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Rio de Janeiro

O que fazer em Paraty: 13 melhores atrações + Trindade

O que fazer em Paraty: As ruas do Centro Histórico vistas de cima

Mesmo quem não sabe o que fazer em Paraty, ao começar a programar um roteiro de viagem pela cidade vai logo notar que a cidade oferece atrações turísticas adequadas para os mais diferentes tipos de visitantes.

No Centro Histórico da cidade o turista conhece os principais pontos turísticos e experimenta um pedaço dos encantos e tradições da pequena vila colonial fundada em 1667.

A arquitetura dos prédios e igrejas, as festas religiosas, os costumes e crenças das comunidades tradicionais – desde as originárias às quilombolas, se complementam em um cenário tropical exuberante.

E se não quiser fazer nada e relaxar, praias paradisíacas na Trindade, no Saco do Mamanguá e no Paraty-Mirim te esperam de braços abertos, assim como as cachoeiras Poço da Jamaica e Tobogã.

O que fazer em Paraty: 14 lugares para conhecer na cidade

O que fazer em Paraty: o Centro Histórico com suas casas brancas e portas e janelas coloridas

Em Paraty o visitante encontra de tudo um pouco. A cidade tem pontos turísticos para turista nenhum botar defeito: arquitetura, festivais, gastronomia, praias, trilhas e muita história.

Abaixo fizemos uma seleção com os melhores lugares para conhecer em Paraty para quem precisa de uma ajudinha na hora de montar seu roteiro de viagem:

  1. Centro Histórico
  2. Igrejas do Centro Histórico
  3. Casa de Cultura
  4. Teatro Espaço
  5. Festivais
  6. Praias Urbanas e Museu Forte Defensor Perpétuo
  7. Mercado do Produtor Rural e Feira
  8. Passeios de barco pela baía de Paraty
  9. Quilombo do Campinho
  10. Rota dos Alambiques
  11. Caminho do Ouro
  12. Paraty-Mirim
  13. Saco do Mamanguá
  14. Trindade

1. Centro Histórico

A famosa Rua do Fogo
A Rua do Fogo

Com suas quadras bem desenhadas, o Centro Histórico de Paraty conserva seu casario dos séculos XVII e XVIII, hoje ocupado por restaurantes charmosos e lojas de todos os tipos.

Andar pelo bairro é rezar para não torcer o pé enquanto os olhos se perdem observando as portas, janelas, eiras e beiras. É tentar entender o que significam os símbolos maçons desenhados nas esquinas das casas. É ir à Rua do Fogo, a mais charmosa de todas. É sentar na Praça da Matriz, em frente ao único cinema da cidade, enquanto olha a vida passar.

As lendas e histórias do Centro são muitas, um passeio guiado gratuito, do tipo free walking tour, pode ser uma boa opção para ouvir algumas delas.

Lugares para comer no Centro Histórico

Os restaurantes do Centro Histórico te fazem entender a razão de Paraty ter o título de Cidade Criativa da Gastronomia.

Recomendo reservar um pouco do orçamento para ir ao premiado Banana da Terra e comer o prato típico e mais famoso do local, o peixe com banana.

Se não for possível comer os pratos da chef Ana Bueno, faça uma visita à Caiçarinha, o pequeno armazém anexo a seu restaurante e peça uma a coxinha. Tudo é de comer rezando.

Além destas, entre meus restaurantes preferidos, também estão:

  • O Oui Paraty – bistrô-creperia comandado por um francês
  • O italiano Punto DiVino
  • E os tailandeses Thai Brasil e Thai Paraty.

Tudo arrematado pela melhor e mais tradicional sorveteria da cidade, a Miracolo, situada na Rua do Comércio, bem próxima a padaria mais antiga da cidade.

Com seus 120 anos, a Padaria Esperança vende o afetivo biscoito centenário e doces típicos de Paraty como o Manuê de Bacia e o Massapão.

Lugares para fazer compras

Para quem gosta de comprinhas, a loja Ao Cubo tem souvenirs com um design bem cuidado e diferente.

