Muitos dos que visitam a Bélgica procuram saber o que fazer em Bruges também, por ser uma das cidades mais lindas da Europa. Mantida como uma cidade medieval, cheia de ruelas e castelos, é impossível não se imaginar em um conto de fadas ao passear por lá.
Muitos fazem somente um bate e volta na cidade saindo de Bruxelas, Paris ou Amsterdam, mas há muito o que fazer em Bruges, o que pode valer dormir uma noite na cidade e ver as edificações e estruturas que remetem ao período com arquitetura medieval durante à noite também.
Sua vocação como destino turístico pode ser explicada também por sua alcunha de “Veneza do Norte”. A cidade, que conta com pontos turísticos importantes como igrejas, parques e canais, tem também um Patrimônio da Humanidade escolhido pela Unesco, o Beginjnhof, que falaremos adiante neste texto.
Como não poderia deixar de ser com uma cidade belga, atrações gastronômicas e a cerveja belga também podem ser bons itens para incluir no seu roteiro de viagem. Galerias e museus de arte fazem parte do roteiro que montamos neste artigo.
Ao final, traremos algumas dicas sobre a melhor forma de chegar em Bruges partindo de Bruxelas, Paris e Amsterdam.
O que fazer em Bruges: As 13 melhores atrações turísticas
Neste artigo trouxemos uma lista de 13 atrações e locais para visitar em Bruges. Boa parte deles pode ser vista rapidamente, sobretudo pela proximidade de um ponto turístico e outro.
Para quem tem pouco tempo, indicamos o tour guiado de 2h pela cidade, em inglês ou espanhol.
Eu recomendo que você separe entre 1 e 3 dias para conhecer a cidade como um todo.
- Grote Markt
- Bruges Historium
- Campanário de Bruges
- Praça Burg
- Basílica do Sangue Sagrado
- Igreja de Nossa Senhora
- Rua Steenstraat
- Ponte de São Bonifácio
- Beginjnhof
- Groenerei Canal e Minnewater
- Museu Groeninge
- Passeio de barco pelos canais
- De Halve Maan
Saiba mais: Onde ficar em Bruges, 3 melhores regiões e hotéis.
1. Grote Markt
O primeiro ponto turístico de Bruges a ser citado aqui não poderia ser diferente. A Grote Markt (em português “A Grande Praça”) é o centro histórico da cidade. Além disso, o local também é o núcleo original da cidade, de onde todo o resto se desenvolveu a partir dali.
Ao redor da praça é possível encontrar outros pontos turísticos importantes, como a Provinciaal Hof (Tribunal Provincial), uma construção em estilo gótico que hoje é um museu com obras de Salvador Dali, e o Historium Bruges, que falaremos posteriormente neste artigo.
As casinhas coloridas são um espetáculo a parte e são ótimas para tirar fotos. A maior parte das construções são bastante antigas (séculos XVI e XVII principalmente), mas muito bem conservadas.
Além das atrações turísticas e para tirar fotos, há na região uma série de bons cafés e restaurantes que funcionam a qualquer hora do dia.
Embora a gastronomia belga não seja tão conhecida do público brasileiro (apesar da batata frita), recomendo que você entre em algum restaurante que vende waffles e experimente. Certamente os waffles de lá e da Holanda são diferentes de qualquer outro ao redor do mundo.
As cervejas belgas também são conhecidas por sua qualidade e terem variedades marcantes e diferentes das de outros países. Vale a pena se sentar em um bar e experimentar alguns dos rótulos artesanais.
Uma outra opção para isso na Grote Markt é o Bruges Beer Experience, onde os visitantes podem experimentar alguns ingredientes e cervejas belgas marcantes.
2. Bruges Historium
O Historium Bruges é um dos museus que você pode visitar em Bruges para conhecer um pouco mais dos atos históricos da cidade e até mesmo da Bélgica como um todo. A proposta desse museu é levar os visitantes a uma imersão na época medieval belga.
Cenários feitos em realidade virtual remetem a essa época, com personagens tipicamente medievais. De certo modo, podemos dizer que nesse museu você está visitando o passado utilizando uma tecnologia atual.
