se sobrar algum tempo, ou caso você seja do tipo que prefere um museu a um mercado, perto dali fica o Museu Nacional da Hungria, com exposições permanentes contando a história do país e dos povos que habitaram a Bacia dos Cárpatos desde antes da chegada das tribos magiares (não abre às segundas).
Bairro Judeu
O bairro de Erzsébetváros, também conhecido como o Bairro Judeu, é o que sofreu as maiores transformações recentes da capital húngara. A região é onde foi formado o Gueto de Budapeste durante a Segunda Guerra e ficou anos abandonada. Hoje suas ruas, além de preservarem forte herança judaica, dividem espaço com os “ruin pubs”, cujo conceito surgiu justamente em Budapeste e se popularizou rapidamente.
Você pode explorar o Bairro Judeu a pé, a partir da Estação Astoria da linha M2 do metrô. Opcionalmente, existe um free walking tour com esta temática que parte diariamente da Praça Vörösmarty, no Centro, às 10h e às 15h30.
As sinagogas
Um roteiro pelo bairro judeu de Budapeste deve incluir uma passagem por suas três sinagogas. Elas abrigavam as três correntes do judaísmo presentes em Budapeste no fim do século XIX:
- A Sinagoga da Rua Dohány (Dohány utcai zsinagóga), também conhecida como a “Grande Sinagoga”, é a maior da Europa. Ou, como gostam de dizer por lá, “a maior do mundo fora de Nova York”. O complexo ainda inclui um memorial, um museu e um cemitério onde estão enterradas muitas das vítimas do Gueto de Budapeste.
- A Sinagoga da Rua Kazincsy (Kazinczy utcai Zsinagóga), segue a linha ortodoxa e também oferece visitas aos turistas interessados, tendo a vantagem de ser bem menos freqüentada.
- A Sinagoga da Rua Rumbach (Rumbach utcai zsinagóga) após anos abandonada e sem uso, passa agora por um processo de restauração.
Os ruin pubs
Além da herança judaica, o bairro de Erszébetváros agora se destaca pela enorme presença dos “ruin pubs”, o que o tornou grande destino da vida noturna de Budapeste. Os Ruin Pubs são bares/casas noturnas que funcionam dentro de antigos edifícios em ruínas. A idéia é de reformar o mínimo para que o local tenha alguma estrutura de segurança, mas mantendo a aparência de ruína que os caracterizam. O conceito deu tão certo que se espalhou por toda Budapeste e outras cidades européias.
O ruin pub original, o que inaugurou o conceito, é o Szimpla Kert, na Kazinczy utca. Ele era um antigo cinema que hoje dá lugar a um dos lugares mais badalados da cidade. Ainda que você não curta sair à noite, vale incluir uma visita ao Szimpla em seu roteiro por Budapeste mesmo durante o dia. A casa tem vários ambientes e funciona quase 24 horas. Nos domingos pela manhã (a partir das 9h) o espaço ainda recebe uma feira de produtos orgânicos que acontece com apresentações de música ao vivo.
Além dos ruin pubs, o bairro agora forma um grande pólo gastronômico, com restaurantes das mais variadas origens. O centro disso ocorre ao longo da Madách Imre út, um conjunto de vielas que corta o interior de várias quadras do bairro, concentrando vários pátios de restaurantes.
Avenida Andrássy
Ao lado do Bairro Judeu, a Avenida Andrássy corre do centro (começando na Erszébet tér) até o Parque da Cidade, num trajeto cheio de edificações históricas que foi tombado como patrimônio mundial pela UNESCO.
Com várias estações de metro ao longo de sua extensão, ao incluir a Andrássy no roteiro por Budapeste comece a explorá-la pela Estação Opera. Ali ao lado está a Ópera Estatal Húngara (Magyar Állami Operaház). Há visitas guiadas à tarde, em horários determinados ou programe-se para conhecê-la durante algum concerto regular.
Um pouco adiante, no entorno da Estação Oktogon existe um grande pólo gastronômico, talvez o mais autêntico de Budapeste, concentrado ao redor da Praça Liszt Ferenc.