Diversos armazéns vendem as famosas cachaças que fizeram Paraty ser sinônimo da bebida. Em quase todos, é possível fazer degustações. Não deixem de levar uma Gabriela para casa junto com a receita do drink mais famoso da cidade, o Jorge Amado.

2. Igrejas do Centro Histórico

A Igreja Matriz de Paraty com barquinhos em sua frente
Igreja Matriz de Paraty

Existem quatro igrejas situadas no perímetro do Centro Histórico de Paraty:

  • Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
  • Igreja de Nossa Senhora das Dores
  • Igreja de Santa Rita
  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito

Os edifícios religiosos foram construídos por diferentes irmandades, em diferentes épocas e valem ser incluído em um passeio pelo Centro de Paraty.

Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios

A neoclássica Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios é a mais imponente do Centro Histórico de Paraty, construída onde havia uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios.

A igreja ainda passou por uma segunda reforma no século XVIII, pois havia ficado pequena demais para receber os fiéis da cidade. A Matriz é palco de uma das tradições mais antigas, a Festa do Divino.

Igreja de Nossa Senhora das Dores

A Igreja de Nossa Senhora das Dores é mais conhecida como Capelinha e fica bem perto da Praça da Matriz. Saindo de lá e seguindo pela Beira-Rio em direção ao mar, a igreja pode ser avistada ao chegar à Rua Fresca.

Construída em 1800 e reformada no início do século XX, a Capelinha é a mais nova das quatro igrejas do Centro de Paraty.

O espaço abre somente aos sábados e a entrada é gratuita.

Igreja de Santa Rita

A Igreja de Santa Rita também fica a beira-mar e é o principal ponto turístico de Paraty.

Construída em 1722 em estilo rococó com fachada em estilo jesuítico colonial, a Igreja de Santa Rita é a mais antiga da cidade. tendo servido como Igreja Matriz de Paraty durante algum tempo.

Dentro da Igreja funciona o Museu de Arte Sacra, com mais de 700 peças reunidas das irmandades religiosas que existiam em Paraty até 1960.

Além de abrigar o espaço religioso, o largo de Santa Rita serve como cenário para shows e festivais, como o Bourbon e MIMO.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito

Na Rua do Comércio fica a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito. A pequena igreja da irmandade dos homens pretos de Paraty começou a ser construída em 1725 e é a única com altares dourados, já do início do Século XX.

A festa de São Benedito é uma das mais antigas de Paraty. Entre suas celebrações está a coroação do Rei do Congo, que desfila com sua Rainha pelas ruas da cidade numa tradição que remonta aos tempos da escravidão.

3. Casa da Cultura

A Casa da Cultura funciona em um casarão de 1754 que foi reformado e reinaugurado em 2003. O edifício é hoje o principal centro de exposições de Paraty.

Sede da primeira edição da feira literária de Paraty, a Casa da Cultura tem exposições que destacam artistas locais, as manifestações populares e tudo que envolve o patrimônio material e imaterial de Paraty e da região.

Como um bônus, vale visitar o segundo andar do casarão para ter uma vista linda do Centro Histórico e garantir fotos incríveis.

Na Casa da Cultura a entrada é gratuita e o lugar não abre às segundas. 

4. Teatro Espaço

Único teatro de Paraty, o Teatro Espaço é a casa do premiado Grupo Contadores de Estórias, fundado por Marcos e Rachel Ribas. Depois de saírem de Brasília e passar por Nova York, Holanda e América Latina, pararam na tranquila Paraty dos anos 1980, onde decidiram se fixar e montar sua companhia teatral.

O teatro de bonecos, premiado no Brasil e no mundo, possui 94 lugares e também recebe companhias de dança e teatro de outros estados e países, além de festivais.

5. Festivais

As ruas do Centro Histórico enfeitadas para a Festa de São Benedito
Ruas enfeitadas para a Festa de São Benedito

Paraty é uma cidade com vocação para a festa. Seja por suas celebrações religiosas, como a centenária Festa do Divino, seja por suas celebrações profanas, como o Festival da Pinga e o Carnaval, o mais animado da Costa Verde.

