Rotorua é a cidade com mais características e maior concentração populacional maori do país. O Rotorua Museum é um dos mais completos centros em relação à cultura maori. Nele uma linha do tempo pode ser traçada desde a chegada deste povo à Nova Zelândia até os dias atuais.
A Casa de Banho
A cidade de Rotorua nasceu a partir de uma casa de banho (hoje o museu) construída para um restrito grupo de aristocratas que desejava o surgimento de uma casa de banhos no Hemisfério Sul. Antes da construção da edificação, praticamente nada existia na área.
No final do século XIX muitos europeus vinham até a localidade para se banhar nas águas dos lendários terraços brancos e rosas, que foram destruídos em uma enorme erupção vulcânica do Mt Tarawera.
A casa de banho surgiu para que mais pessoas pudessem se tratar em um local criado pelo melhor especialista em banhos terapêuticos da época. O prédio possui uma belíssima arquitetura nos estilos eduardiano/elizabetano, moda na época de sua construção na Inglaterra.
Após sua inauguração, milhares de magnatas seguiam da Europa até Rotorua, para receberem banhos em águas termais, em banheiras de lama e até choques elétricos na tentativa de se tratarem milagrosamente. Em 1949 os tratamentos ali feitos já haviam caído em desuso e o spa foi fechado.
Em 1969 foi reaberto já transformado em um museu que, no entanto, dividia espaço com uma boate (?) – um tanto perigoso ambientar duas coisas tão incomuns num mesmo espaço, não? – Em 1990 alguém percebeu tal incoerência, decidiu fechar a boate e expandir o museu para seu formato atual.
O museu
Localizado no meio dos Government Gardens, jardins imensos na beira do lago de Rotorua, o museu oferece tours de graça em determinados horários. Os guias explicam toda a cronologia do local, mostrando antigas alas onde o spa funcionava, com suas banheiras antigas e seus tubos por onde passavam as águas do subterrâneo.
É possível ainda subir ao terraço, de onde se é possível ver todo o jardim e o lago.
A cultura maori no Rotorua Museum
Depois dessa viagem no tempo, somos introduzidos à outra, sobre os maori. Nesta ala fotografias são proibidas, pois para a cultura maori a fotografia retira o sagrado de suas peças e obras.
Aprendemos histórias desde a mítica região de onde os maori vieram, chamada Hawaiki até a chegada em Aotearoa (a Nova Zelândia, na língua nativa), seu estabelecimento, seus costumes, vestimentas, alimentação, meios de transporte e artilharia. Toda sua trajetória é contada até a chegada dos europeus e a transformação do país.
É realmente uma pena não poder ser fotografado, pois as salas são lindamente decoradas com painéis gigantescos, canoas em acrílico transparente e as mais diversas fotografias de comunidades maoris.
Para mais informações, o site do museu é bem completo e vale a pena dar uma olhada.
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