Quando pensamos na região de Canterbury, na Nova Zelândia, sempre vem à mente a região urbana de Christchurch, a imensa planície, seus prédios históricos e os recentes terremotos. Mas muitos de nós não sabemos que no interior da região de Canterbury, no limite dos Southern Alps, a maior cadeia de montanhas da Nova Zelânlactedia, fica um dos lugares mais deslumbrantes do país, o Mount Cook, a montanha mais alta da Nova Zelândia, e os muitos lagos e glaciares ao seu redor.
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Mount Cook, a montanha mais alta da Nova Zelândia
Exatamente nos pés do Southern Alps se encontra a maior montanha da Nova Zelândia, o Mount Cook, ou Aoraki em maori. Possui 3724 metros de altura e fica localizado no parque nacional de mesmo nome. Atrai muitos turistas por ano devido à sua incomparável beleza, e também diversos alpinistas em busca de aventura. Entre seus três picos encontram-se diversos glaciares, como os mais famosos, Franz Josef e Fox, na West Coast, e o Tasman e Hooker, este na face voltada à planície de Canterbury.
Lake Tekapo e a igreja mais fotografada da Nova Zelândia
Muitos dos turistas que vão até o Mount Cook decidem ficar hospedados pouco antes da estrada que leva à montanha, um vilarejo às margens do Lake Tekapo, um lago belíssimo, com montanhas douradas no por do sol.
O povoado, também chamado Tekapo, como o lago, comporta a igreja mais fotografada da Nova Zelândia, a Church of the Good Shepherd, ou Igreja do Bom Pastor, construída em 1935. Muitos fotógrafos vão até o local, que por ser bem amplo e cercado de uma paisagem única, proporciona fotos incríveis tanto de dia quanto à noite. Sim, durante a noite talvez seja o momento em que a igreja se torne ainda mais interessante, quando passa a ser possível, sob determinadas condições, fotografar a Via Láctea acima desta em uma composição que é enquadrada em diversos cartões-postais do país. Infelizmente, no dia em que estávamos hospedados lá, a lua estava cheia e alta no céu, tornando tudo ao redor bastante claro.
O local em si é bastante propício para astrofotografia e observação do céu, pois na mesma região, são realizados tours para o chamado Aoraki Mackenzie Dark Sky Reserve, um dos campos mais escuros do mundo, de onde é possível ver com precisão todas as estrelas e ter a sensação de que o céu está a poucos metros de nossas cabeças.
Além dos hotéis e albergues, a cidade possui o básico como restaurantes, bares e supermercados. Mas atente à hora, pois, como em boa parte do interior do país, as atividades no Lake Tekapo são encerradas cedo e é necessário programar-se bem para não passar fome ao final do dia.
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Lake Pukaki e sua indescritível cor azul
Uma vez em Tekapo, ao seguir viagem em direção ao Mount Cook, você verá o inconfundível Lake Pukaki no meio do caminho. É um dos mais fantásticos lagos que já visitamos.
Possuindo uma cor azul clara e leitosa devido às águas de antigos glaciares misturadas ao pó de pedra dos mesmos, de tão vibrante e surreal, é possível ser vista até mesmo por satélite (experimente procurar no Google), sendo facilmente distinguido de todo o resto.
O lago em si é imenso, possuindo 178 quilômetros de extensão e vale, ô se vale, uma parada em sua base, não só por todos os motivos citados anteriormente, mas porque de lá é possível observar com calma o Mount Cook bem ao longe.
Mount Cook e seus glaciares
Depois de passar pelo Lake Tekapo, entramos no parque nacional no qual está localizado o Mount Cook. Durante toda a travessia é possível visualizá-lo ao longe, em um dia com boas condições, e a cada curva chegando mais perto. Nos últimos sete quilômetros antes de sua base você encontrará o Mount Cook Village, um vilarejo somente com alguns hotéis e restaurantes.
Muitos alpinistas se aventuram a subir até o topo do Mount Cook, mas obviamente, é preciso muito preparo e experiência para isso. Caso queira ver o cume de perto, mas sem o desgaste da escalada, é possível pagar um tour de helicóptero na região.
Descendo entre os três picos do monte se encontram deste lado dos Southern Alps ao menos dois glaciares bem populares entre os turistas, o Tasman, ao leste, e o Hooker, ao oeste. O Tasman é o glaciar mais longo da Nova Zelândia e o Hooker, um dos mais acessíveis. Em ambos é possível fazer uma trilha até um ponto próximo a sua base.
Esses glaciares, durante os últimos anos encolheram muito de tamanho devido, entre outros fatores, ao aquecimento, e correm o sério risco de desaparecerem em um futuro próximo. O Tasman Glacier, por exemplo, devido ao degelo, formou um lago que só existe há 20 anos, o Lake Tasman, onde é possível fazer um tour de barco ou caiaque por entre icebergs durante certas épocas do ano (no inverno, quando fomos, o lago fica congelado, impossibilitando o passeio e tornando os icebergs menos transparentes e mais esbranquiçados).
De uma forma geral, a região de Mount Cook com um todo é encantadora e merece sua visita. Incluí-lo em seu roteiro é indispensável para quem quer explorar a fundo a Ilha Sul da Nova Zelândia e conhecer verdadeiramente todas aquelas paisagens de tirar o fôlego, únicas no mundo, características deste país tão encantador.
Gostaria de saber mais sobre o programa de ficar um ano na Nova Zelândia, e ter algum contato a mais com voces como skype ou celular.
Grato,
Murilo Rivabene.
Murilo, todas as informações que temos estão em nosso texto sobre o Working Holiday Visa. Dá uma olhada lá.