Com a chegada da Flip, seu calendário cultural se tornou ainda mais diverso e, praticamente, não existe um mês sem festividades na cidade.

Na verdade, algumas vezes, dois eventos acontecem simultaneamente. Observadores de pássaros e fotógrafos já dividiram o mesmo fim de semana, enquanto festivais musicais aconteceram junto às procissões no Centro Histórico.

Com big bands de jazz circulando pelas ruas, o Bourbon Festival acontece em maio, já o famoso Festival da Pinga em agosto. Seu negócio é misturar viagem e gastronomia? Prepare-se para o Festival do Camarão em junho ou para o Festival Gastronômico em outubro.

Não importa para quando você marcou suas férias, é bem provável que haverá festa em Paraty.

A Prefeitura costuma divulgar com antecedência o calendário cultural para o ano seguinte, então não há desculpas para não se organizar.

6. Praias Urbanas e Forte Defensor Perpétuo

A Praia do Pontal com barcos de pescadores
A Praia do Pontal

As praias urbanas de Paraty, como a Praia do Pontal e a Praia do Jabaquara, podem não ser as mais bonitas da cidade, mas são as queridinhas para encontro dos moradores que vivem na região, devido à facilidade de acesso e à estrutura de restaurantes e quiosques nas orlas.

Além de reduto de lazer para paratienses, as duas praias são conhecidas pelo mar calmo resultando em local propício a prática de esportes como canoagem e stand up paddle.

Praia do Pontal

A Praia do Pontal fica logo a esquerda do Rio Perequê-Açu. Uma caminhada breve faz com que rapidamente o visitante possa sentar em um quiosque e apreciar a vista enquanto espera por um camarão casadinho ou uma moqueca.

O Restaurante do Seu Ditinho, já quase ao fim do Pontal, tem suas mesas na areia além do espaço do restaurante que fica em frente à praia.

Forte Defensor Perpétuo

O Forte Defensor Perpétuo com um gramado verde, árvores abundantes e céu azul
O antigo Forte Defensor Perpétuo

Após um almoço no Pontal, se a preguiça deixar, o viajante pode subir o morro da Jabaquara e a poucos metros fazer uma visita ao Morro da Vila Velha, lugar onde estava localizado o primeiro povoamento português da região.

Após o povoado se deslocar para o nível do mar, foi construído ali, nas últimas décadas do século XVII, o Forte Defensor Perpétuo. Único remanescente dos sete fortes que defendiam a cidade, o prédio hoje funciona como museu.

Praia do Jabaquara

Depois de apreciar a vista da baía de Paraty e da cidade, desça o Morro da Vila Velha e pegue o caminho em direção a Praia do Jabaquara. O morro separa as duas praias e o caminho é bonito.

A Praia do Jabaquara tem uma faixa de areia bem mais extensa do que a do Pontal e não deixa nada a desejar em opções de quiosques.

Sente em uma das espreguiçadeiras disponibilizadas pelos restaurantes a beira mar, peça um Jorge Amado e aprecie o fim da tarde com a brisa vinda da baía.

7. Mercado do Produtor Rural e Feira da Agricultura Familiar

O mercado do produtor rural fica ao lado da rodoviária de Paraty. O espaço dá a oportunidade de comprar queijos de Cunha, farinha de mandioca produzida na região, entre outros ingredientes que fazem a culinária paratiense ser reconhecida no país todo.

Recomendo que a visita seja numa sexta-feira, quando normalmente acontece a Feira da Agricultura Familiar. Na feira, o meu destaque vai para Dona Angeli, que simplesmente faz os melhores temperos da cidade, que são usados em muitas cozinhas do Centro Histórico. Recomendo demais passar na banca dela e levar para casa pelo menos uns três tipos diferentes.

8. Passeios de Barco pelas ilhas de Paraty

Paraty ao longe vista do mar
Paraty vista dos passeios de barco ao pôr do sol

Andando pela Avenida Roberto Silveira, o turista encontrará diversas agências que oferecem todo o tipo de passeio de barco pelas praias e ilhas da baía de Paraty.