Algumas das histórias e os personagens são fictícios, o que pode decepcionar alguns turistas mais exigentes. No entanto, vale lembrar que o passeio tem, entre outras finalidades, levar entretenimento aos visitantes. Ou seja, mesmo que conte as histórias locais, não deve ser encarado como uma visita em que você terá 100% de entrega de valor histórico.
Alguns objetos da época também podem ser vistos no museu. A maior parte dos visitantes aponta que esse passeio é muito apropriado para crianças, que ficam encantadas com os cenários de realidade virtual, entretendo-as por completo.
O Historium Brugges oferece audioguia em português do Brasil mediante solicitação ou via QR Code. Após a visita, você pode ir até o bar do museu e aproveitar para beber uma bebida e contemplar a vista para a Grote Markt, que fica em frente ao museu.
3. Campanário de Bruges
Poucas edificações de Bruges são tão marcantes quanto o Campanário de Bruges (Belfort van Brugge em holandês). Fundado no século XIII, quando Brugges era um dos mais importantes centros de indústria têxtil, este símbolo da igreja católica passou por um incêndio 40 anos após a sua inauguração, em 1280.
Também situado nas proximidades da Grote Markt, visitar a torre vale a pena tanto pelo lado externo, em estilo medieval, quanto pelo lado interno. Um primeiro desafio é subir mais de 350 degraus para chegar até o topo da torre, mas a vista ao final é recompensadora.
Por ser uma das construções mais altas da cidade, lá de cima você consegue ver a cidade inteira, uma vista realmente incrível. O melhor horário para se fazer isso é perto do pôr do sol, pois é o horário onde pode-se conseguir tirar as melhores fotos, com o rio ao fundo na parte sul da torre.
4. Praça Burg
A Burg Square é outra praça de Bruges, localizada a apenas alguns metros da Grote Markt.
Nessa parte da cidade há algumas atrações principais. A Prefeitura Municipal de Bruges, por exemplo, é um edifício em estilo gótico fundado em 1376.
Mesmo que por fora o edifício já seja um tanto quanto imponente, a prefeitura é muito mais interessante internamente. Os detalhes internos são todos em estilo gótico, bastante marcante e refinado. Para quem admira esse tipo de estilo, a visita é um prato cheio.
Lá dentro, existe um museu que fala tanto das mudanças administrativas ocorridas desde a fundação da cidade, além de trazer obras de arte que também ajudam a contar a história de Bruges e do condado de Flandres, onde a cidade está situada.
Ao redor da praça há alguns bares e restaurantes e pode ser interessante visitá-los. No entanto, por ser uma zona mais turística, a Grote Markt conta com mais opções e uma maior variedade culinária para conhecer.
Por fim, outro ponto turístico nessa praça é a Basílica do Sangue Sagrado, que falaremos no próximo tópico.
5. Basílica do Sangue Sagrado
Olhando rapidamente, esta basílica pode passar até um pouco despercebida. Por haver tantas construções em estilo gótico e neogótico na cidade e até mesmo na Praça Burg, onde ela se localiza, o tamanho da igreja não faz jus à sua beleza, principalmente interna.
Além disso, pelo fato da fachada ser pequena e estar “espremida” pela prefeitura de Bruges, para encontrá-la deve-se ficar muito atento. Não se parece tanto uma igreja convencional, mas vale a pena visitar.
Acredita-se que um frasco nesta basílica guarda um tecido com o sangue de Jesus Cristo. Isso faz com que muitos católicos visitem o local para ver o frasco. Para isso, os turistas precisam pagar 2 euros.
Vitrais e murais dentro da igreja e o seu altar imponente ajudam a igreja a ganhar muitos pontos em beleza e interesse turístico.
6. Igreja de Nossa Senhora
Outra igreja importante da cidade de Bruges, a Igreja de Nossa Senhora é uma obra dos tempos do Renascentismo. Construída entre os séculos XIII e XV, a igreja tem importância não só religiosa, mas também política.
Debaixo dos seus pisos foram sepultados alguns dos duques de Borgonha (o Ducado da Borgonha foi um dos feudos independentes mais importantes da Europa na Idade Média e sua dissolução se deu em 1477).
O seu interior parece simples, lembrando algumas igrejas comuns. No entanto, algumas esculturas e obras de arte sacra fazem toda a diferença na hora de avaliar essa visita.
