Atualmente, ir até Nova York e não incluir o Memorial 11 de Setembro e o One World Observatory em sua visita é algo impensável.
Muitos historiadores consideram os ataques de 11 de setembro como o grande acontecimento do século XXI. E o memorial, erguido no marco zero, é o coração da região. Ali é possível entender tudo que ocorreu naquele fatídico 11 de setembro de 2001.
Para otimizar a viagem por Nova York, o turista pode comprar o New York Pass e acessar tanto o Museu e Memorial quanto o Observatório (e outras atrações) sem pagar nada a mais.
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O Marco Zero e o Memorial 11 de Setembro
Desde a inauguração do Memorial 11 de Setembro, em 2011, o local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center virou novamente um ponto de visitação em Nova York e ganhou um caráter de reflexão.
Hoje no Marco Zero se encontram 2 piscinas enormes com a exata dimensão dos edifícios derrubados. A obra impacta a todos que ali chegam devido ao seu tamanho.
Ao redor das bordas das piscinas estão dispostos os nomes de todos aqueles que morreram durante os atentados. Frequentemente estão decoradas com flores e recados de carinho àqueles que se foram.
É um memorial extremamente impactante, desenvolvido pelo arquiteto israelense, naturalizado americano, Michael Arad, que ganhou a competição para ver quem iria projetar no poderoso marco zero.
O destaque foi dado ao paisagismo, em vista que os parentes das vítimas não queriam que novos edifícios fossem construídos no local. Com isso, além das piscinas, o local está repleto de árvores. No ponto central se encontra a Árvore Sobrevivente, uma pereira que sobreviveu aos ataques por pouco, e foi replantada no local.
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O Museu 11 de Setembro
Entre uma piscina e outra do memorial fica a entrada para o Museu do 11 de Setembro, localizado no subsolo do conjunto.
É uma atração gigantesca, que requer bastante tempo de dedicação no roteiro para quem vai visitar. Portanto, vale separar pelo menos uma manhã ou tarde inteira para ter tempo de ver tudo com calma. Nós mesmos ficamos 4 horas lá dentro sem perceber.
Ao comprar o ingresso, a hora específica de sua visita deverá ser sinalizada, pois é um ponto turístico muito visitado.
Vá preparado, pois o museu é um tanto impactante. Mesmo.
Como é a visita ao Museu 11 de Setembro
O museu 11 de setembro ocupa o espaço exato das antigas fundações das Torres Gêmeas. Lá dentro é possível ver as paredes de contenção do antigo World Trade Center.
É um espaço imenso. E é arrepiante demais pensar que foi exatamente ali que tudo aconteceu.
A exposição do museu é muito bem organizada. Mostra desde o projeto arquitetônico do World Trade Center original, na década de 60, sua construção, aparição em inúmeros filmes por várias décadas, fotos de turistas em seu mirante, entre outros.
Várias áreas da fundação estão ali expostas e podem ser tocadas pelos visitantes. A torre de rádio da torre norte, inacreditavelmente, está lá exposta depois que os atentados ocorreram. Caminhões de bombeiros destruídos, pedaços de vidros, metais retorcidos, roupas dos bombeiros, tudo isso pode ser visto lá.
Alguns destaques da visita ao Museu
Enquanto descemos ao subsolo, vemos aço retorcido que foi recuperado dos prédios, com vigas inteiras expostas.
Vemos também a escada dos sobreviventes, por onde a maioria das pessoas que conseguiu se salvar passou. A escada foi transferida para o museu e hoje está em exibição.
Passamos por um longo corredor com vozes de várias pessoas do mundo inteiro dizendo onde estavam no fatídico dia.
Caminhando entre painéis negros em uma sala escura, chegamos ao mirante de onde vemos as fundações das Torres Gêmeas. A visão causa calafrios e é difícil de tirar da cabeça.
No meio do enorme salão lá embaixo fica a última coluna, o pedaço do prédio que resistiu por mais tempo. Ela foi decorada por bombeiros, policiais e sobreviventes e está em exibição.
Neste mesmo salão está uma parede com o número exato de pessoas que morreram nos atentados em cor azul com a seguinte frase no meio: “Nenhum dia poderá te apagar da memória do tempo”, do poeta romano Virgílio. Só de me lembrar desse mural eu fico arrepiada.
Um setor bem recolhido é dedicado às vítimas dos atentados de 11 de setembro, onde é proibido fotografar. Fotos de cada indivíduo estão expostas lá e é um lugar de silêncio e respeito.
Há também um corredor cronologicamente organizado contando cada detalhe do que aconteceu no dia 11 de setembro em Nova York, desde uma foto descompromissada de Manhattan de manhã bem cedo, até vídeos caseiros dos aviões colidindo com as torres, a reação do governo americano, os jornais pelo mundo e as ligações de dentro dos aviões seqüestrados.
A exposição ainda fornece explicações sobre a Al Qaeda, Osama bin Laden e suas intenções por trás dos ataques. São exibidas imagens de segurança dos aeroportos que apresentam os terroristas embarcando minutos antes do desastre.
No fim, e isto muitos não sabem ou não se lembram, mas o ataque de 11 de Setembro foi o segundo atentado terrorista ocorrido no World Trade Center. O primeiro foi em 1993, em escala bem menor, mas também bem explicado no museu.