Para conhecer mais a fundo a orla de Paraty, o visitante pode embarcar em um passeio de escuna ou, se quiser algo mais exclusivo, reservar um passeio de lancha só para o seu grupo. Há preços para todos os bolsos.

Normalmente, no passeio padrão você passa quatro horas no mar e visita duas praias e duas ilhas.

Os roteiros mais comuns costumam incluir visitas em lugares como:

  • Praia da Lula
  • Praia Vermelha
  • Ilha do Algodão
  • Ilha Comprida (onde fazem paradas para snorkel).

Rotas personalizadas para praias fora do circuito mais turístico também podem ser combinadas diretamente com barqueiros no cais ou às margens do Rio Perequê-Açu.

PS: Em tempos de pandemia, onde aglomerações são perigosas, pode ser mais vantajoso fretar uma traineira para você e seus amigos do que embarcar em um passeio de escuna com dezenas de desconhecidos.

9. Quilombo do Campinho

O Quilombo do Campinho foi fundado no fim do Século XIX por três mulheres: Vovó Antonica, Tia Marcelina e Tia Maria Luiza. Baseado em um regime matriarcal, todos os que vivem na comunidade são descendentes diretos dessas três precursoras.

Durante anos o Quilombo foi uma comunidade autossustentável. Atualmente, moradores oferecem o chamado turismo de base comunitária, onde é possível visitar o quilombo, conhecer técnicas de agroecologia, fazer oficina de jongo e ouvir as histórias contadas pelos Griôs, velhos contadores que guardam a sabedoria ancestral do local.

Talvez o grande destaque seja o restaurante comandado pela comunidade. O Restaurante do Quilombo é autogerido e usa produtos que vem direto de suas hortas. Dialogando com outros produtores locais, o lugar já virou parada obrigatória para os turistas, seja para uma roda de samba ou apenas para apreciar a feijoada local.

O Quilombo do Campinho está localizado no quilômetro 584 da Rio-Santos.

10. Rota dos Alambiques

Paraty foi uma das principais produtoras de aguardente do Brasil Colônia. Hoje, de seus mais de 100 alambiques, restam apenas 7 ativos.

Desde 1996, as cachaças da região de Paraty são reconhecidas como um produto único, autêntico e de qualidade. A pinga paratiense recebeu a primeira Identificação Geográfica de Procedência para aguardentes do Brasil.

Alambiques para visitar em Paraty

Para o turista que quer se aprofundar mais no tema, alguns alambiques são abertos a visitação e vêm cada vez mais investindo em degustações e experiências.

Na estrada Paraty-Cunha, temos os alambiques das cachaças:

Saindo um pouco desta rota podemos recomendar também:

  • A Coqueiro, tradicional, com seus 217 anos de existência,
  • A Maria Izabel, artesanal, cuja dona que batiza a marca recebe pessoalmente os visitantes e explica todas as etapas da produção da cachaça.

Onde comprar cachaças em Paraty

Você pode comprar as cachaças nas lojas dos alambiques ou então em uma das várias lojinhas que tem no Centro Histórico.

A minha preferida é a Empório da Cachaça, ampla e com atendentes que tiram todas as dúvidas sobre estilos, marcas e sabores.

11. Caminho do Ouro

O Caminho do Ouro foi uma trilha aberta pelos índios Guaianás e calçada pelos escravos entre os séculos XVII e XIX por determinação da Coroa Portuguesa que servia como ligação entre Ouro Preto e Paraty, na chamada Estrada Real.

O trajeto era o meio mais rápido e eficaz de acessar a região que é hoje conhecida como Vale do Paraíba e às Minas Gerais. Mas com a chegada de novas estradas e ferrovias, o Caminho do Ouro foi negligenciado durante décadas.

A estrada Paraty-Cunha passa pela mesma região, o que facilita o acesso às partes que restaram da trilha. Através da mata preservada que atravessa a Serra do Mar, no limite entre os estados de Rio de Janeiro e São Paulo, o visitante poderá desfrutar de cachoeiras como:

  • Poço da Jamaica
  • Cachoeira do Tobogã,
  • Poço do Tarzan,
  • Cachoeira da Pedra Branca
  • Poço do Inglês.