A mais famosa delas é a escultura em mármore branco “Madona e o Menino”. Essa, que é uma das principais obras de Michelangelo, representa Maria, a mãe de Jesus Cristo segundo o cristianismo.
A peça fica numa parte restrita da igreja, que também serve de museu (com ingresso pago). Ela pode ser vista de perto pelos visitantes, mas como é de se imaginar não pode ser tocada de forma alguma.
7. Rua Steenstraat
Para quem gosta de “bater perna” e fazer algumas compras na sua viagem, esse é o local mais adequado em Bruges. Além de ter algumas lojas boutique e outras fast-fashion, a Rua Steenstraat também tem excelentes opções para experimentar comidinhas de rua.
Na rua Steenstraat e nos seus arredores há também alguns restaurantes, cafés e redes de fast-food, além de galerias e lojas de departamento gigantescas. Vale a pena visitar essa parte de Bruges quando estiver prestes a voltar. Isso fará com que você se organize melhor com relação ao seu tempo e não ficar muito tempo por conta das compras.
8. Ponte de São Bonifácio
Esse é um dos principais cartões postais de Bruges e pouco disso se deve à própria ponte, mas sim a vista que ela propicia. A ponte fica em cima de um canal e diversos edifícios que abrilhantam mais a paisagem.
É um ótimo local para fazer fotos, mas isso também pode ser um desafio dependendo do horário. Isso porque a ponte é bem pequena e estreita e, ao mesmo tempo, sempre tem gente querendo tirar fotos por lá.
Por isso, o ideal é chegar bem cedo ou à noite. O horário em que o sol se põe, inclusive, é uma excelente pedida pois dá pra tirar fotos tanto sob a luz natural quanto a iluminação artificial dos prédios ali por perto.
9. Beginjnhof
O Beginjnhof é uma espécie de monastério fundado em 1245 onde vivem monjas. O contato das freiras com os turistas é bastante restrito, mas a visita a este local vale a pena principalmente pela paz de espírito que ele traz. Um lugar simplesmente mágico e silencioso, com majestosas árvores balançando com o vento.
Com jardins e árvores frondosas, o Beginjnhof é uma boa pedida para se sentar e meditar ou fazer as suas orações, independentemente de qual seja a sua crença. Por lá existe também uma igreja com um altar barroco, onde se rezam missas diariamente.
As casinhas do monastério, bastante singelas e pintadas de branco contrastam-se com a grama verdinha e os girassois, que costumam aparecer principalmente na primavera.
10. Groenerei Canal e Minnewater
Você é do tipo de pessoa que ama parques e sempre precisa incluir algum deles em suas viagens? O Minnewaterpark é um dos lugares que irão fazer você se sentir mais calmo e tranquilo em Bruges.
O nome “Minnewater” tem uma origem um tanto quanto peculiar. Ele vem do nome de uma mulher chamada Minna, que teria tido um casamento arranjado pelo pai, mas que ao mesmo tempo havia se apaixonado por outro rapaz.
A forma que Minna encontrou para fugir do casamento foi entrando na floresta desconhecida, onde hoje há o parque. De acordo com a história, o homem pelo qual ela era apaixonado (Stromberg) foi atrás dela e a encontrou quase sem vida pela exaustão causada pela fuga. Pouco depois de encontrá-la, Minna morreu e Stromberg deu o nome do local de “Minnawater” em sua homenagem.
Com isso, iniciou-se uma lenda validada pelos habitantes de Bruges: acredita-se que todo casal que passar pelo “lago do amor” irão viver um amor eterno, como num conto de fadas. Se é verdade não sabemos, mas se você estiver viajando em casal, talvez valha a pena testar a tradição, não é?
Além do lago Minnewater, há locais do parque onde pode-se fazer piqueniques, andar de bicicleta ou simplesmente caminhar admirando as paisagens.
De lá também é possível ver alguns dos canais mais importantes da cidade como o Groenerei e De Dijver. Em determinadas partes, você pode aproveitar para tirar fotos com a água dos canais e as edificações. A verdade é que a beleza da paisagem como um todo valerá muito a pena.