É tudo muito, muito intenso.
Vale a pena visitar o Museu?
É uma atração imensamente necessária. Dolorosa, mas necessária.
O visitante sai meio atordoado diante de tanta informação e com tanta coisa pra processar depois de ver tanto sofrimento e crueldade. Pegar as escadas rolantes rumo ao ar puro e o céu aberto é libertador depois de horas na escuridão, nos porões do museu.
One World Observatory
Ao lado do Memorial 11 de Setembro, no local onde ficava o World Trade Center 6, está o edifício mais emblemático do complexo após a reconstrução do Marco Zero: o One World Trade Center.
O One World Trade Center é atualmente o prédio mais alto de Manhattan. São 104 andares, ocupados majoritariamente por escritórios comerciais.
Para os turistas o destaque fica no seu 102º andar. Lá está o observatório mais alto da cidade, de onde é possível ver Nova York de um ângulo muito diferente do habitual.
O observatório exige que a visita seja reservada com antecedência para controle do limite de pessoas no local. No ingresso o dia e a hora de visitação são escolhidos no momento da compra. Logo, programe seu dia com antecedência.
Como é a visita ao observatório do One World Trade Center
Nós programamos nossa ida ao observatório para o final da tarde para ver o pôr do sol e não nos arrependemos.
O passeio nos surpreendeu muito, desde o início, pois um dos pontos altos do tour foi logo o elevador. É inacreditável!
Ele sobe os 102 andares em 47 segundos e é cercado de telas que mostram um filme de Nova York sendo construída desde antes da colonização até os dias de hoje, como se estivéssemos em uma máquina do tempo. É muito interessante e deixa todo mundo embasbacado!
Ao chegar ao corredor que dá acesso a entrada do observatório, os turistas são convidados a assistir a uma apresentação. Não vou contar detalhes não, porque o incrível de tudo é a surpresa no final. Difícil não ficar boquiaberto na frente do que é mostrado.
De lá, finalmente entramos no observatório. Cada pessoa fica recebe um tablet que explica cada um dos monumentos vistos pelas enormes janelas do World Trade Center. É só apontar para onde você quer e tocar na figura no dispositivo.
Além disso, na parte central do observatório fica um painel circular com um especialista na cidade de Nova York explicando suas atrações. Falam de seus bairros mais famosos e acontecimentos inesquecíveis. Serve como uma ótima introdução à cidade. Qualquer um pode sentar na apresentação e tirar suas dúvidas.
O observatório possui dois locais para refeições:
- O One Café, o café do observatório, que serve lanches rápidos
- O One Mix e One Dine, respectivamente bar e restaurante com vista panorâmica de toda Manhattan. Ótimo para pedir um coquetel, petiscar ou até mesmo jantar.
Com os pratos e drinks todos inspirados em Nova York, é imperdível passar um tempo por lá só aproveitando a vida. É necessário que o restaurante seja agendado com antecedência com horário marcado.
Ao descer, o elevador mostra novamente uma apresentação em 360°, mas dessa vez focando no prédio.
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11 de setembro de 2001: o que aconteceu?
O dia 11 de setembro de 2001 começou como um dia normal no mundo. Em Nova York, o céu estava lindamente azul e a vida seguia normal.
A história do mundo começou a mudar às 8:46 da manhã, quando um avião comercial colidiu com a torre norte do World Trade Center. Era um dos conjuntos de prédios mais simbólicos dos Estados Unidos e do mundo, e um dos mais altos também.
Todos acharam que era um acidente, até outro avião se chocar com a torre sul do complexo, às 9:06 da manhã.
A partir dali, os Estados Unidos confirmaram que estavam sofrendo um ataque terrorista, o maior em solo americano e um dos maiores do mundo.
Ao fim do ataque, ambas as torres estariam no chão e quase 3 mil pessoas mortas. Dentre elas estavam os passageiros dos 4 aviões (2 que colidiram com as Torres Gêmeas; um que colidiu com o Pentágono, em Washington; e um quarto que caiu num campo na Pensilvânia), milhares de pessoas que trabalhavam nas torres e arredores, assim como bombeiros e policiais que socorreram as vítimas, e os 19 sequestradores que executaram a ação.
Bem rapidamente foi descoberto que o plano havia sido elaborado e conduzido pela Al Qaeda, uma rede terrorista baseada no Afeganistão e fundada pelo bilionário saudita Osama bin Laden. Seu objetivo era desestruturar o mundo ocidental e abalar a imagem dos Estados Unidos.
O 11 de setembro de 2001 foi o maior acontecimento que me recordo em vida, e acredito que foi também para a maior parte das pessoas que nasceu antes da metade dos anos 1990. É impossível que alguém que tivesse condições de guardar memórias do dia do atentado, não se recorde de onde estava no exato momento.
O Museu e o Memorial do 11 de Setembro contam toda a história da data e do principal local deste atentado. É um dos museus mais incríveis e completos que já tivemos a oportunidade de visitar.
Hoje, o dia 11 de setembro é feriado nos Estados Unidos, conhecido como Patriot Day. Neste dia o museu não abre, e 2 fachos de luz são projetados em direção ao céu, representando as Torres Gêmeas.
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