A White Island (em português Ilha Branca) ou Whakaari em maori é o mais ativo vulcão na Nova Zelândia e expele fumaça continuamente pelo menos desde que foi descoberta, em 1769. Encontra-se no Oceano Pacífico e a viagem até lá leva 4h ida/volta. O passeio inicia e termina na cidade de Whakatane e somente uma empresa faz a travessia.
A ilha
Foi nomeada assim, pois, ao ser avistada ao longe pelo Capitão Cook, o que se pode ver foi somente uma grande massa de nuvem branca. Ao chegar mais perto, Cook pode perceber que se tratava de um vulcão. Grande parte de sua estrutura se encontra abaixo do mar e o que se pode ver na superfície é obra de 150 mil anos de atividades vulcânicas. Faz parte do Círculo de Fogo do Pacífico e é o único vulcão ultramarino da Nova Zelândia.
O passeio
A única empresa que leva turistas à White Island é a White Island Tours, sendo os proprietários os mesmos donos da ilha (sim, a ilha é privada!). O governo da Nova Zelândia tentou comprar o vulcão há alguns anos, mas os proprietários se recusaram a vender, visto que mantê-la traz muito lucro. O passeio é bem caro, custando NZD199! Cobre as 6h, sendo 4h dentro do barco e 2h atravessando a ilha, além de oferecer almoço. No site eles pedem para que reserve com antecedência. Avisamos uns dias antes por telefone, mas pagamos no mesmo dia do passeio. A antecedência é para ver se a ilha estará em boas condições para receber turistas. Todos os dias um grupo de vulcanólogos analisam as atividades do vulcão para poder liberar o passeio. Pode-se chegar de helicóptero também, mas custa NZD835!
Depois de 2h dentro do barco, entre enjoos devido ao sacolejo do mar, finalmente chegamos até a ilha. Podemos ver uma colônia de gansos-patola iguais ao do Cape Kidnappers na encosta do vulcão. Descemos do barco maior e entramos num bote em grupos de 10 pessoas com o guia.
A água em volta da ilha tem uma cor lindíssima, um azul escuro e profundo, mas não é aconselhável tocar nela, pois é cheia de minerais de atividades vulcânicas que não seriam muito saudáveis.
O passeio pela White Island começa cruzando a ilha por um chão branco e amarelo, repleto de enxofre. O cheio é fortíssimo e usamos máscaras no rosto para nos proteger. Capacetes são obrigatórios a todos que vão até a ilha.
Nada cresce lá, nenhum tipo de vegetação, a não ser em sua encosta. A sensação é de estar caminhando pela Lua. Várias crateras expelindo gás e lama borbulhante são vistas em todas as partes da ilha, mas a maior encontra-se no fundo. O guia nos leva até sua boca, sendo possível avistar a muralha natural que se encontra nos fundos da ilha.
Dois riachos cruzam a ilha, onde os guias nos convidam a provar a água e dizer quais componentes achamos que contém em cada um deles. Fazemos uma experiência também colocando metade de uma moeda por 1 minuto em uma das águas e o resultado é o clareamento desta. Outra curiosidade é em relação à roupa usada para ir até a ilha. Dependendo da cor, ela pode manchar e desbotar devido ao ar ácido.
Por fim, visitamos a antiga mina de enxofre existente na ilha onde, devido à erupção de 1914 foi arrasada após matar 10 mineiros. O único sobrevivente foi um gato.
Após toda a travessia, lavamos nossos sapatos com um líquido fornecido pela tripulação para que não seja corroído e em seguida, iniciamos nosso caminho de volta, comendo o almoço servido.
Seu blog é sensacional. Parabéns.
Estamos indo em janeiro para a NZ e nos programamos para visitar a White Island. Temos uma filha de 10 anos que via conosco. Qual a sua opinião sobre o trajeto de barco e a trilha para crianças? Elas podem se sentir desconfortáveis? Obrigado. Abraços, Fabio.
Oi Fábio, que incrível que vcs estão indo pra NZ e irão levar sua filha! Ela terá uma experiência incrível!
Olha, vou ser sincera com vc: eu não costumo enjoar mesmo, mas no trajeto pra White Island eu fiquei bem tonta. Não cheguei a passar mal e tal, mas deu uma tontura. Não sei se foi coisa do dia, se o mar estava agitado, mas foi a minha experiência.
Mas o passeio é tão válido e incrível que vale o risco levando um dramin, creio eu.