11. Museu Groeninge
Para quem gosta de incluir museus com obras de arte em seu roteiro de viagem, o Museu Groeninge é passagem obrigatória.
Mesmo que seja um museu relativamente pequeno perto dos grandes museus das capitais europeias, ele abriga alguns traços e pintores muito importantes para a história da arte belga.
Inaugurado em 1929, o museu abriga principalmente pinturas de artistas da região de Flandres, mas conta também com outros tipos de obras, inclusive de estrangeiros.
Esculturas e objetos de arte sacra fazem parte do acervo, que tem em Jan van Eyck, Hans Memling e Gérard David como os mais famosos artistas que tem algum objeto exposto por lá. Não há um estilo único nesse museu, que vai desde pinturas neoclássicas ao realismo, passando pelo expressionismo flamengo e o modernismo belga.
As pinturas são incríveis e muito bem conservadas, fazendo com que a visita valha a pena.
A visita não é guiada, mas você pode escanear um QR code ao lado das obras para entender melhor a história de cada uma das obras. Além disso, parte do acervo já é coberto por um audioguia em inglês, francês e holandês.
Para visitá-lo é necessário comprar ingresso, que custa 14 euros. O museu fica aberto de terça a domingo, sempre das 9h30 às 17h.
12. Passeio de barco pelos canais
Uma das boas formas de aproveitar um dia ensolarado é por meio dos passeios de barco que você pode fazer em Bruges. Nesse tipo de passeio, normalmente guiado, é possível conhecer um pouco melhor sobre as partes que circundam o centro histórico da cidade.
Partindo da praça central (Grote Markt), um guia começará a mostrar os principais pontos dessa região da cidade e contar as histórias que envolvem a era medieval e a construção dos principais edifícios locais.
No mesmo passeio, o guia leva os turistas ao Vismarkt Bruges (um mercado de peixes), cuja estrutura arquitetônica é um tanto quanto peculiar – 126 colunas em um estilo que lembra as construções gregas.
Feita esta primeira apresentação da cidade, é hora de embarcar num barco aberto para conhecer mais da cidade. O passeio de barco dura cerca de 35 minutos e conta com a presença de um guia também na parte feita a pé, que dura 1h30.
13. De Halve Maan
Mais uma vez, precisamos falar sobre a maravilha que é estar em um país repleto de boas cervejas. Mesmo para quem não é um grande fã da bebida, mas ingere álcool, é interessante passar por alguma cervejaria e experimentar opções diversificadas delas.
Conhecida por abrigar a fabricação da “cerveja mais autêntica de Bruges”, a De Halve Maan é o lugar perfeito para conhecer mais sobre as técnicas de fabricação das cervejas e aproveitar para experimentar algumas delas.
Além do tour guiado pela fábrica, onde se explica a história da empresa e das cervejas, o local conta com um restaurante que traz uma culinária tipicamente flamenga (nome dado aos habitantes dessa região da Bélgica).
Muito bem avaliado pelos visitantes, o restaurante traz um menu bastante diversificado, que inclui opções de queijos, carnes e purês com ótimo tempero. Não espere uma experiência de estrelas Michelin aqui, mas algo que deve realmente fazer você experimentar o que há de melhor na gastronomia local.
Como chegar em Bruges
Bruxelas fica a 1h30 de carro de Bruxelas e por isso, não deve ser um grande empecilho para você ir até lá de carro ou ônibus. Mas a melhor forma para chegar lá é de trem, que demora cerca de 1h.
De outras cidades, a viagem de trem é mais proveitosa também. Com viagens que duram cerca de 1h, 2h30 e 3h15 saindo de Bruxelas, Paris e Amsterdam respectivamente, o trem passa por paisagens muito interessantes, independente de qual seja o seu local de partida.
Além disso, o conforto dessa viagem é muito superior ao que você deve encontrar nas viagens de ônibus. A maior parte dos trens oferece um ótimo espaço, além de restaurantes e lanchonetes na parte interna.
Além destas opções, existem os tour fechados que saem de Bruxelas, Amsterdam e Paris. Com guia e tempo organizado pela empresa, são uma ótima pedida para quem não quer se estressar.
Você pode se programar para fazer esses passeios nos links abaixo:
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