Próximo também fica a Casa do Terror (Terror Haza) uma “atração” um tanto questionável – na mesma linha da falsificação histórica que o governo húngaro promove. Nenhum morador de Budapeste recomenda a visita e nós também desaconselhamos. A visita é cara (é o museu mais caro de Budapeste) e mais desinforma do que ensina.
A Praça dos Heróis
Ao final da Avenida Andrássy fica a Praça dos Heróis (Hősök tere), junto a estação de metrô que leva o mesmo nome. O espaço contém um complexo conjunto de esculturas, chamado “Monumento do Milênio”, que conta e celebra toda a história da Hungria.
Na coluna central está em destaque, no topo, a Estátua do Arcanjo Gabriel recebendo a coroa de Santo Estêvão (o mesmo que foi recentemente colocado pelo governo húngaro na Praça da Liberdade, gerando muita polêmica). Ela é circundada na base pelas Estátuas dos sete chefes das tribos magiares, considerados os fundadores da Hungria. Logo em frente está o Túmulo ao Soldado Desconhecido, no mesmo local onde houve o novo sepultamento de Imre Nagy, o celebrado ex-primeiro ministro do país.
Na colunata ao fundo estão posicionadas 14 estátuas de heróis húngaros. Da esquerda para a direita as imagens estão ordenadas cronologicamente, começando pelo Rei Santo Estêvão. Repare abaixo de sua estátua que o painel representa o momento em que o rei/santo recebe sua famosa coroa.
Além do conjunto escultórico, a praça ainda é ladeada por dois museus: o Museu de Belas Artes de Budapeste (Szépművészeti Múzeum), com exposições de arte clássica, e o Palácio das Artes (Műcsarnok Kunsthalle), com exposições de arte contemporânea.
Antes de retornar, contorne a praça e, ao fundo, você poderá incluir uma passagem pelo Parque da Cidade. O espaço é uma grande área verde muito usada pelos moradores para lazer especialmente aos fins de semana. Para os turistas, o destaque especial fica por conta das Termas de Széchenyi, o mais famoso dos spas de Budapeste.
Budapeste em outros blogs: Para seguir planejando seu roteiro por Budapeste, a Luisa, do Janelas Abertas, tem várias dicas da cidade onde ela viveu por oito semanas trabalhando numa ONG.
Bia noite,viu terça para budapeste.onde fica as letras? Obrigado
Veja nosso texto sobre as termas, Telma 🙂
Olá, obrigada pelas dicas.
Estou indo para Budapeste agora em fevereiro e tenho um interesse em conhecer a região de vinícolas de Etyek
Você teria alguma dica para me passar? Alguma vinícola?
Obrigada
Oi Rayanne, não fomos nessa região, então não teríamos como passar dicas, mas queremos muito voltar na Hungria pra atualizar os textos.
Se for, nos diga como foi!
Estamos fazendo um sabático de 6 meses e o conteúdo de seu blog tem nos acompanhado. Obrigada pelo ótimo serviço prestado aos viajantes. Nosso próximo destino é Budapeste.
Obrigada pelo comentário e espero que estejam tendo uma viagem dos sonhos!
Bom dia, muito obrigada pela sua ajuda. Estou a organizar a nossa viagem a Budapeste, somos um grupo de 7 adultos que a única língua que domina é o português de Portugal, mas que também fazemos uma aventura uma vez por ano e desta vez é mesmo Budapeste e não acredito que a língua vai ser uma barreira mas vai dificultar de certeza, já li que os Húngaros são um povo pouco simpático então tenho que levar o trabalho de casa bem feito. É melhor nestes casos utilizar o ônibus hop on hop , de 24 horas ou 48 horas? dá para entrar e sair sempre que quisermos, é bom para os principais pontos? Aconselha comprar o bilhete on-line ou lá é mais barato, não sabe se há bilhetes de grupo mais económico? Dicas de restaurantes? Obrigada mais uma vez pelo Post e também por todas as dicas que possa fornecer, o grupo é dos 50-70 anos não é fácil!!
Oi Teresa, os ônibus hop on/hop off são ótimas alternativas até pela idade dos turistas. Além disso, os tours guiados em inglês são muito bons também.