O passeio pela trilha é bem sinalizado, mas é sempre recomendado o acompanhamento de um guia que conheça a região. Há várias agências que fazem passeios de Jeep até as cachoeiras ou trilhas com profissionais especializados.

Se quiser uma visita apenas às cachoeiras, os ônibus da empresa Colitur fazem o trajeto para os bairros da Penha e Pedra Branca.

12. Paraty-Mirim

A praia de águas transparentes de Paraty-Mirim
A praia de Paraty-Mirim

O distrito de Paraty-Mirim está há cerca de 30 minutos de carro saindo do centro da cidade. De Paraty também há transporte público para o local, porém com um número bem reduzido de horários.

Paraty-Mirim tem uma das praias mais gostosas da cidade, apesar de não possuir uma faixa tão extensa. Dependendo da altura da maré, em algumas partes a areia some.

Na entrada para a praia, fica a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a mais antiga da cidade ainda em pé.

Com poucas opções de restaurantes e quiosques, é recomendado que se vá a Paraty-Mirim preparado para passar o dia por lá (leve sempre repelente, além do protetor solar e de comidinhas).

13. Saco do Mamanguá

O Saco do Mamanguá e o Pico do Pão de Açúcar
O Saco do Mamanguá visto dos passeios de barco, com o Pico do Pão de Açúcar ao fundo

O Saco do Mamanguá é um dos lugares mais especiais de Paraty.

O estuário fica em uma área de conservação e preservação localizada na Reserva da Juatinga e é berço de uma rica vida marinha. O local possui nove quilômetros de extensão, que se iniciam na boca do mar aberto e se estendem até os mangues ao fim do Mamanguá.

Um dos acessos mais fáceis e rápidos ao Saco do Mamnguá é feito a partir de Paraty-Mirim. De baleeira ou nas lanchas, é possível fazer um passeio pelas praias ou combinar uma ida e volta com os barqueiros que ficam no canto direito da praia.

A área dentro da Reserva da Juatinga ainda conserva a memória dos ciclos econômicos antigos em suas ruínas e comunidades nativas. A Praia do Cruzeiro, por exemplo, leva este nome devido a cruz fincada na fundação do povoado por João Luis Vilela, ex-escravo, em 1860.

Dali se escoava farinha de mandioca, aguardente fabricada nos engenhos de açúcar e peixe seco, forma tradicional de se conservar o alimento para vender o excedente em outras regiões.

Com o isolamento da região, muitas das pessoas que ali viviam deixaram suas terras para trás ou venderam a preços irrisórios para moradores de fora quando houve uma redescoberta do local no fim dos anos 1950.

A Praia do Cruzeiro é a parada principal por ter restaurante, camping, aluguel de canoas e também por ser onde começa a trilha até o alto do Pico do Pão de Açúcar, que possui uma vista lindíssima, mas é um caminho que exige algum preparo físico e é recomendado que se faça com um guia.

É possível ir para o Saco do Mamanguá a partir do cais turístico do Centro de Paraty. É uma viagem mais longa, mas que compensa muito com pequenas paradas até o destino principal.

14. Trindade

Uma das praias de Trindade vista de cima
A Praia Brava, em Trindade | Foto de Jaume Galofré pelo Unsplash

A Vila de Trindade é um distrito de Paraty, mas se desenvolveu tanto que muitos visitantes pensam que ela é uma cidade à parte.

Principal destino de surfistas e jovens, esta vila de pescadores costuma lotar em períodos de alta temporada devido à facilidade de acesso às praias balneáveis da região.

Para atender o enorme afluxo de turistas, Trindade tem uma boa infraestrutura de pousadas, restaurantes e comércio. Mas a região não conta com caixas eletrônicos, o sinal de internet e telefone podem te deixar na mão em alguns momentos e pode ser difícil de estacionar se a vila estiver muito cheia.

Se você não gosta de multidão e quer aproveitar as belezas do lugar com mais tranquilidade, recomendo ir fora de época e feriadões, especialmente ano novo e carnaval.

Como chegar em Trindade

Trindade está a 24 km de distância do centro de Paraty e é importante confirmar os horários dos ônibus que fazem os trajetos.

