Em fevereiro, durante o house sitting de Manapouri, já tínhamos o da West Coast agendado e estávamos à procura do próximo, para junho. Queríamos ir para alguma cidade grande, já que tanto o de Manapouri quanto o da West Coast eram em regiões muito isoladas, mesmo para os padrões da Nova Zelândia.
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As opções de house sitting para junho
Recebemos propostas em Christchurch e Queenstown, mas ambos exigiam que pagássemos pela conta de luz, o que pelos nossos princípios não achamos correto, pois o bacana do funcionamento do house sitting é não existir dinheiro envolvido em nenhuma das partes, sendo uma ajuda mútua. Assim, dispensamos os dois e decidimos esperar por uma melhor oportunidade. Foi o melhor que fizemos.
Uma semana depois achamos outra proposta interessante: na zona rural de Canterbury, onde cuidaríamos de uma alpaca e algumas ovelhas. O problema do primeiro era que não haveria um carro disponível, e viver na zona rural da Nova Zelândia sem um carro dificultaria coisas básicas, como fazer compras no supermercado.
Enquanto resolvíamos sobre o que fazer, se aceitávamos ou não, recebemos uma ligação do proprietário de uma outra casa que havíamos contatado, de Christchurch, que nos falou com bastante entusiasmo, conversando sobre seu único cachorro, Magoo, e de todas as facilidades que teríamos no acordo. Fechamos no mesmo dia e percebemos que tinha valido a pena esperar.
O luxuoso house sitting de Cashmere
Ao chegarmos à casa, percebemos o quão sortudos éramos. Tínhamos não somente uma, mas duas residências – uma de dois andares no bairro de Cashmere (um dos mais ricos do país e muito bem localizado, sendo uma das áreas pouco afetadas pelo terremoto de 2011) e outra na cidade de inverno de Hanmer Springs. Além disso, dois carros!
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Nos primeiros dias com os donos, eles nos levaram para conhecer Hanmer para que pudéssemos ver se iríamos gostar de voltar lá sozinhos depois. Foram bastante prestativos e adoramos os dias que passamos juntos. Antes de nos encontramos, eles tinham até comprado um livro sobre o Brasil para que pudessem nos “estudar”.
O spoodle Magoo e nossa rotina com ele
Nosso mascote da vez foi o querido Magoo, um spoodle (mistura de poodle com cocker spaniel, muito comum aqui na Nova Zelândia) de 10 anos. Precisávamos de certos cuidados com ele por causa de sua idade. Ele tem artrite e precisava comer uma ração especial, além de necessitar de ajuda para subir no carro e coisas do tipo. Mas passeando parecia outro cachorro. Corria como nenhum outro, pulava para pegar folhas caídas das árvores no outono e adorava se atracar com seus bichinhos de pelúcia e galhos de árvores. E, além disso, era um cachorro muito carinhoso e cativante, que adorava nossa companhia. Era a primeira vez que ele dormia com estranhos e se acostumou perfeitamente bem.
Magoo também adorava passeios de carro, então o levávamos para todos os lugares, desde compras no supermercado até um passeio à Kaikoura.
Foi um house sitting bastante tranquilo e com bastante conforto. Passamos o final do outono e início do inverno totalmente equipados com lareira e até com o chão do banheiro aquecido! E tivemos um cão muito leal e carinhoso que nos fez parecer que tínhamos um filho único. Espero que não tenhamos o mimado demais.
Anão, que gracinha! Poxa, tô com muito pouco dinheiro e tô pensando em me candidatar ao WHV e gostaria de trabalhar com algo tipo isso de cuidar de cãezinhos. Tenho dois cães velhinhos em casa e adoro.
Vá em frente, Marília. Se precisar de alguém que cuide de seus cãezinhos você pode procurar alguém que queira ficar por um tempo na sua casa!