Mas realmente, o húngaro foi a língua mais difícil que eu já vi na vida. Mais difícil que o russo ou o tailandês rs
Esteja sempre com o google tradutor no celular!
Sobre ingressos em grupo, não faço ideia, mas você consegue essa informação no site oficial da empresa.
E dicas de restaurantes, aconselho ir no Mercado Municipal, no Szimpla Bar, Budapest Galéria, restaurantes nas margens do Danúbio e os restaurantes da Ráday utca
Dê uma olhada nesse texto aqui também, ele é bem completo!
Oi Carlos, estou adorando seu blog, parabéns! Estou indo a Budapeste com meu marido agora em outubro e passaremos 4 noites e 3 dias. Contudo, o primeiro dia é uma segunda-feira, o que nos impede de visitarmos o Parlamento, então estou considerando adaptar seu roteiro e ir ao Complexo do Castelo de Buda, sem visitar os Museus.
Você saberia me informar se o Complexo do Castelo fecha às segundas também, a exemplo dos museus? Muito obrigada pela ajuda com os roteiros e a resposta, caso consiga me ajudar.
Oi Betania, tudo bem? Respondendo pelo Carlos! A área do Castelo fica aberta todos os dias, 24 horas por dia. São ruas públicas, então elas ficam abertas. Só os museus, igrejas e palácios que tem hora para abrir e fechar.
Olá! Adoro o blog e já até usei dicas do post sobre a Escócia! 😉
Dessa vez estou considerando ir para Budapeste, mas só consigo em Janeiro (vou aproveitar o aereo de uma viagem a trabalho para a Alemanha), será que vale a pena? Obrigada!!!
Oi Bruna, obrigada pela confiança em nós! Olha, Budapeste é um escândalo de cidade em qualquer época do ano. Vc terá menos horas de sol, mas eu sinceramente nunca vi cidade mais linda durante a noite do que Budapeste. Vá sim, que valerá a pena. E a Hungria é famosa por seus vinhos, aproveite o inverno!
Olá, primeiramente adorei seu roteiro e vou fazê-lo em 2 ou 3 dias, estou an dúvida. Quanto ao spa Szechenyi ele fica de que lado da cidade? Não recomenda conhecê-lo?
Oi Vanessa, temos um texto só sobre as termas mais famosas de Budapeste, incluindo a Szechenyi, claro, dá uma olhadinha! Vale a pena sim, só é muito cheia.
Olá, estarei em Budapeste por 3 dias esses mês e vou seguir seu roteiro, passo a passo, adorei!!
Parabéns…
Obrigada pelo comentário, Gabriela! Boa viagem!
Adorei as informações. Pode dar a sua opinião no meu roteiro?
Julho. Chego dia 21, 17:30h em Praga e volto dia 31, 19:15h de Budapeste. Ainda resolvendo os outros dias. Pensei em:
21 noite, 22, 23 e 24 -> Praga
25 tarde, Viena
26 Bratislava
27 (dia todo em Viena?) ou trem para Budapeste no fim do dia????
ou 28 trem para Budapeste de manhã
29 e 30 Budapeste
31 Budapeste até depois do almoço
Então: o que merece mais, Viena ou Budapeste?
Eu ficaria o dia todo em Viena no dia 27 e só iria para Budapeste no dia seguinte. Teria mais tempo para visitar Viena, que é linda, e depois do check in no dia 28 iria para Budapeste.
Carlos gostaria de passar uns 10 dias lá em Budapeste. Mas com guia falando portugues ou portunhol. Seria possivél ? Gostei de seu trabalho.
Uberlândia//Mg
Oi Antonio Carlos, olha, sua pergunta é bem difícil, não saberia te responder. Em Budapeste é possível achar tours em inglês e espanhol, mas em português eu acho bem difícil.
Adorei seu roteiro. Estarei lá no início de junho. Infelizmente só por 2 dias.
Obrigada pelo comentário, Miriam!
Carlos,
Adorei o blog, quantas informações importantes.
Marisa
Agradecendo em nome de nós dois, Marisa! 🙂
PER-FEI-TO o seu post! Nao poderia ser mais explicativo e dinamico! Parabens e obrigada pelas dicas 🙂
Obrigado Michelle