De carro, siga pela BR 101 em direção a São Paulo (se tiver saindo do centro de Paraty) e siga pelo sugestivo Morro do Deus Me Livre.

Para quem prefere fazer um bate e volta, pode contratar um tour guiado até Trindade saindo do centro de Paraty.

O que fazer em Trindade

A Praia do Cepilho, com alguns surfistas na água
Foto da Praia do Cepilho de Luiza Braun pelo Unsplash

Logo ao chegar em Trindade o visitante desemboca na Praia do Cepilho. A praia é linda, mas só é recomendada para os surfistas mais experimentados.

Na Praia de Fora e na Praia dos Ranchos o mar é mais tranquilo. Nestas praias estão os quiosques e barracas de Trindade e lá ficam concentrados todos aqueles que não dispensam uma cervejinha ou um petisco na praia.

Entre as praias mais acessíveis de Trindade, a Praia do Meio é a minha preferida por ser menos tumultuada que as outras.

Da Praia do Meio, você pode pegar a rota que leva até a cachoeira da Pedra que Engole ou sair em passeios de barco para a Praia Brava e a Piscina do Cachadaço, também acessada por trilha bem sinalizada. O caminho é bonito e tem uma visão incrível do mar, mas eu prefiro sempre pegar o barquinho.

Se você quer mais sossego, encare uma pequena trilha até a Praia do Cachadaço.

Com um pouco mais de disposição, você pode seguir de Trindade até o condomínio de Laranjeiras e de lá embarcar até a Praia do Sono.

O que fazer em Paraty como um verdadeiro paratiense

Além dos pontos turísticos citados acima, se você quiser aproveitar a cidade como um paratiense, o que tem para fazer? Muita coisa simples e maravilhosa, eu digo.

  • Sente-se em um quiosque da Praia do Pontal no almoço de domingo e admire a vista enquanto espera pelo seu camarão casadinho. Depois, coma um doce vendido na Casa Paroquial para ajudar na preparação das festas religiosas.
  • Se puder, veja uma procissão sair da Igreja Matriz pelo Centro Histórico. Vá a uma missa na Festa do Divino, ou a uma palestra da FLIP. Tanto faz.
  • Coma uma feijoada reforçada no Quilombo do Campinho e depois siga para o Paraty Yoga Festival.
  • Dance ciranda e beba Gabriela para se esquentar quando a brisa do mar vier em uma noite fria.
  • Passeie de barco pela Baía de Paraty e deixe a natureza te arrebatar. Vai por mim.

Onde ficar em Paraty e outros destinos da Costa Verde

Veja onde ficar em Paraty – uma lista com recomendações dos melhores bairros e lugares da cidade para ficar hospedado.

Se além de Paraty, sua viagem vai passar por outros destinos próximos, veja abaixo nossas indicações de locais para ficar hospedado em cada um deles:

Chegando em Paraty

Paraty está praticamente equidistante das duas principais metrópoles do país: a 270 km de São Paulo e a 240 km do Rio de Janeiro. As diferentes opções para turismo na cidade ao longo do ano fazem com que hospedagens sejam concorridas em épocas como Ano Novo, Carnaval e Flip. Isso exige do viajante uma organização antecipada para não ser pego de surpreso com preços altos ou até mesmo com falta de vagas nas pousadas.

Para chegar em Paraty existem algumas opções:

  • De São Paulo: de carro há várias trajetos. Tamoios, Serrinha de Ubatuba e Rio-Santos são alguns dos caminhos que levam a Paraty. Ligue o Waze e veja qual caminho é mais indicado para você. Só preste atenção se o caminho indicado for a Paraty-Cunha. A estrada parque pode ser um pouco complicada em alguns trechos para motoristas mais inexperientes. Se você vem de ônibus, se prepare para 7 horas de viagem com a viação Reunidas Paulista a partir da Rodoviária do Tietê.
  • Do Rio de Janeiro: a partir do Centro, o melhor caminho é pela Avenida Brasil seguindo pela Rio-Santos. De ônibus, saindo da Rodoviária Novo Rio, a viação é a Costa Verde.

