Nômade digital é um termo criado para definir um tipo de profissional que usufrui da facilidade criada pela internet para realizar todas as tarefas de seu trabalho remotamente. Como não precisa de uma base fixa para produzir conteúdo, o nômade digital pode ter a liberdade de viajar o mundo enquanto trabalha e seguir com a mesma vida que teria caso estivesse em seu país de origem, desde que consiga em cada parada de sua viagem um local com conexão à internet.
Quem pode ser um nômade digital?
Um nômade digital é um empresário, alguém que administre online seus negócios, ou um profissional que ganhe a vida como freelancer. Muitos são escritores, blogueiros, fotógrafos, designers, mas a princípio qualquer pessoa que utilize o computador como ferramenta de trabalho tem o potencial de levar a vida assim, bastando para isso conseguir gerenciar na nuvem todo o material produzido em seu emprego.
Escrever isso hoje, em 2015, já não é novidade, e você já deve ter ouvido muitas histórias assim, pois a cada dia mais pessoas têm adaptado suas rotinas para este estilo de vida. Blogs sobre o assunto surgem em cada esquina da internet e o conteúdo a quem queira buscar material sobre o isso é vasto na rede.
Ao longo dos anos, no entanto, isto será uma constante em um caminho que não parece ter volta. Conforme as empresas ainda engessadas no modelo de escritório do século passado forem percebendo as vantagens de manter o conteúdo online e seus funcionários em home office, tornar-se um nômade digital deixará de ser algo tão exótico quanto ainda soa hoje.
Qual o custo de vida de um nômade digital?
Quando um estrangeiro visita o Brasil e observamos o padrão de vida que levam, o pensamento imediato é que, para eles, a vida como turista é mais fácil de ser alcançada, pois recebem seus salários em dólar/euro. Mas você já parou para pensar que muitos países têm economias e moedas mais desvalorizadas que a brasileira e o nosso Real? Existe uma enormidade de lugares fantásticos no planeta onde “ganhar em reais” é extremamente vantajoso, fazendo render bastante o nosso suado dinheiro nacional.
O que você acharia de passar uns meses na Argentina, na República Tcheca ou na Tailândia? Em todos esses e muitos outros lugares seu dinheiro vai durar bem mais tempo que no Brasil.
E a Tailândia figura ali em cima não por acaso. O Sudeste Asiático é uma das regiões mais baratas do planeta para viajar e seu baixíssimo custo de vida, associado à boa infraestrutura local, já adaptada à vida nômade, têm atraído gente de todos os cantos do mundo. A cidade de Chiang Mai, na Tailândia, é considerada atualmente a capital mundial dos nômades digitais (link em inglês).
De que forma um House Sitting pode te ajudar a ser um Nômade Digital?
Viver em um país onde a moeda em que seu salário é depositado seja mais valorizada que o dinheiro local dá uma vantagem extra, mas nem todo mundo tem o sonho de viver no Sudeste Asiático ou no Leste Europeu. Nós mesmos estamos vivendo atualmente na Nova Zelândia (e o dólar neozelandês vale mais do dobro do Real), e deve ter muita gente por aí cujo sonho é conseguir viver em Nova York, Paris, Londres ou qualquer cidade reconhecidamente entre as mais caras do mundo.
Ainda não sabe o que é house sitting?
Veja como é possível viajar sem pagar hospedagem em todo o mundo.
House sitting reduz a zero os custos de hospedagem e, como já demonstramos no cálculo de nossas despesas mensais, faz com que nossa despesa para viver e viajar pela Nova Zelândia seja inferior ao que gastaríamos para manter um apartamento no Brasil. Foi através de house sitting que conseguimos superar a barreira da moeda mais valorizada e conseguimos nos tornar nômades digitais mesmo em um país caro como a Nova Zelândia.
Sem house sitting nós não seríamos nômades digitais
Quando vivíamos no Brasil, tentamos por um tempo nos manter apenas com trabalhos freelancers, já que nos davam mais liberdade de construir nossos horários. Mas a vida incerta, sem a assiduidade dos salários fixos, e sendo o Brasil um país que ainda não se abriu para isso, sempre nos trazia de volta à vida de escritório.
Hoje, com a grande economia que temos ao não pagar hospedagem e diversas contas fixas, além de reduzir alguns custos indiretos de transporte e alimentação, podemos trabalhar MENOS do que trabalhávamos no Brasil para nos sustentar. Continuamos não ganhando fortunas como freelancers, mas conseguimos o suficiente para nos manter viajando. E este é o verdadeiro propósito da vida, não? Ou alguém acha que nasceu só para trabalhar?
E ainda há uma vantagem extra!
A maior dificuldade na vida de um nômade digital é encontrar um local onde possa trabalhar com calma e tranquilidade. Mas nem sempre é fácil encontrar lugares adequados, já que ninguém aguenta por muito tempo trabalhar apenas em bibliotecas ou cafeterias.
Sem muita escolha, muitos nômades acabam optando por alugar um apartamento de temporada que possa usar como base, o que acaba elevando suas despesas mensais. Neste sentido, um house sitting pode ser a opção ideal para conseguir uma casa de onde se possa trabalhar com tranquilidade, sem que isto signifique um gasto a mais no mês.
E sabe o que é melhor? Ofertas de house sitting são extramente comuns em países com alto custo de vida: Reino Unido, França, Estados Unidos e Austrália são só alguns dos locais onde encontrar ofertas de moradia sem custo é bem simples. Quer uma prova? Experimente pesquisar no Trusted Housesitters a quantidade de ofertas disponíveis na Inglaterra.
Quer saber mais? Veja este texto do 360meridianos: Como ser um nômade no século XXI
Carlos, tudo bem?
Sobre o Work holiday visa, eles s~ao bem estritos quanto `a idade? Ha alguma tolerancia? Tenho 32 e o marido 33.
Valeu!
Oi Izabella, infelizmente não, eles são bem rigorosos em relação a idade. É somente até os 30. Mas vocês podem tentar outros vistos.
Queria saber como conseguir trabalhos como de vocês. Falo 4 idiomas.
Gislene, para trabalhos na Nova Zelândia, veja como conseguir um emprego na Nova Zelândia.
Para ficar hospedado sem pagar acomodaçao, veja como viajar por house sitting
muito bom, conheci hoje o site de vocês
gostando mto das matérias…
porem ainda não encontrei uma duvida que tenho, como ficar por mais de 3 meses que é a media do visto de turista, sem ser estudante.
Oi Othon,
Ficar mais de três meses só é possível com o visto adequado (nós temos um Working Holiday Visa que permite ficar 1 ano na Nova Zelândia). Alguns países permitem mais tempo, como os EUA onde são 180 dias, mas a regra geral é ficar se locomovendo caso não tenha permissão para mais tempo. A própria dinâmica de um house sitting colabora para isso, visto que a maioria dos anúncios tem duração menor, logo basta se organizar para conseguir um que se adeque aos seus planos de viagem e esteja dentro da limitação do visto que você tiver.
Um abraço,
Vocês fazem freela do quê? Publicidade, etc?
Oi Matheus, trabalhamos como aquiteto e fotógrafa, do mesmo modo que fazíamos no Brasil. Dá uma olhada lá no Quem Somos do blog que a gente explicou tudo sobre como veio parar aqui.