Destaco aqui que é imprescindível em tempos de pandemia confirmar horários de ônibus nos sites das companhias devido às restrições que a prefeitura tem imposto para conter o avanço do vírus na cidade. Se, antes do Coronavírus, a Viação Costa Verde operava com 10 viagens por dia, hoje só estão disponíveis quatro.

Já o deslocamento dentro da cidade só se torna um empecilho quando você sai do núcleo central. As melhores praias para banho estão a pelo menos 20 minutos de carro do Centro Histórico, assim como as cachoeiras.

Há ônibus da Colitur que levam até locais como Trindade e Paraty-Mirim, mas moradores vem reclamando da diminuição da disponibilidade das linhas e das mudanças constantes de horário. Então recomendo sempre confirmar os horários no terminal rodoviário.

Se for sem carro e não quiser depender do transporte público, uma opção é ir às agências de turismo e fechar um traslado nos jipes das empresas. Nestas lojas, também é possível alugar bicicletas. Arrisco dizer que, junto com as motos, as bikes são o principal meio de transporte dos moradores da cidade, que conta com ciclovias na zona urbana.

Turismo em Paraty

A preservação do Centro Histórico, aliado às belezas naturais, faz com que Paraty junto a região de Ilha Grande seja hoje, a única cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial Misto pela UNESCO.

Além do turismo voltado à história da cidade, desde a virada do século, Paraty fortaleceu seu calendário cultural de maneira exponencial. A mola propulsora, claro, foi a consolidação da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).

Nesta esteira, surgiram ou se fortaleceram diversos outros eventos que transformaram a cidade em um dos centros de convenções mais charmosos do mundo.

As celebrações religiosas, que já costumavam ter grande apelo entre os turistas há décadas, aproveitaram o embalo e cresceram junto. A Festa do Divino, a maior delas, talvez seja o melhor exemplo disso.

Além disso, desde 2017, Paraty também se tornou Cidade Criativa da Gastronomia, honra também concedida pela UNESCO.  

Para o visitante que quer fazer turismo na cidade, não há um mês que não haja algo bom para se fazer, dançar, comer ou beber em Paraty.

Paraty e seus quase 400 anos de história

O Centro Histórico de Paraty visto da Praia do Pontal
Igreja de Nossa Senhora das Dores vista da Praia do Pontal

Paraty viveu seu auge econômico quando era o único porto para escoamento das riquezas extraídas das Minas Gerais em direção à Europa. Dos mesmos cais de onde partiram barcos cheios de ouro, aportaram outros repletos de escravizados para trabalhar nos engenhos e fazendas da região.

Após a construção da estrada de ferro que ligava o Rio de Janeiro ao Vale do Paraíba em 1870 e a abolição da escravatura em 1888, a cidade entra em uma profunda decadência econômica e num ostracismo que será determinante para preservação do seu conjunto arquitetônico.

Com a inauguração das estradas Paraty-Cunha, nos anos 1950, e Rio-Santos, nos anos 1970, Paraty conhece um novo ciclo de prosperidade com o turismo.

Paraty tem como meta mudar o perfil dos serviços de turismo que oferece. Para isso, pretende focar mais em opções sustentáveis do que no turismo saturado, prática que agrega pouco para a economia da cidade. São princípios e compromissos que acompanham o título da Unesco recebido pela cidade.

A prefeitura vem trabalhando em projetos centrados no desenvolvimento comunitário e inclusivo. Paraty quer investir naquilo que fez com que a cidade recebesse o mais importante título de sua História centenária: sua gente, suas tradições e sua natureza.

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Sobre o Autor

Ananda Porto

Meio papagoiaba, meio carioca, passei a vida indo e vindo na Ponte Rio-Niterói. Filha da UERJ, já atuei como arte-educadora, mediadora, produtora e editora. Hoje, vivo em Paraty, cidade pela qual me apaixonei aos 11 anos e que me deu um grande amor. Aficcionada por planejar viagens para mim e para os amigos, ando pelo mundo mas sempre volto para os meus cachorros.

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abbv